segunda-feira, 18 de julho de 2011

Seus amigos te conhecem melhor do que você mesmo

Superinteressante

Você está entre amigos e um deles diz que você fala demais ou é meio egoísta. Você discorda e ignora. É claro que os outros estão enganados. Afinal, ninguém te conhece melhor do que você mesmo. Se você se identificou com a situação (muitos de nós somos assim), preste atenção ao que vem a seguir.


Um artigo publicado no periódico Current Directions of Psychological Science mostrou que provavelmente não conhecemos a nós mesmos tão bem quanto imaginamos. E mais: nossos amigos podem ter impressões mais exatas sobre quem somos.


“Uma imagem completa da personalidade de alguém exige tanto a perspectiva da própria pessoa quanto as perspectivas de outros que a conhecem. A percepção das pessoas sobre suas próprias personalidades, ao mesmo tempo que pode ser bastante rigorosa, contém omissões importantes”, escreveu Simine Vazire, da Universidade de Washington em St. Louis, no artigo.


Um estudo citado por ela mostrou que as pessoas não deixam de acreditar na autoimagem que têm, nem mesmo diante de provas. Por exemplo, se um voluntário atribuía a si mesmo uma característica e, em um vídeo, aparecia outra coisa, ele continuava convencido do que havia dito antes. Já as outras pessoas que viam a fita apontavam facilmente as contradições.


O que atrapalha o nosso julgamento são nossos medos e o impulso inconsciente (ou não, né?) para manter uma determinada autoimagem. Essas coisas acabam influenciando a forma como nos avaliamos e mascaram a verdade.


Mas calma, você não está tão fora do controle assim. Há aspectos sobre os quais ninguém pode saber mais do que você, como o seu nível de ansiedade e como anda a sua autoestima. Essas coisas dá para disfarçar e confundir quem vê de fora. Quantas vezes você não definiu uma pessoa como arrogante e depois descobriu que ela, na verdade, era insegura?


A avaliação externa é mais eficiente e precisa no que diz respeito a características observáveis e mensuráveis, como inteligência, criatividade e comunicação. Vale prestar atenção ao que o amigo diz sobre você nesses aspectos, mesmo que não concorde. E é bom lembrar que isso não vale só para características ruins: se disserem que você é inteligente, pode acreditar também.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Brasileiro consome 30 quilos de plástico reciclável por ano, mostra pesquisa

Por Vinicius Konchinski/Agência Brasil

Cada brasileiro consome, em média, aproximadamente 30 quilos de plástico reciclável por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em 2010, de acordo com anuário do setor químico da entidade, foram consumidas no país cerca de 5,9 mil toneladas de plástico, o que representa 50% a mais do que há dez anos.
Os dados foram apresentados na sexta-feira (7) pela pesquisadora Lucilene Betega de Paiva em um seminário na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Lucilene trabalha no Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT) e é especialista em plásticos.
Em sua participação no seminário, ela falou sobre a importância da reciclagem desse material. Segundo ela, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pode ajudar a "transformar um passivo ambiental em uma fonte de recursos financeiros".
A PNRS foi o tema central do seminário na Alesp. O evento faz parte de uma série de debates preparatórios para a 12ª Conferência das Cidades, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.
A Conferência das Cidades ocorre todo ano, no segundo semestre. Em 2011, ela está programada para outubro e deve tratar também da PNRS.
A PNRS foi instituída por lei aprovada, sancionada e regulamentada no ano passado. Ela estabelece regras para a destinação do lixo produzido no país. De acordo com a PNRS, a reciclagem deve ser priorizada. Já o lixo não reciclável deve ser levado a aterros sanitários. Os lixões precisam fechados até 2015.
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), também apresentados no seminário na Alesp, mostram que o Brasil ainda precisa avançar para cumprir o estabelecido pela PNRS. Segundo levantamento feito pela entidade em 350 cidades que concentram quase metade da população urbana brasileira, 42% do lixo do país não receberam uma destinação adequada no ano passado.
Ao todo, foram 23 milhões de toneladas de lixo levadas para lixões ou aterros controlados, que não são ambientalmente apropriados. Para aterro sanitários, em que existem sistemas para evitar contaminação de água e solo, foram levadas 31 milhões de toneladas de lixo.