Publicado em 24 de agosto de 2012
[Ação urgente]
Abra seu e-mail AGORA e encaminhe esta mensagem ao ministro Ayres Britto (audienciaspresidencia@stf.jus.br) com o seguinte título: Ayres Britto: mantenha a decisão do TRF-1 sobre Belo Monte!
Abra seu e-mail AGORA e encaminhe esta mensagem ao ministro Ayres Britto (audienciaspresidencia@stf.jus.br) com o seguinte título: Ayres Britto: mantenha a decisão do TRF-1 sobre Belo Monte!
Como era esperado, a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu na tarde
desta sexta-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão da 5ª Turma
do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pela invalidação da licença
prévia e de instalação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará.
A AGU argumenta que o STF já decidiu, em voto monocrático da ex-ministra
Ellen Gracie, pela validade do Decreto Legislativo 788, que autorizou o
executivo a construir Belo Monte. Portanto, que a decisão do TRF-1 não pode
prevalecer sobre a Corte Suprema do país.
Os desembargadores do TRF-1 decidiram, no último dia 14, de forma
colegiada e por unanimidade, que a obra não atende a determinação da consulta
prévia e informada às comunidades impactadas direta ou indiretamente – conforme
manda a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
Com isso, o governo federal pretende mais uma vez adotar medidas
autoritárias para seguir adiante com a obra. Juridicamente, a AGU ajuizou a
chamada Reclamação, que caiu diretamente no gabinete do presidente do STF,
ministro Carlos Ayres Britto.
Desse modo, a validade da decisão colegiada dos desembargadores da 5ª
Turma do TRF-1 em parar Belo Monte está nas mãos do ministro. “A consulta deve
ser prévia, não póstuma. Não podemos aceitar essa ditadura que vemos no Brasil.
Faz a obra e pergunta depois. Isso afronta a Constituição. A vontade das
comunidades indígenas precisam ser ouvidas e respeitadas”, disse o
desembargador Antônio de Souza Prudente após a decisão da 5ª Turma.
Está nas mãos do ministro Ayres Britto impedir que tal ditadura se
instale de vez no Brasil. O que as comunidades tradicionais do Xingu pedem, bem
como o conjunto da sociedade brasileira, é que o ministro ouça o Ministério
Público Federal (MPF) e que Belo Monte só saia caso os afetados sejam ouvidos
se querem ou não seus territórios físicos e simbólicos afetados pela ação
devastadora do empreendimento.
A AGU usa de um recurso ditatorial ao pedir que a decisão monocrática de
um ministro do STF valide uma intervenção que poderá afetar milhares de pessoas,
suas culturas e o meio ambiente. No entendimento do próprio ministro Ayres
Britto, para os indígenas os territórios são “totens horizontais”, não
possuindo valor comercial ou de lucro. Já para o ministro Celso de Mello, a
Constituição deve proteger o “meio ambiente cultural” de tais comunidades e
que, portanto, tais espaços não podem ser vilipendiados. Ambos assim se
pronunciaram em recentes julgamentos envolvendo a Terra Indígena Caramuru
Catarina-Paraguaçu, no sul da Bahia.
Brasília, 24 de agosto de 2012
Movimento Xingu Vivo Para Sempre
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Plataforma Dhesca
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
Justiça Global
Terra de Direitos
OcupaSampa
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Plataforma Dhesca
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
Justiça Global
Terra de Direitos
OcupaSampa
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