sábado, 26 de fevereiro de 2011

Confira as chances de cada atriz indicada ao Oscar 2011

Natalie Portman e Annette Bening despontam como favoritas na disputa. Nicole Kidman é a única entre as indicadas que já foi premiada na cerimônia.

Natalie Portman ("Cisne negro") e Annette Bening ("Minhas mães e meu pai") são as principais favoritas ao Oscar de melhor atriz, uma categoria na qual concorrem também Jennifer Lawrence ("Inverno da alma"), Michelle Williams ("Namorados para sempre") e Nicole Kidman ("Reencontrando a felicidade"). Confira como foi a trajetória de premiações para filmes e quais as chances das estrelas na cerimônia de domingo (27), no Teatro Kodak, em Los Angeles.


Natalie Portman - entre a beleza e a loucura

Se há uma favorita para o Oscar 2011 é Natalie Portman. Trata-se de sua segunda indicação - a anterior foi em 2004 por "Closer - perto demais" - e até agora já levou o Globo de Ouro, o Bafta, o prêmio do Sindicato de Atores dos Estados Unidos e os prêmios das associações de críticos de Boston, Chicago, Dallas-Fort Worth, Flórida, Kansas City e Las Vegas, entre outros, por sua interpretação em "Cisne negro". Portman dá vida a Nina, primeira dançarina de uma companhia de balé de Nova York que se encontra em uma competição com uma bailarina, interpretada pela americana de origem ucraniana Mila Kunis. O filme é um "thriller" psicológico ambientado no mundo da dança e inspirado em "O lago dos cisnes", de Tchaikovsky, cuja protagonista empreende uma viagem à loucura devido à busca da perfeição em seu trabalho. A atriz será um dos rostos mais vistos nas telonas neste ano, já que estreará a comédia "Your highness" e "Thor".


Annette Bening - a aposta pela experiência

Ela é a mais experiente entre as indicadas. Aos 52 anos, recebeu sua quarta nomeação para o Oscar de melhor atriz, após as obtidas por "Adorável Julia" (2004), "Beleza americana" (1999) e "Os imorais" (1990), embora nunca tenha levado a estatueta dourada. Agora pode conseguí-la por seu trabalho na produção independente "Minhas mães e meu pai", dirigida por Lisa Cholodenko, cuja obra põe em dúvida o conceito tradicional de família e sugere que o casamento vai além de uma questão de gênero. Bening dá vida a uma lésbica em relação com a personagem de Julianne Moore, com quem tem dois filhos adolescentes. No entanto, a estabilidade familiar se transforna com a aparição de Paul (Mark Ruffalo), o pai biológico das crianças. A atriz já ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia ou musical, e dedicou o prêmio a seu marido, Warren Beatty.


Nicole Kidman - a única 'oscarizada'

Nicole Kidman é a única das indicadas deste ano que já ganhou um Oscar, por "As horas" (2002), no qual interpretou a escritora Virginia Woolf agora retoma essa veia dramática em "Reencontrando a felicidade", um filme sobre a dificuldade de um casamento para enfrentar o luto pela morte de um filho em um acidente de trânsito. O filme de John Cameron Mitchell recria a transformação de uma relação matrimonial marcada pelo luto e aborda os limites que a dor impõe ao diálogo, neste caso, com o marido do personagem da atriz, interpretado por Aaron Eckhart. Após alguns anos envolvida em projetos sem muita sorte ("Invasores", 2007; "Austrália", 2008), ela parece agora retomar o caminho correto e triunfa nas bilheterias americanas com a comédia "Esposa de mentirinha", enquanto termina a filmagem de "Trespass", thriller de Joel Schumacher com Nicolas Cage no elenco.


Michelle Williams: Oscar antes de Marilyn Monroe

Esta é a segunda indicação recebida por Williams desde "O segredo de Brokeback Mountain" (2005), em cuja gravação conheceu Heath Ledger, com quem teve sua filha, Matilda. Desde então, a atriz superou uma grande depressão devido à morte do ator, que a manteve quase um ano longe dos sets. Em dezembro, falou pela primeira vez sobre seu sofrimento: "entendo as circunstâncias, mas o fato em si para mim não tem compreensão. Não a encontro. Não posso encontrá-la". Agora com "Namorados para sempre", drama de Derek Cianfrance no qual compartilha cenas, mais do que íntimas, com Ryan Gosling, a atriz volta em grande estilo ao Oscar com uma interpretação muito elogiada pela crítica americano. "Namorados para sempre" é uma história de amor sobre as reviravoltas de um passado com consequências na realidade vivida por um jovem casal, Dean e Cindy, que tenta extrair as melhores lembranças de sua relação para evitar o declínio de seu casamento.

