Só em 2011, ocorreram no país 56 conflitos fundiários pelo país afora
|
Fonte: O Globo
Nas últimas
duas semanas, o Brasil incorporou no vocabulário o nome do povo Guarani-Kaiowa.
“É caiová, ou tem som de ‘ua’?”, perguntaram centenas de pessoas nas redes
sociais, numa curiosidade recém nascida sobre o povo indígena. Após uma carta
interpretada como uma ameaça de suicídio coletivo, milhares de pessoas aderiram
a causa, militando nas ruas ou na internet, para chamar a atenção para o drama
dos 170 índios da comunidade Pyelito kue/Mbrakay, que reivindicam um pedaço de
terra de dois hectares de extensão, numa fazenda de 700 hectares. A luta dessa
etnia não é um fato isolado. Só em 2011 foram registrados, segundo a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), 56 conflitos fundiários no país envolvendo índios em
16 estados. São disputas que ocorreram em áreas demarcadas e fora delas. Os
dados referentes a este ano ainda estão em fase de consolidação.
A luta dos
Guarani, dividida nas etnias Kaiowa e Ñandevá, vem ocorrendo nas terras férteis
do Mato Grosso do Sul e envolve 45 mil indígenas, dos quais 15 mil deles vivem
à beira das estradas no estado. O grito de guerra dos Guarani-Kaiowa foi tão
alto e causou tamanha comoção, dentro e fora do Brasil, que, em tempo recorde,
a desembargadora Cecília Mello, da 3ª Região do Tribunal Regional Federal do
MS, decretou, no final da última semana, à permanência dos índios na fazenda
Cambará, no município de Tacuru, a 462 km de Campo Grande. A desocupação vinha
sendo reivindicada pelos fazendeiros locais. O governo, por sua vez, montou uma
força-tarefa. Também no final da última semana, a secretária de Direitos
Humanos, Maria do Rosário, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
reuniram-se com as lideranças dos Guarani-Kaiowa. Da reunião saíram várias
decisões: 1. envio da Força Nacional, 2. seis lideranças indígenas ameaças
passaram a ficar sob a proteção do Estado e 3. a Polícia Federal manterá
reforço policial à área.
O Mato
Grosso do Sul virou o palco desse drama. A pujança do seu crescimento econômico
contrasta com a miséria dos índios. No ano passado, o estado registrou o maior
crescimento de área plantada de cana-de-açúcar do país. Os canaviais ocupam 650
mil hectares, que renderam, na última safra, R$ 1,9 bilhão, o equivalente a
4,8% da produção nacional. Outros dois milhões de hectares são plantados com
grãos. O estado é hoje o quarto maior produtor nacional de algodão e o quinto
de soja. A própria Fundação Nacional do Índio (Funai) reconheceu a existência
do conflito fundiário na área.
Em meio a
briga, aumentou a pressão para a conclusão de um relatório completo sobre a
situação dos Guarani, os Kaiowa e os Ñandevá. Seis grupos técnicos de
identificação e delimitação de terra estão trabalhando para entregar o
documento ao governo até meados de 2013. Antropólogos contratados pela Funai
estão debruçados sobre dados oficiais, mas reclamam de dificuldades no trabalho
de campo. É que, segundo o antropólogo Rubem Almeida, do Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, que trabalha com ambas as etnias no
Mato Grosso do Sul desde 1976, alguns fazendeiros não estão deixando os pesquisadores
entrarem nas fazendas para pesquisa encomendada pela Funai.
— Não vai
haver decisão antes de esses relatórios ficarem prontos, por isso estamos
correndo com esse processo. A opinião pública está se dando conta do problema
agora, e é ótimo. Mas o que está sendo visto, com a história dessa família que
escreveu a carta, é a ponta de lança. O conflito começou em 1978, e se agravou
nos anos 90. A Justiça tem sido de uma imprudência assustadora.
