quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

II Encontro da Cabanagem ocorre em janeiro em Santarém




Sob iniciativa da Associação dos Moradores de Cuipiranga, com apoio do “Projeto Memórias da Cabanagem” (Programa de Antropologia e Arqueologia/PAA/ICS/UFOPA), DCE-UFOPA, UES, SINDUFOPA, SINTEPP, GCI e Radio Rural ocorre nos dias 06 a 08 de janeiro de 2012 o II Encontro da Cabanagem, na comunidade de Cuipiranga, em Santarém.
O evento objetiva valorizar e celebrar a memória dos cabanos no lugar onde tiveram o seu mais resistente acampamento no Baixo Amazonas, e onde até hoje os moradores e descendentes lutam pelos seus direitos.
A previsão é reunir 200 pessoas, entre moradores de Cuipiranga e comunidades vizinhas e o grupo de 40 acadêmicos da UFOPA e representantes de movimentos sociais que irão de Santarém.

Confira a programação completa:


06/01/2012
07:00h: Saída do barco de Santarém para Cuipiranga.
10:00h: Recepção e apresentação dos visitantes e abertura do Encontro.
12:00h: Almoço
14:30h: História e memória dos cabanos de Cuipiranga e da Cabanagem: 177 anos de uma guerra que não acabou [mesa-redonda e discussão, com participação de pesquisadores e moradores]
17:30h: Levantação do mastro da festa
19:30h: Celebração religiosa na praia seguida de apresentações de danças
20:30h: Lançamento do documentário MEMÓRIAS CABANAS, de Clodoaldo Correa.


07/01/2012
06:00h: Café da manhã
06:30h: Saída da Caminhada dos Cabanos, de Cuipiranga em direção à comunidade de Guajará, passando por Vila Amazonas (sai do lado do rio Tapajós para o rio Amazonas).
09:30h: Chegada e recepção em Guajará, seguida de discussão sobre o sentido da Caminhada e da luta dos cabanos hoje: a proposta de criação do MUSEU ABERTO DA CABANAGEM.
12:00h: Almoço coletivo
13:00h: Apresentação de filmes e documentários
14:30h: Despedidas e volta para Cuipiranga.
19:30h: Ritual/celebração
20:00h: Lançamento do filme O CÔNEGO (com a presença do diretor Paulo Miranda), seguido de debates.
22:00h: Festa dançante


08/01/2012
07:00h: Café da manhã
08:00h: Visita e homenagem aos cabanos no Cemitério de Cuipiranga
09:30h: Avaliação e planejamento do evento
10:30h: Ritual de despedida Derrubada do mastro
11:30h: Piracaia (almoço) de despedida e final do encontro
15:00h: Saída do barco para Santarém


Maiores informações e reservas de vagas:
Prof. Florêncio Vaz
(093)9184-4900
florenciovaz@uol.com.br

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO AO IDA – “ÍNDICE DE DETURPAÇÃO ACADÊMICA”