Williams, que em 2010 estreou também "Ilha do medo", de Martin Scorsese, concluiu recentemente a rodagem de "My week with Marilyn", onde encarna a diva Marilyn Monroe.


Jennifer Lawrence: a nova musa indie

Com apenas 20 anos, Jennifer Lawrence recebeu sua primeira indicação ao Oscar de melhor atriz por sua atuação em "Inverno da Alma", mas poucos se atrevem a lhe dar alguma chance de faturar a estatueta. O filme, baseado em um romance de Daniel Woodrell, é a história de uma adolescente que terá que encontrar seu pai, fugitivo da Justiça, para evitar a perda da casa onde ela vive com seus dois irmãos pequenos. O rosto da jovem, pouco conhecido do grande público apesar de sua aparição em "Vidas que se cruzam" (2008) e as séries de televisão "Monk" e "Cold Case", se tornará mais famoso durante 2011.

A atriz participará de dois dos filmes mais aguardados em Hollywood: primeiro em "Um novo despertar", e depois em "X-Men: first class", no qual encarnará Mystique. Além disso, estará nas telonas em "Like crazy", o grande vencedor do último festival de Sundance.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Raro babuíno ruivo nasce em Israel

Galileu

Um babuíno ruivo, espécie rara de primata, nasceu em 26 de janeiro no Safari Ramat Gan, em Israel. As primeiras fotos do animal foram divulgadas nesta semana.
Assim como nos humanos, o gene para cabelos ruivos entre os babuínos é recessivo e faz 30 anos que o último primata ruivo nasceu em Israel, no Zoo de Tel Aviv.
O filhote ruivo é uma fêmea e sua mãe, Scud, tem 20 anos e nasceu durante a Guerra do Golfo. Segundo o site ZooBorns, Scud não é muito popular no grupo de babuínos do Safari Ramat Gan, mas o novo bebê reforça sua posição perante os outros animais. Agora, o macho dominante do grupo fica muito mais tempo com a fêmea, curioso sobre o filhote.

Porque as mulheres são atraídas por homens 'difíceis'?

Galileu

Sabe quando o homem dá aquela esnobada na mulher e mesmo assim ela fica ainda com mais vontade de ficar com ele? Isso tem uma explicação, segundo um estudo feito em conjunto na Universidade da Virgínia e em Harvard, nos Estados Unidos.
De acordo com o estudo, ser correspondido imediatamente na paquera pode causar menos atração do que não ter certeza se a paquera vai ou não dar certo. Segundo os autores da pesquisa, “quando as pessoas estão certas de que algo positivo ocorreu, eles começam a se adaptar a ela”. Essa adaptação torna tudo menos emocionante. Em contrapartida, “quando as pessoas estão inseguras sobre alguma coisa importante, elas dificilmente conseguem pensar em outra coisa”.
Os psicólogos Erin Whitchurch, Timothy Wilson e Daniel Gilber, responsáveis pela pesquisa, quiseram analisar como essa “teoria da incerteza” funciona na atração entre as pessoas. Eles recrutaram 47 alunas da Universidade da Virgínia e contaram que elas participariam de um experimento para saber se o Facebook é útil como um site de encontros amorosos. Os pesquisadores também disseram que vários alunos do sexo masculino da Universidade de Michigan tinham visto seus perfis – o que era uma mentira. Os alunos do sexo masculino eram fictícios.
As alunas foram divididas em três grupos e cada aluna iria ver o perfil de quatro rapazes fictícios. Para o primeiro grupo, os pesquisadores falaram que os 4 rapazes analisados gostaram do perfil das estudantes. No segundo grupo, as alunas foram informadas que os quatro homens deram avaliações medianas e não se sentiram atraídos pelas mulheres. No terceiro grupo, o grupo da incerteza, os psicólogos falaram que os quatro homens poderiam ser aqueles que mais gostaram das mulheres ou aqueles que não se sentiram atraídos por elas.
Todas as participantes deveriam avaliar os homens de acordo com o quanto se sentiam atraídas por eles. Os resultados mostraram que as mulheres do grupo 2 tiveram menos desejo pelos homens do que as mulheres do grupo 1, que viram o perfil dos homens que supostamente estavam atraídos por elas. Mas as mulheres do grupo 3, que não sabiam se os homens estavam ou não atraídos por elas, relataram uma atração muito maior pelos homens do que as mulheres do grupo 1. Segundo os autores, “as mulheres ficaram mais atraídas pelos homens quando havia apenas 50% de chances de eles terem gostado delas”. A pesquisa foi publicada na revista científica Psychological Science.
Resumindo, de acordo com a pesquisa, homens “difíceis” e que não entregam logo de cara que estão atraídos na paquera podem ser aqueles que mais despertam a atração feminina.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mau-humor e pessimismo podem ter causa genética