O litígio
está longe de terminar e vai além dos Guarani-Kaiowa. As terras indígenas
ocupam, pelos cálculos da Funai, 12,5% do território brasileiro: 98,47% estão
na Amazônia e 1,53% no resto do país.
Enquanto o
relatório encomendado pelo Funai não fica pronto, um grupo de latifundiários da
região se uniu. Eles mantêm a posição de que as terras indígenas no país, de um
modo geral, devem ser demarcadas na área de 200 milhões de hectares
pertencentes à União e não em territórios produtivos, ou seja, nas fazendas.
Os
fazendeiros querem também que, em caso de expropriação, recebam indenização não
apenas pelas benfeitorias, mas também pelo valor da terra, o que não está
previsto. Além disso, numa tentativa de amenizar os conflitos e sob pressão da
sociedade, o grupo lançará na próxima semana uma pesquisa sobre o assunto.
Segundo a
presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu
(PSD, do Tocantins), o estudo feito pelo órgão mostrará outras mazelas que
atingem os índios, que vão, segundo ela, muito além da questão fundiária.
A pesquisa
incluirá dados sobre saúde, alternativas econômicas, educação, entre outros
pontos. A senadora garante que o objetivo não é desviar do conflito de terras
que está em voga por causa da carta escrita pelos Guarani-Kaiowa, mas ampliar a
discussão:
— Debitar
todas as agruras dos índios à falta de terras é hipocrisia. O erro não é dos
fazendeiros, mas do Estado, da Funai. Será que um pedaço de terra que não vem é
o único problema deles?
A senadora
afirmou ainda que, além de dados sobre problemas enfrentados pelos índios, a
CNA lançará um conjunto de propostas, para que os fazendeiros trabalhem em
parceria com os povos indígenas. Segundo Kátia, o plano incluirá oficinas de
técnicas de produção agrícola sustentável, sem uso de transgênicos ou
agrotóxicos — ao contrário do que a maioria dos produtores rurais aplica no
território brasileiro.
— A luta dos
fazendeiros não é contra os povos indígenas, mas contra a expropriação com
pagamento apenas de benfeitorias. Se quiserem desapropriar, que paguem um preço
justo. Por que não fazem as reservas em terras devolutas do Incra? Por que tem
que ser dentro de área de produtor rural? O direito não é só dos índios, é
também dos brancos, dos negros. Só não podemos perder o comportamento
civilizado. Temos que buscar a Justiça, jamais reforçaremos a violência contra
os índios — disse a senadora, que já esteve na região, em outros momentos, para
conter brigas entre fazendeiros e índios.
Funai reconhece gravidade
Nádia
Silveira, assessora da presidência da Funai e especialista na questão Guarani-Kaiowa,
afirma que a situação de conflito no Mato Grosso do Sul está na pauta de
prioridades do governo Federal desde 2008:
— A situação
é tensa na maioria das aldeias. Mesmo onde não há litígio com fazendeiros, as
reservas estão superpovoadas , o que gera conflitos entre eles — afirma.
Nádia
reconhece que os indígenas acampados à beira de estradas ou em terras onde há
litígio não conseguem produzir e que nem sempre as cestas básicas chegam até
eles.
— A cesta
não garante comida todo dia. A distribuição é uma ação emergencial, que foi
prevista como complementar. O grande problema é a falta de acesso à terra — diz
Nádia, admitindo que há o atraso das ações da Funai à “judicialização dos
processos administrativos”. Segundo a assessora, está ainda em fase de estudo a
ampliação de acesso a programas sociais do governo federal, como o
Bolsa-Família, mas que ele é dificultado pela falta de engajamento do estado e
municípios.
O Brasil tem
817,9 pessoas que se declaram índios e 517,4 mil delas vivem em terras indígenas.