Nós, estudantes da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA –, vimos por meio deste manifesto, que tem o apoio de grande parte dos acadêmicos desta Instituição, expor nossa indignação frente a situações que vivemos diariamente na universidade. Desejamos não mais do que expor à sociedade civil santarena e principalmente aos estudantes que pretendem ingressar na UFOPA a realidade prática de aplicação do novo modelo implantado que se distancia em muito do belo discurso teórico exposto na mídia pelo excelentíssimo senhor REItor Seixas Lourenço. É importante esclarecer que este ato não se resume em uma tentativa de boicote da nova universidade, não é essa nossa intenção; desejamos apenas informá-los sobre fatos problemáticos que enfrentamos em nosso cotidiano por entender que a UFOPA é uma conquista da região e que, por isso, as lacunas do modelo dizem respeito não só aos estudantes, mas a toda sociedade.
Esta nota de repúdio tem como foco principal abordar os prejuízos que advêm do sistema de seleção “inovador” implantado na UFOPA. O percurso acadêmico é totalmente dependente do IDA – índice de desempenho acadêmico – instrumento que tem como função medir a capacidade intelectual dos estudantes para que depois, internamente, estes possam se inscrever nos cursos e esperar para serem aceitos, ou não. Nós, estudantes da UFOPA, verdadeiramente, fomos jogados em uma arena na qual a cada dia somos forçados a nos digladiar para trilhar o caminho tortuoso da competição que nos foi imposta e assim alcançar o “direito” de escolher o curso que desejamos .
Um modelo de universidade que foi criado para ser definido pela concorrência interna exige critérios de organização muito maior, e nesse sentido, nós, que já somos obrigados a lidar com a pressão de disputar internamente as vagas nos cursos, ficamos ainda mais angustiados, pois a desorganização é imensa: não existem critérios definidos para as avaliações, a fórmula de cálculo do IDA é confusa e o princípio da isonomia – intrínseco a todo processo de seleção – está longe de ser respeitado na UFOPA. Desde que entramos nesta universidade somos cobaias de um sistema de seleção implantado de forma irresponsável, autoritário e totalmente fora dos padrões de qualquer processo seletivo público deste país.
Outro ponto pertinente a ser destacado é que o modelo em si exige pela sua própria natureza meritocrática, a formulação de atos administrativos que acabam por limitar ou questionar a autonomia inerente ao professor. Para facilitar a visualização do paradoxo que enfrentamos diariamente basta refletir: como garantir que as avaliações sejam equivalentes, que as turmas estejam equiparadas, que o processo seletivo interno seja isonômico sem questionar a autonomia do professor? É impossível. O próprio modelo define problemas para si e não é capaz de conter a complexidade de suas muitas limitações. A partir da reflexão proposta é fácil perceber que o sistema impõe certa fragilidade à relação professor-aluno na universidade. Muitas vezes tivemos a sensação de que nossos muitos questionamentos exigindo nossos direitos dentro do processo seletivo, por naturalmente confrontarem direta ou indiretamente a autonomia do professor, acabaram por afastar alguns dos mestres. Vê-se que as falhas do sistema delimitam cautela até para exigir o que nos é devido como estudante, cautela para que erroneamente nossos atos não acabem por transformar os professores em “inimigos” neste processo em que na verdade ambos somos vítimas.
Outro problema que requer a atenção da sociedade é a falta de democracia evidente que existe na Universidade. Os diálogos entre alunos e administração, quando ocorrem, não atendem as necessidades dos estudantes que acabam por não ter alternativa senão se resignar diante das arbitrariedades do sistema vigente. (a falta de democracia será tratada de forma mais ampla em outro momento).
Novamente queremos ressaltar que este ato não tem como objetivo boicotar a nova universidade, muito menos instigar os estudantes que pretendem ingressar na UFOPA a desistirem do sonho de estudar na Universidade Federal do Oeste do Pará. Desejamos apenas fornecer aos próximos que entrarem informações que não possuíamos quando ingressamos no início de 2011. Somos a primeira turma a estudar dentro do novo modelo acadêmico, por isso nos sentimos na obrigação de informar a sociedade à situação em que se encontra a UFOPA. O desrespeito aos direitos dos alunos é constante e a evasão é muito grande. Nossa argumentação não pretende alçar níveis de abordagem teórica que ainda não dominamos, mas se resume a abordagem pelo entendimento dos efeitos práticos negativos do processo implantado. Assim, entendemos que o processo seletivo interno baseado no IDA, se permanecer desorganizado como está, está fadado ao fracasso.
Por fim, convidamos a sociedade santarena a se juntar a nós no anseio de construir a universidade que merecemos e à luta pela construção de um modelo acadêmico de qualidade a que todos temos direito.

Este documento foi elaborado a partir da iniciativa de acadêmicos da turma do Instituto de Ciências da Sociedade do turno da tarde. A comissão que elaborou a nota também está organizando um manifesto a ser realizado no dia 2 de dezembro na orla da cidade. A pauta tratada acima e o convite ao manifesto foram estendidos e expostos a todos os alunos da UFOPA.