Thiago Perin
Superinteressante
Olha só: tem pessoas que já nascem propensas a achar a vida uma droga. Se você é uma delas, então, fique feliz (um pouquinho, pelo menos). Não é sua culpa e a sorte não está contra você: esse desgosto todo pode ser genético. Quer dizer, ok, nesse caso a sorte está sim um pouco contra você. Mas enfim.
De acordo com um estudo da Universidade de Michigan (EUA), a quantidade de uma substância que faz a comunicação entre os neurônios (Neuropeptídeo Y, NPY, é o nome dela, danadinha) afeta a forma como vemos o mundo. Segundo os cientistas, os níveis em que ela é encontrada no sistema nervoso estão diretamente relacionados a passarmos pela vida com uma visão “copo meio cheio” ou “copo meio vazio” em relação a tudo: os que têm menos NPY são muito mais pessimistas e têm dificuldades em lidar com situações estressantes. E também são – aí sem surpresa nenhuma – mais propensos a sofrer de depressão.
Isso foi apontado depois de uma série de testes em que a atividade cerebral de voluntários era medida enquanto eles liam palavras neutras (como “material”), negativas (“assassino”) ou positivas (“esperança”). Os pesquisadores sugerem que a questão é genética, mas falta explicar o que, exatamente, define os níveis da substância.
E fica a pergunta, então: ei, cientistas, tem algum jeito de colocar mais desse NPY no cérebro dos mau-humorados e deixá-los mais alegrinhos? Assim fica todo mundo – os ranzinzas e quem tem que aguentá-los – feliz e contente. Ficamos no aguardo.

Isis Valverde será a Maria Lúcia do filme 'Faroeste caboclo'

Música da Legião Urbana é base do roteiro de longa de René Sampaio. Personagem João de Santo Cristo será vivido por Fabrício Boliveira.
G1


Os atores Fabrício Boliveira e Isis Valverde serão os protagonistas do filme "Faroeste caboclo", inspirado na canção homônima da banda Legião Urbana. A produção começará a ser filmada em março e terá direção de René Sampaio.
Segundo Bianca De Felippes, da produtora Gávea Filmes, a preparação dos atores começará na próxima semana e as primeiras cenas serão filmadas em Brasília. Boliveira (de "400 contra 1") será João de Santo Cristo - o rapaz que na música de Renato Russo deixa "o marasmo da fazenda" na Bahia para virar traficante em Brasília. Isis, que faz sua estreia no cinema, será Maria Lúcia, a "mocinha" da história.
Outro nome confirmado no elenco é Felipe Abib (de "180º" ), que interpretará o maior inimigo de João de Santo Cristo, Jeremias.
A música virou roteiro de cinema a partir da adaptação de Paulo Lins, autor do livro "Cidade de Deus". A produção deve estrear ainda em 2011.
A canção "Faroeste caboclo" foi composta em 1979, na fase da carreira de Renato Russo conhecida como "trovador solitário", mas acabou fazendo sucesso ao ser incluída no disco "Que país é este", lançado pelo Legião Urbana de 1987.