O conflito entre os indígenas e os grandes agricultores locais pode ser,
segundo o Centro Missionário Indigenista (Cimi), traduzido em números: 101
índios foram assassinados e 48 foram ameaçados de morte entre 2010 e 2011. Isso
sem falar no fato de que muitas crianças falecem por desnutrição. A população
indígena no Mato Grosso do Sul soma 73.295 indígenas, dos quais 52% são
crianças ou jovens de até 24 anos.
As terras
demarcadas para os Guarani-Kaiowa e Ñandevá somam 42.267 hectares. Desde 2008,
quando a Funai decidiu demarcar e recuperar para os índios territórios no Mato
Grosso do Sul, a situação se tornou mais tensa. Até então, muitos indígenas
eram empregados de fazendas. O corte de cana-de-açúcar chegou a empregar 15 mil
deles. Eles recebiam R$ 0,07 centavos por metro corrido colhido. Agora, nem
isso. O setor mecanizou 93% da colheita e 72% do plantio. Além de sem-terra, os
índios estão sem emprego.
— Agora quem
faz tudo é a máquina. Não querem mais índios. Só falta plantarem cana dentro do
rio — desabafa Ava Taperendy, um dos integrantes do conselho Ati-Guaçu, que
reúne líderes indígenas do estado.
Marcha para o Oeste
Sem trabalho
e sem ter onde ficar, grupos que foram retirados de suas terras de origem
começaram a retornar e a ocupá-las. Eles tentam reverter uma história que
começou no início do século XX, entre 1914 e 1928, quando foram criadas oito
reservas indígenas, sem que os próprios interessados fossem consultados. O
critério de criação seguia a ideia de integração dos índios à cultura branca, e
punha-os próximos a cidades.
A partir do
Estado Novo (1937-45) de Getúlio Vargas, iniciou-se a ocupação pelos brancos da
terra dos Guarani-Kaiowa. Os conflitos começaram e as demarcações foram
suspensas, já que o objetivo do governo Federal era liberar as terras para os
colonos que chegavam, no que se chamou de “A Grande Marcha para o Oeste”. No
período da ditadura militar, a colonização do Mato Grosso do Sul se
intensificou. Um grande número de sulistas, principalmente gaúchos, migrou para
o território e iniciou sua produção na terra dos índios. Isso fez com que eles
ficassem amontoados. Segundo dados do Museu Nacional, as reservas Guaranis no
Mato Grosso do Sul hoje estão superlotadas. Na Terra Indígena — ou Tekoha, em
guarani — de Dourados, por exemplo, são cerca de 13 mil indivíduos morando em
3,5 mil hectares, o que, segundo o modelo de ocupação dos índios, é sufocante.
A cultura do suicídio
Em terras
que ainda estão aguardando decisão judicial, a situação é similar. Em Guyra
Roka, cuja terra foi identificada com 11,4 mil hectares, os índios só estão
conseguindo ocupar 60 deles. Por isso, estão tentando retomar seus territórios
originais. O caso dos 170 índios que causaram a polêmica do momento, é uma
situação dessas. O fazendeiro entrou com reintegração de posse aceita pelo juiz
— e revogada semana passada. A situação deles ainda não figura nas tabelas da
Funai, mas o levantamento antropológico já foi feito. O órgão deve publicar em
breve o relatório, reconhecendo que o local é uma Terra Indígena, o que ajudará
o trabalho do Ministério Público Federal.
O Brasil só
voltou os olhos para o problema no último dia 8 de outubro, quando a carta
assinada por 50 mulheres, 50 homens e 70 crianças ganhou a internet e passou a
circular pelo mundo. “Pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a
ordem de despejo, expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte
coletiva e para enterrar nós todos aqui”, dizia o trecho da carta que causou
mais polêmica. Um possível suicídio coletivo gerou controvérsia e muitas
dúvidas.