Comissão organizadora: Carla Ninos, Monique Lorena, Osinaldo, Rayanna Dolores, Solon Godinho e Telma Bemerguy.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Filha do ex-ditador Stalin morre aos 85 anos nos Estados Unidos

Svetlana Peters morreu em Wisconsin aos 85 anos, de câncer no cólon.Ela deixou dois filhos dos dois primeiros casamentos na ex-União Soviética.


A única filha do ex-ditador soviético Josef Stalin, Svetlana Peters, que condenou o comunismo, morreu em 22 de novembro em Wisconsin, nos Estados Unidos, informaram autoridades nesta segunda-feira (28).
Ela morreu aos 85 anos, de câncer no cólon, de acordo com Benjamin Southwick, o procurador do condado de Richland County.
Svetlana Stalin se estabeleceu em Wisconsin, no centro do país, depois de se casar com o arquiteto William Peters, um aprendiz de Frank Lloyd Wright, no início dos anos 1970. Eles viviam em Spring Green, perto de Madison, tiveram uma filha, Olga, e então se divorciaram.
Sua deserção em 1967 da União Soviética, enquanto estava na Índia, envolveu a Agência Central de Inteligência (CIA), que a ajudou a ir aos Estados Unidos, onde foi recebida por repórteres. Ela denunciou o comunismo e seu pai e suas políticas, o chamando de 'um monstro moral e espiritual'.
Josef Stalin morreu em 1953 depois de três décadas de um regime brutal e foi considerado responsável pela morte de milhões de pessoas.
Svetlana Peters escreveu dois livros best-sellers, incluindo 'Vinte Cartas a Um Amigo' que rendeu a ela cerca de um milhão de libras esterlinas, ou 1,7 milhão de dólares. Mas em uma rara entrevista em 1990 ao jornal Independent, ela disse que não tinha dinheiro e nenhuma renda de seus livros e que estava vivendo com Olga em uma casa alugada.
Ela deixou dois filhos de seus primeiros dois casamentos na ex-União Soviética. Os dois casamentos também terminaram em divórcio.
Uma documentarista, Lana Parshina, a encontrou em uma casa de repouso em Wisconsin e a entrevistou para 'Svetlana Sobre Svetlana', um filme sobre sua complicada vida que o New York Times afirmou que 'valia uma novela russa'.
Em entrevista no ano passado ao Wisconsin State Journal, ela procurou retratar um comentário no filme em que disse que se arrependeu de vir aos Estados Unidos e que desejava ter ficado em um país neutro, como a Suíça.
'Estou muito feliz aqui', ela disse. 'Onde quer que eu vá, aqui ou Suíça, ou Índia, ou qualquer lugar. Austrália. Alguma ilha. Sempre serei uma prisioneira política do nome do meu pai.'
Ela tinha 6 anos quando sua mãe se suicidou, embora para ela tenha sido dito que estava doente. Seu irmão foi morto durante a Segunda Guerra Mundial com a Alemanha, quando seu pai se recusou a trocá-lo por um general alemão, segundo o Times.
Svetlana estudou história, não artes, como queria, seguindo a direção de seu pai. Stalin enviou o primeiro amor de Svetlana, um cineasta judeu, para a Sibéria. Ela se tornou tradutora e ensinou literatura e inglês.



(*) Com informações das agências Efe e Reuters.

sábado, 26 de novembro de 2011

Filme de Beto Brant com Camila Pitanga vence festival espanhol

'Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios' foi premiado.Longa recebeu prêmio máximo do Festival de Cinema de Huelva.