Renato Russo, o filme
Além do filme inspirado em um dos personagens de suas canções, o próprio Renato Russo também será tema de um longa-metragem. Dirigido Antonio Carlos da Fontoura, "Somos tão jovens" abordará a adolescência do roqueiro.
O filme abordará o período no qual o compositor criou hits como “Geração Coca-Cola”e “Que país é este?”.
No roteiro, ainda em tratamento, o diretor pretende documentar a cena roqueira de Brasília nos anos 80, falando não apenas sobre a Legião Urbana e o Aborto Elétrico, as bandas de Russo.
Com filmagens marcadas para abril e maio deste ano, a produção terá como protagonista o ator Thiago Mendonça, que interpretou o sertanejo Luciano em “Dois filhos de Francisco”(2004).
A trilha sonora de “Somos tão jovens” será assinada por Carlos Trilha. Profundo conhecedor da obra de Russo, o produtor foi parceiro do cantor em dois de seus trabalhos-solo, “The stonewall celebration concert” (1994) e “Equilíbrio distante” (1995).
Na lista das “participações afetivas” estão ainda os filhos do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baterista Marcelo Bonfá, que interpretarão os pais na adolescência, quando conheceram o líder da Legião Urbana.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Divulgada primeira foto de Meryl Streep como Margaret Thatcher

Nesta foto divulgada pelo site oficial do filme 'The Iron Lady', a atriz Meryl Streep aparece pela primeira vez caracterizada como a ex-primeira ministra inglesa Margaret Thatcher. A cinebiografia também contará com o ator Jim Broadbent (de 'Gangues de Nova York') no papel de Denis Thatcher, marido de Maragaret. As filmagens começaram no dia 31 de janeiro.

É verdade que os Beatles acabaram por causa da Yoko Ono?

José Augusto Lemos
Mundo Estranho


A melhor resposta talvez seja a de George Harrison, em depoimento ao documentário Anthology, de 1996: "Seria injusto colocar em Yoko Ono toda a culpa por nossa separação, porque àquela altura já estávamos todos cheios. Mas talvez ela tenha sido a catalisadora". Ou seja: já havia bastante tensão e conflito entre os quatro Beatles quando Yoko entrou publicamente em cena, durante as gravações de The Beatles - mais conhecido como "The White Album" ("Álbum Branco") - em 1968. A presença constante de Yoko ao lado de John Lennon e o fato de ele valorizar muito mais a opinião dela, como artista de vanguarda, que a de seus parceiros musicais, teria apenas acelerado o processo de dissolução, que, mesmo assim, ainda se estenderia por dois anos. Independentemente da presença de Yoko, os Beatles haviam chegado àquela fase terminal, pela qual passam quase todas as bandas de rock, em que os talentos individuais começam a se sentir limitados e surgem as famosas "diferenças criativas".
Quando entraram em estúdio para gravar o "Álbum Branco", Lennon e Paul McCartney não mais compunham juntos e Harrison pressionava para incluir mais composições suas além da cota tradicional de duas por álbum. Resultado: os três passaram a gravar suas participações em separado, ou acompanhados apenas por Ringo Starr. Logo surgiram mais dois motivos de brigas sérias: Paul queria colocar seu sogro, Lee Eastman (um dos donos da Kodak), como empresário da banda e também queria que voltassem a se apresentar ao vivo. Mesmo assim, não resta dúvida de que Yoko e o modo como John deixava claro que era ela, e não mais a banda, o que havia de mais importante na sua vida, criaram uma divisão irreparável entre ele e os outros três Beatles.

Por que picada de pernilongo coça?

Yuri Vasconcelos
Mundo Estranho


A coceira é fruto de uma reação alérgica e de defesa do nosso organismo contra a picada do danado do inseto. Quando um pernilongo nos pica, um pouco de sua saliva, contendo anestésicos, anticoagulantes e outras substâncias, é injetada em nossa pele. Imediatamente, nosso sistema imunológico entra em ação e células “sentinelas” chamadas mastócitos liberam histamina e outros agentes de defesa para combater a invasão. A histamina eleva a circulação de sangue no local, o que deixa a pele vermelha e inchada, mas também aumenta a presença de células protetoras no local. Só que um efeito desagradável da histamina é a coceira. O pior é que, ao coçar a feridinha, a pessoa pode infeccionar o local com bactérias presentes nas unhas. “Quando a reação alérgica é muito intensa, a pessoa deve tomar um anti-histamínico para o corpo parar de liberar histamina”, diz a dermatologista paulista Márcia Purceli. Algumas pessoas têm mais suscetibilidade à picada de pernilongo do que outras. “O grau de coceira vai depender do sistema imune de cada um. Tem gente que nem sente coceira”, diz o bioquímico Almério de Castro Gomes, da Faculdade de Saúde Pública da USP.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Quais atores já morreram durante filmagens?