Para
entender o significado da carta, Tonico Benites é um personagem central. Ele é
Guarani-Kaiowa, mora no município de Tacuru, e foi um dos idealizadores do
movimento. Concluindo seu doutorado Antropologia no Museu Nacional, ele passou
boa parte da vida vivendo na estrada, junto com a família. Seus pais sentiram
na pele a chegada das máquinas no campo e, depois de décadas de trabalho para
um fazendeiro, foram expulsos de terras onde seus ancestrais haviam vivido.
— Se estamos
falando de suicídio coletivo? Não é um anúncio, mas é sim uma morte lenta. Eu
já pensei em morrer, várias vezes. E a maioria dos meus familiares também. Na
nossa cultura, se uma família é posta para viver em um lugar onde não há
vínculo histórico, onde não se sente bem, a vida não faz mais sentido. O branco
chama isso de suicídio, para nós é a perda de esperança — explicou Benites.
Os rituais
dos Guarani passam necessariamente pela terra. É no local onde seus parentes
mortos viveram que eles acreditam poder se comunicar com os antepassados. E
essa sensação de pertencimento à terra faz com que muitos deles, por se
sentirem sem perspectivas e sem apoio, acabam virando alcoolatras. Outros
preferem o suicídio. Em 2011 foram registrados 45 casos de suicídio entre
indígenas no país, segundo o Ministério da Saúde. Pelo menos 13 deles eram
Guarani-Kaiowas.
O Ministério
Público Federal no MS atua em 141 processos que envolvem os Guaranis-Kaiowa.
Todos esses processos são relativos à demarcação de terras, danos morais
coletivos, crimes contra a vida, racismo e genocídio. As ações judiciais
tramitam na Justiça Federal de Dourados, Naviraí e Ponta Porã. Nos últimos dez
anos, apenas dois mil hectares de terras indígenas foram ocupadas integralmente
pelosGuarani-Kaiowa.
Já os
proprietários de terra da região reforçam a ideia de que o conflito não é
fundiário, mas social. Eduardo Riedel, presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), atribui a responsabilidade da
situação ao governo federal:
— É lamentável.
Somos solidários à penúria. Há um abandono do Poder Público e os índios não têm
onde ficar.
Riedel
afirma que há um contraponto constitucional: de um lado, o direito dos índios,
de outro, o direito à propriedade. De acordo com ele, todas as terras em
litígio são legalizadas e o conflito com os índios envolve pequenos produtores
rurais, a maioria inseguros e temerosos de ter de sair de suas terras a
qualquer momento. Para a Famasul, o melhor jeito de resolver o problema é o
governo federal se comprometer a pagar pelas terras que queira devolver aos
índios, e não expropriá-las. O próprio estado do Mato Grosso do Sul criou este
ano um fundo destinado a indenizar produtores que percam suas terras a favor
dos índios.
Mas a
regularização das terras é um calcanhar de aquiles para o setor agrícola do
estado. Com base num levantamento do Incra, o Ministério Público Federal no
estado investiga propriedades em 60 dos 78 municípios, com suspeitas de
falsificação de documentos — a conhecida grilagem. O motivo é que a área
declarada de propriedades em cartório supera o tamanho dos territórios
municipais, o que dá uma dimensão do tamanho e da quantidade de possíveis
títulos irregulares. Ladário, por exemplo, tem 34 mil hectares, mas no cartório
seus 159 imóveis rurais têm 422,3 hectares — 12 vezes mais. As propriedades
acima de mil hectares representam 10% do total, mas ocupam 77% da área.
Clima de tensão
É este o
contexto que vem inflamando o conflito fundiário na região. Para o engenheiro
agrônomo Marcelo Gusmão, que trabalhou na Funai até o início de 2011 fazendo
relatórios em áreas reivindicadas pelos Guarani-Kaiowa, a situação se agrava,
mesmo sob conhecimento de órgãos públicos:
— O clima na
região atualmente é de extermínio. Trata-se de uma política velada no Mato
Grosso do Sul. E é essa situação que leva ao assassinato ou ao suicídio dos
índios.