G1
O filme "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" recebeu o Cólon de Ouro, prêmio máximo do 37º Festival de Cinema Ibero-Americano de Huelva (Espanha).
A produção, dirigida por Beto Brant e Renato Ciasca, narra a história de um triângulo amoroso que envolve Cauby, um fotógrafo que passa pela floresta amazônica, uma mulher chamada Lavínia e seu marido, o pastor Ernani, que acredita ser possível salvar o mundo.
Este é o mais recente trabalho conjunto de Brant e Ciasca, que desde 1984 colaboram em vários projetos, sempre dirigidos por Beto e produzidos por Renato, como "Ação entre amigos" (1998), exibido no Festival de Veneza; e "O invasor" (2001), escolhido Melhor Filme Latino-Americano no Festival de Sundance.
Também realizaram juntos "Crime delicado" (2006), vencedor de vários prêmios internacionais de cinema. A última colaboração entre os dois é uma adaptação do livro homônimo de Marçal Aquino.
Na leitura do prêmio, o presidente do júri, Fernando Delgado, destacou que o troféu foi entregue por escolha da maioria, e está justificado "pelo olhar pessoal com que se conta esta história de amor e destruição no grande cenário do Amazonas".

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Fincher não espera prêmios para 'Os homens que não amavam mulheres'

Cineasta lança em dezembro adaptação do 1º livro da série Millennium.'Trouxemos uma sensibilidade diferente', disse o diretor de 'A rede social'.

G1


Há exatamente um ano, a temporada de filmes do fim de 2010 foi dominada pelo cineasta David Fincher, com o seu "A rede social" conquistando cinéfilos, críticos e premiações.
Vinte e cinco dias após concluir aquele filme, o diretor se viu na Suécia, filmando "Os homens que não amavam as mulheres", adaptação para o inglês do primeiro livro da série popular Millennium, do autor sueco Steig Larsson. A série de suspense trata de histórias de vingança de violência sexual contra mulheres.
A versão de Fincher traz Rooney Mara como a jovem hacker que ajuda um jornalista (Daniel Craig) em um caso de uma mulher desaparecida. O filme estreia nos Estados Unidos em 21 de dezembro, mas já atrai grande interesse dos fãs.


O cineasta conversou com a Reuters sobre seu filme e disse acreditar que vai esperar sentado na temporada de premiações de Hollywood este ano. Ele explicou a diferença entre sua versão e o filme original sueco. "Eu respeito totalmente o que foi feito antes do nosso começo", contou. "Mas acho que trouxemos uma sensibilidade diferente, uma forma de contar diferente. Estamos contando partes da história que foram cortadas por questão de duração ou orçamento no passado. Há muita história por trás e boa parte disso está canalizada em outros lugares na versão sueca."

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tânia Vinhas
Superinteressante



A banda The Strokes lançou o álbum Is This It? há dez anos com um intuito meio megalomaníaco: “salvar o rock“. Bem, sabemos que o rock atual continua em situação crítica, mas sempre dá para selecionar algumas boas bandas por aí – e foi assim que surgiu o Is This Indie.
Elaborado pelo pessoal do site Rock’n'Beats, o projeto faz uma releitura do clássico do The Strokes com a ajuda de 14 bandas brasileiras do cenário independente. Tudo muito criativo, tudo muito diferente (o Brasil é rico em diversidade musical, não dá para negar) e tudo bem empenhado para mostrar que o quinteto ajudou a construir a identidade de muitos grupos por aí.
Dá para ouvir a coletânea completa por streaming na página do Rock ‘n’ Beats no Facebook. O álbum completo deve ser disponibilizado para download em primeira-mão para quem for à festa de lançamento do álbum, que acontecerá amanhã no Beco 203, em São Paulo, na véspera da apresentação da banda no Brasil em um festival de música.
E quem perder a oportunidade de ir ao evento não precisa chorar – é só ter um pouco de paciência, pois o site garante que em breve o download estará disponível no próprio site. Quer ter uma ideia do trabalho?