Artur Louback Lopes
Mundo Estranho


Vários, mas a morte mais trágica foi, sem dúvida, a do ator Vic Morrow, em pleno set de filmagem, em uma cena de fazer inveja aos grandes filmes de terror. O filme era No Limite da Realidade (1983), uma homenagem de Steven Spielberg (o produtor) à série de suspense Além da Imaginação, que fez muito sucesso na televisão entre 1959 e 1964. Morrow interpretava um militar que, em uma cena de guerra, resgatava duas crianças e as levava para um helicóptero. Tudo ia muito bem até que o helicóptero ficou fora de controle e decapitou o ator e uma das crianças. A outra escapou das hélices, mas foi esmagada pelo helicóptero. As filmagens foram suspensas, o diretor John Landis e Spielberg foram processados, houve mudança nas leis trabalhistas para atores mirins, mas o filme foi lançado - sem a fatídica cena e sem as duas crianças, claro.

Chama o dublê!
Conheça cinco atores que não viram seus filmes chegar ao cinema

John Candy
Filme - Dois contra o oeste
Ano - 1994
Candy fez o filme por obrigações contratuais e, embora tivesse parado de fumar e estivesse se esforçando para perder peso, teve um ataque cardíaco fulminante. A saída foi reescrever o roteiro tentando evitar ao máximo suas aparições e, quando não havia saída, usava-se um ator parecido com o comediante gorducho.

Bela Lugosi
Filme - Plano 9 do Espaço Sideral
Ano - 1959
Essa morte não ocorreu durante as filmagens, mas vale a nota. Lugosi morreu três anos antes do filme, mas o diretor Ed Wood resolveu pegar cenas que já tinha dele e completar sua participação com um dublê. O problema é que o dublê era maior e mais jovem que o ator - bem ao estilo dos filmes de baixo orçamento.

Brandon Lee
Filme - O corvo
Ano - 1994
Essa morte rolou no set. Em uma história mal contada, alguém deixou uma bala de verdade em uma arma usada em cena. Só faltavam três dias de filmagens e um dublê de corpo e imagens já filmadas foram suficientes para completar o filme. Um detalhe sinistro é que o ator River Phoenix, que morreu durante as filmagens de Dark Blood, disputou o papel com Lee.

Jean Harlow
Filme - Saratoga
Ano - 1937
Não faltava muito para terminar as filmagens, mas, de uma hora para outra, a musa loira foi acometida por uma infecção renal e morreu. A saída foi arrumar uma dublê e privilegiar enquadramentos mais abertos. Ironicamente, esse é tido como um dos melhores filmes de Jean Harlow.

Oliver Reed
Filme - Gladiador
Ano - 2000
O intérprete de Próximo gostava de encher o caneco e bateu as botas após um pileque em um pub na ilha de Malta, onde o filme foi rodado. Como faltavam apenas três cenas, o diretor Ridley Scott apostou na tecnologia, recriando digitalmente o rosto do ator e o colocando no corpo de um dublê.

Por que tem tanto "Silva" no Brasil?

Marina Motomura
Mundo Estranho


Porque o sobrenome "Silva", além de ser muito usado em Portugal, também foi dado a milhares de escravos trazidos para o Brasil durante o período colonial. Essa é a explicação mais provável, segundo o genealogista Carlos Eduardo Barata, autor do Dicionário das Famílias Brasileiras. Além disso, muitos portugueses que vinham para o Brasil em busca de vida nova adotavam o "Silva" para se beneficiar do anonimato que o sobrenome comum oferecia. A origem dos "Silvas" é controversa, mas tudo indica que o sobrenome surgiu no Império Romano para denominar os habitantes de regiões de matas ou florestas - silva, em latim, é "selva". Muitos desses habitantes se refugiaram do império justamente na península Ibérica (hoje Portugal e Espanha). O primeiro "Silva" a fixar raízes no Brasil foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612. Daí em diante, o sobrenome começou a se espalhar pelo país e não parou mais. Hoje, é impossível saber quantos "Silvas" existem no Brasil já que nenhum órgão oficial tem uma estatística nacional sobre o tema. Porém, tudo leva a crer que "Silva" é, sim, o sobrenome mais comum. Em um levantamento feito especialmente para a ME pela empresa Telefônica, deu "Silva" na cabeça. Entre os 4,6 milhões de assinantes de telefone da empresa na cidade de São Paulo, 295 622 são "Silva". Ainda entre os top 5 estão os "Santos", os "Oliveiras", os "Souzas" e os "Limas".