O conflito
entre brasileiros índios e não-índios também é fato no Sul da Bahia. Foram 12
embates no ano passado, sete deles em fazendas de Ilhéus, área de plantação de
cacau. Na região de Porto Seguro 16 aldeias e seus 119 índios se conflitam com
donos de hotéis e pousadas. No Maranhão, onde as terras indígenas já são
regularizadas, elas foram ilhas de pobreza e os índios vivem constantemente
ameaçados por invasores, que retiram as árvores à luz do sol, com caminhões que
cruzam as aldeias. Na divisa com o Pará, até plantadores de maconha se
instalaram nas terras do Alto Turiaçu, sem que os índios possam reagir.
Motoqueiros armados cuidam das plantações. Na terra indígena (TI) Alto Rio
Guamá, de 279 mil ha, os tembés tiveram 60% do território invadido e o problema
vem de longa data: a terra indígena foi reconhecida na década de 1940 e
homologada em 1993.
O Brasil
possui cerca de 110 milhões de hectares de reservas indígenas, espalhadas em
cerca de 650 unidades. As maiores e mais bem preservadas estão na Amazônia. No
Sul e Sudeste do país, eles vivem em espaços pequenos, onde não conseguem
plantar. Em Avaré, no interior de São Paulo, um hotel fazenda os emprega e
deixa que eles se apresentem a turistas e vendam colares ao fim das danças para
ganhar alguns trocados. Dos índios do Mato Grosso do Sul, 43% vivem com até 1/4
de um salário mínimo por mês. Quase 30% declaram renda entre meio e um salário
mínimo e mais de 10 mil deles não têm rendimento algum. Não passam de 1.150 os
que ganham mais do que um salário mínimo.
— O problema
é amplamente conhecido pelo governo. O que acontece aqui é uma grave crise
humanitária. Há processos de reconhecimento de terras indígenas que já estão completando
30 anos sem sequer serem julgados — afirma Flávio Vicente Machado, conselheiro
do Cimi no Mato Grosso do Sul.
Roberto
Hollanda, presidente da Associação dos Produtores de Bionergia do Estado do
Mato Grosso do Sul (Biosul), afirma que é uma injustiça responsabilizar o
produtor rural pela situação dos índios. Segundo ele, não mais do que 0,5% das
terras arrendadas para plantio pelas usinas tem algum tipo de litígio e, mesmo
sendo poucas, elas serão descredenciadas. Hoje, o Mato Grosso do Sul tem 22
usinas de cana-de-açúcar em operação.
— Não
acredito na competição por terra. Estamos trazendo mais receitas para o estado
e interiorizando o desenvolvimento. Nosso setor cumpre a lei e não ocupa terra
indígena. Não precisa. Mas a situação é muito feia e nossa forma de contribuir
é gerar renda — diz Hollanda, acrescentando que o setor, que cresce 10% ao ano,
não faz distinção de raça ou cor ao contratar funcionários.
Riedel acusa
as ONGs de fomentar os conflitos, de oferecer ônibus para ajudar os índios a
chegarem nos locais a serem invadidos, e levar para o estado índios que estão
até no Paraguai.
— É preciso
uma decisão de governo. Não se pode manter esta estratégia de conflitos. O
Estado precisa agir, sob pena de algum grupo ficar em extrema fragilidade —
afirma.
O final do
conflito depende de muitas decisões judiciais que ainda demandarão tempo, mas
os Kaiowa já ganharam pelo menos milhares de adeptos da causa. Entre os ícones
do movimento que começou na internet e se espalhou como um vírus na rede está o
documentário: “À sombra de um delírio verde”, que mostra o problema fundiário e
as mazelas enfrentadas pelos índios, como a desnutrição infantil nas aldeias e
as rotinas exaustivas daqueles que ainda trabalham em canaviais. O filme virou
febre no Facebook e em outras redes sociais, desde o final de outubro, quando
os Kaiowa passaram a ser centro das atenções no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário