Movimentodos Atingidos por Barragens (MAB)
Foto: Joka
Madruga
03/09/2013
Nesta tarde (03), durante o Encontro Nacional do MAB, que acontece em
Cotia/SP, os ameaçados pelo complexo de barragens previsto para o Rio Tapajós,
no Pará, fizeram sérias cobranças ao ministro da Secretaria Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho.
Eles exigiram o cancelamento dos projetos e a retirada da Força Nacional
do Tapajós, que retomou o acompanhamento dos estudos de viabilidade ambiental
das barragens e o monitoramento dos movimentos sociais e das famílias
ameaçadas. Para os atingidos a presença da Força Nacional tem intimidado a
população, que resiste à construção das obras.
Outra cobrança foi a postura do Estado quanto à construção do complexo.
“Não queremos que o governo venha discutir depois da construção, quando o
desastre já aconteceu. Nós temos o direito de dizer não aos projetos, não
queremos sair de nossa comunidade”, afirmou José Odair, da comunidade de
Pimental, onde está prevista a construção do canteiro de obras da hidrelétrica
de São Luiz do Tapajós, uma das cinco usinas previstas para o rio.
Um dos acertos feitos com o ministro foi a realização de uma reunião com
os ameaçados pelo complexo, organizados no MAB. A data será marcada ainda esta
semana com a Secretaria Geral da Presidência.
Atingidos por Belo Monte exigem presença do
Ministro
Maria das Graças, atingida por Belo Monte fez uma intervenção durante a
fala do ministro e cobrou que ele visite a cidade de Altamira e conheça a
realidade dos atingidos por Belo Monte “O governo e a empresa estão dizendo que
as casas que a Norte Energia está oferecendo são boas, mas nós estamos vendo
que não são. Queremos que o ministro vá olhar as casas de perto e veja as
péssimas condições que estão querendo nos colocar”, afirmou.
O ministro se comprometeu a visitar a região em outubro.
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