Quem trai mais: o homem ou a mulher?

Marina Motomura
Mundo Estranho


Pelo menos entre os brasileiros, os reis da traição são os homens. Aliás, se pular cerca fosse esporte, certamente estaria entre os mais praticados do país. Isso é o que indica uma pesquisa feita em 2003 pela Universidade de São Paulo (USP), que ouviu as confissões sobre infidelidade de quase 4 mil pessoas casadas em 17 cidades. De acordo com o estudo, metade dos homens já deu suas escapadinhas pelo menos uma vez durante o matrimônio. Entre as mulheres, o índice médio de infidelidade é bem menor, em torno de 22%. Para entender tamanha diferença, é preciso considerar fatores biológicos e tradições típicas do nosso país. "Primeiro, devemos ter em mente que o homem tem um hormônio sexual muito potente, o andrógeno. Isso pode gerar maior agressividade sexual em relação à mulher, influenciada por um hormônio mais suave, o estrógeno. Em segundo lugar, a cultura brasileira dá ao homem liberdade para fazer sexo e diversificar suas conquistas", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora da pesquisa da Universidae de São Paulo. Um aspecto importante é que os dois sexos traem por razões bem diferentes. Enquanto a rapaziada geralmente só quer descarregar o tesão e obter satisfação física, as mulheres costumam entrar de cabeça na relação, se envolvendo muito mais. "Quase sempre, elas querem romper um dos relacionamentos e se dedicar àquele que mais satisfaz a sua necessidade afetiva", diz Carmita.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Por que os padres não podem se casar?

Artur Louback Lopes
Mundo Estranho


A princípio, padres não se casavam por opção, para dedicar 100% do tempo e das energias à oração e à pregação - da mesma forma que Jesus Cristo. Em 1139, ao final do Concílio de Latrão, contudo, o matrimônio foi proibido oficialmente a membros da Igreja. Embora a decisão tenha se apoiado em passagens bíblicas - como "É bom para o homem abster-se da mulher" (presente na primeira carta aos Coríntios) -, uma das razões mais fortes para a transformação do celibato (como é conhecida a proibição do casamento) em regra foi o que, já naquela época, ditava as regras da humanidade. Fé? Nada disso. Grana! Na Idade Média (do século 5 ao 15), a Igreja Católica alcançou o auge do seu poder, acumulando muitas riquezas, principalmente em terras. Para não correr o risco de perder bens para os herdeiros dos membros do clero, o melhor mesmo era impedir que esses herdeiros existissem. Isso não fez muita diferença para os monges, que, por opção, já viviam isolados em mosteiros, mas em algumas paróquias a proibição gerou discórdia. A maior delas ocorreu no começo do século 16 e foi uma das razões pelas quais o cristianismo passou pelo seu maior racha: Martinho Lutero rompeu com o papa e criou a Igreja Luterana, que permitia o casamento dos seus pastores - e permite até hoje (veja o quadro abaixo). Depois da Reforma Protestante, a Igreja Católica reafirmou o celibato, definindo no Concílio de Trento, em 1563, que quem o rompesse seria expulso do clero. A regra se manteve até 1965, quando o papa Paulo VI permitiu que padres se casassem e continuassem freqüentando a Igreja (sem a função de padres, claro). Para conseguir essa liberação, o padre noivo precisa enviar um pedido ao Vaticano e esperar a autorização, que pode demorar até dez anos. "João Paulo II tornou o processo mais demorado, mas Bento XVI está limpando a mesa", diz o teólogo Afonso Soares, professor da PUC-SP. Além de promover a tal limpeza, o novo papa surpreendeu, em agosto do ano passado, ao aceitar que o ex-pastor anglicano David Gliwitzki, casado e pai de duas filhas, e tornasse padre.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Morar junto, sem casar, causa depressão

Thiago Perin
Superinteressante

Vocês querem ser modernos e práticos, deixam todo aquele papo de altar, convites com frufru e bolo de vários andares pra lá, juntam as trouxinhas e vão morar juntos. Pronto: na prática, estão casados. Mas, também na prática, têm chances bem maiores de acabarem de cara feia e sem vontade de sair da cama (pelos motivos errados) do que os casais de papel passado. “Casais que apenas moram juntos reportam níveis mais altos de depressão do que os que são casados”, alertam pesquisadores da Bowling Green State University, em Ohio (EUA). O motivo? Aquele sentimento de falta de estabilidade no relacionamento, que atinge os “juntados” 25% mais do que os casados pela lei. “E isso é especialmente verdade entre os casais que estão juntos há muito tempo”, diz o estudo. E aí, quer repensar essa modernidade toda?

Google coloca 17 museus na internet usando tecnologia do Street View

Kleyson Barbosa
Superinteressante


O Google lançou ontem, 1/02, o Google Art Project, um site que permite que o internauta visite 17 museus de todo o mundo. Usando a tecnologia do Street View, a empresa capturou imagens que recriam as obras e o ambiente dos espaços.
A iniciativa resulta de uma parceria entre a Google e 17 museus localizados em 11 cidades de nove países, como a National Gallery de Londres, o Museum of Modern Art, de Nova York e o Museo Reina Sofia, de Madrid.
Além das mais de mil obras disponíveis para visualização, o projeto disponibiliza também 17 obras em super resolução. Os visitantes do site podem ver detalhes das pinturas muitas vezes até difíceis de serem observados a olho nu. O site também permite que cada cibernauta crie a sua coleção de arte virtual pessoal e compartilhe com outras pessoas.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Brasil enfrenta filmes premiados na disputa pelo Oscar de documentário

Competição traz ‘Restrepo’, ‘Inside job’, ‘Exit through...’ e ‘Gasland’.

Carla Meneghini
Do G1 RJ
Quando recebeu a notícia de que “Lixo extraordinário” tinha sido indicado ao Oscar de melhor documentário, na terça-feira passada (25), o artista plástico Vik Muniz, que inspirou o filme, foi tomado pelo otimismo. “Acredito que vamos ganhar, porque entre os filmes indicados, é o filme mais forte, o mais premiado, nossas chances são muito grandes”, disse em entrevista ao G1 na ocasião.
Mas será que as chances de vitória da coprodução brasileira são mesmo tão grandes? Ao contrário do que acredita Vik Muniz, para colocar as mãos na estatueta, “Lixo extraordinário” vai enfrentar um time de documentários de primeira, com carreiras repletas de prêmios e elogios. São eles: “Exit through the gift shop”, “Gasland”, “Inside job” e “Restrepo”. Conheça melhor os concorrentes do Brasil abaixo.

'Exit through the gift shop’
Um dos concorrentes mais fortes é “Exit through the gift shop”, assinado pelo grafiteiro Banksy, importante nome da arte contemporânea. A indicação de Banksy para o Oscar sinalizou para a possível resolução de um dos maiores mistérios do cenário atual das artes visuais: a identidade do artista.
No filme, Banksy aparece escondido em sobras e tem a voz distorcida. O fato de nunca ter aparecido em público já levantou suspeitas de que Banksy, na verdade, é um coletivo de artistas centralizado em uma única figura. Com a indicação ao Oscar, a pergunta que fica no ar é: Banksy comparecerá à cerimônia e finalmente revelará seu rosto?
O documentário de Banksy, que retrata o trabalho de artistas de rua pelo mundo, foi eleito o melhor do ano por diversas associações de críticos da América do Norte, como de Chicago, San Diego e Toronto, além de ser indicado aos prêmios Bafta. Entretanto, sua indicação ao Oscar ainda gera polêmica, já que o longa mistura elementos de documentário com ficção.

‘Restrepo’
Outro candidato ao Oscar que sai na frente é “Restrepo”, que gira em torno de um grupo de soldados americanos em serviço no Afeganistão e venceu o Grande Prêmio do Júri da categoria no Festival de Sundance.
Produzido pela National Geographic, o filme ficou entre os documentários mais assistidos de 2010 e bateu recorde de público por cópia nos EUA, conseguindo acumular uma bilheteria de US$ 1,3 milhão mesmo com um lançamento inicialmente restrito a duas cópias. O feito coloca “Restrepo” entre os favoritos do Oscar, já que nos últimos anos a Academia premiou documentários de bom desempenho nas bilheterias, tais como “The cove”, “O equilibrista”, “Uma verdade inconveniente” e “A marcha dos pinguins”.

‘Gasland’
Já “Gasland”, dirigido por Josh Fox, destaca-se pela controvérsia. O documentário denuncia a ação de companhias de energia na exploração de áreas rurais dos EUA em busca de reservas de gás natural, assumindo altos riscos ambientais. O longa-metragem foi premiado pelo Júri Especial do Festival de Sundance.
O discurso sustentado em “Gasland” irritou tanto a indústria energética americana que a associação de produtores de gás Energy In Depth chegou a divulgar uma nota oficial sobre a indicação ao Oscar afirmando que “seria melhor se a Academia tivesse uma categoria dedicada à propaganda” e classificando o filme como “puro entretenimento”. A repercussão do documentário foi tão grande que acabou transformando o cineasta em um militante da causa, e ele já planeja uma continuação do longa.

‘Trabalho interno – A verdade sobre a crise’ (Inside job)
Narrado por Matt Damon, o filme faz um raio-X da crise econômica de 2008, articulando por meio de entrevistas e documentos como relações corruptas em vários setores da sociedade e níveis de poder levaram à ruína de muitas pessoas e à quebra de diversas empresas.
Dirigido por Charles Ferguson, o documentário tem o mérito de ser o primeiro a se debruçar sobre a crise de 2008 e deixa no público a sensação de que toda a tragédia financeira poderia ter sido evitada. Apesar de não ter conquistado nenhum grande prêmio, o filme ganha pontos com os membros da Academia ao falar de um tema que atingiu diretamente a indústria do cinema.

59 deputados federais que tomam posse são processados por crimes

G1
Levantamento do G1 leva em conta ações penais em 61 tribunais.
Acusações mais recorrentes estão relacionadas à administração pública.

Ao menos 59 dos 513 deputados federais que tomam posse nesta terça-feira (1º) chegam à Câmara na condição de réus em ações penais, ou seja, respondem a processos nos quais são acusados de crimes, de acordo com levantamento realizado pelo G1 em 61 tribunais, entre eles o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
É a segunda vez que o G1 faz um levantamento desse tipo. Em 2007, a pesquisa levantou 74 deputados processados ou investigados por crime (como os critérios usados na época foram diferentes, os números não são comparáveis; saiba as diferenças). O levantamento atual também faz parte de uma série que o G1 vem publicando desde sábado (29), com informações que traçam um perfil da nova Câmara dos Deputados (saiba mais).
Juntos, os 59 deputados do levantamento deste ano respondem a pelo menos 92 processos – em alguns casos, o deputado é acusado pelo Ministério Público por mais de um crime. A maioria das acusações se refere à administração pública, como crime contra a Lei de Licitações, peculato (quando o funcionário público se apropria de bens ou valores públicos) e corrupção. Há ainda casos de crime contra o sistema financeiro, crimes eleitorais e até crimes contra a pessoa, como homicídio e lesão corporal.
O desembargador Fernando Tourinho Neto, que atua no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e é vice-presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), afirma que é preciso cautela para não condenar antecipadamente um cidadão que responde a processo judicial.
“Uma pessoa ser denunciada não quer dizer que praticou o fato. Isso vai para instrução, para ser apurado. Pode ser condenada, mas pode ser inocentada. A Constituição prevê a presunção de inocência, até que haja uma condenação transitada em julgado. A Constituição é para todos, o direito protege a todos nós”, afirma o magistrado.

Por que o brasileiro lê pouco?

por Raphael Soeiro
Superinteressante

Além de a leitura não vir de casa, a escola mais atrapalha que ajuda.

Fiquemos com a resposta da maior autoridade no mundo, a Unesco. Para o setor da ONU que cuida de educação e cultura, só há leitura onde: 1) ler é uma tradição nacional, 2) o hábito de ler vem de casa e 3) são formados novos leitores. O problema é antigo: muitos brasileiros foram do analfabetismo à TV sem passar na biblioteca. Para piorar, especialistas culpam a escola pela falta de leitores.

"Os professores costumam indicar livros clássicos do século 19, maravilhosos, mas que não são adequados a um jovem de 15 anos", diz Zoara Failla, do Instituto Pró-Livro. "Apresentado só a obras que considera chatas, ele não busca mais o livro depois que sai do colégio." Muitos educadores defendem que o Brasil poderia adotar o esquema anglo-saxão, em que os clássicos são um pouco mais próximos, dos anos 50 e 60, e há menos livros, que são analisados a fundo. Mas aí teria de mudar o vestibular, é isso já é outra história.

Fonte Instituto Pró-Livro, ANL, Centro Regional para el Fomento del Libro en América Latina, el Caribe, España y Portugal (Cerlalc).