Confira a tracklist completa e a lista de bandas que participam do tributo:
“Is This It” – Volver (Pernambuco) /
“The Modern Age” – Vivendo do Ócio (Bahia) / “Soma” – João e Os Poetas de Cabelo Solto (São Paulo) / “Barely Legal” – Cícero (Rio de Janeiro) / “Someday” – Sabonetes (Paraná) / “Alone, Together” – Pública (Rio Grande do Sul) / “Last Nite” – Vespas Mandarinas (São Paulo) / “Hard to Explain” – Volantes (Rio Grande do Sul) / “New York City Cops” – R Sigma (Rio de Janeiro) / “Trying Your Luck” – Suéteres (São Paulo) / “Take It or Leave It” – Charme Chulo (Paraná) / “When It Started” – Jennifer Lo-Fi (São Paulo)


Bônus Tracks:
Rosa (Last Nite) – Banda Uó (Goiás) / Sagganuts – Visitantes (São Paulo)

Mona Lisa era banguela

Thiago Perin
Superinteressante


Muito já se falou sobre o misterioso sorriso da Mona Lisa, mas, se o pessoal da Escola de Odontologia da Universidade de Georgetown (EUA) estiver certo, parece que a moça da obra de Leonardo Da Vinci não tinha muitos motivos para sorrir.
“Acreditamos que a Mona Lisa não está sorrindo; ela tem a expressão comum a pessoas que perderam os dentes da frente“, aponta o estudo.
Segundo os pesquisadores, quem olha com cuidado percebe uma cicatriz na região dos lábios da moça, que, eles acreditam, teria sido causada por um golpe violento na boca. “A marca abaixo do lábio inferior é similar à criada quando, como resultado do uso de força bruta, as bordas incisais dos dentes causam feridas penetrantes no rosto”.
Vítima de violência doméstica, talvez? Pobre Mona Lisa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Extinção da megafauna foi causada por conjunto de fatores, diz estudo

Pesquisa afirma que Era do Gelo sozinha não explica evento.
Caça também não seria suficiente para explicar desaparecimento.


G1


As extinções em massa dos animais gigantes que viviam na Terra durante a Era do Gelo não têm apenas uma causa, mas um grande e complexo conjunto de causas, afirma um estudo que envolveu mais de 40 instituições, publicado na edição desta quinta-feira (3) da revista Nature.
A razão do desaparecimento de grandes espécies como o mamute e o rinoceronte lanudo durante a Era do Gelo é um dos mistérios da paleontologia. Explicações diferentes foram propostas: desde as mudanças climáticas até o excesso de caça.
A pesquisa publicada agora, no entanto, afirma que nenhum desses fatores sozinhos é suficiente para explicar o tamanho da devastação, que matou um terço das espécies de mamíferos da Eurásia e dois terços da América do Norte.
Para estudar a extinção da chamada “megafauna”, os cientistas tiveram que se reunir em um “megaestudo”. O pesquisador Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, liderou um grupo de mais de 50 cientistas de 40 universidades no maior trabalho do tipo já realizado.
A equipe estudou os dados climáticos, o DNA das espécies e registros arqueológicos e descobriu que cada um desses dados explica uma extinção diferente.
Por exemplo, o bisão siberiano e o cavalo selvagem foram extintos provavelmente pela caça de seres humanos. No entanto, o desaparecimento do rinoceronte-lanudo e do boi-almiscarado na Eurásia não parecem ter tido a ver com a presença humana – o clima seria o único culpado ali.
E enquanto as renas não parecem ter sido afetadas nem por clima nem por ação humana, o fim dos mamutes segue um mistério a ser desvendado.
De acordo com Willerslev, o trabalho acaba com a ideia de que apenas uma coisa é responsável por cada uma das diversas extinções da megafauna.

Qual a origem da comemoração do Halloween?

por Cíntia Cristina da Silva
Superinteressante

Uma versão ancestral da festa - que por aqui também é conhecida como Dia das Bruxas - provavelmente surgiu na Europa, centenas de anos antes de Cristo. Originalmente, o Halloween era um ritual dos celtas, um povo que habitou a Grã-Bretanha e a França entre o ano 2000 e o ano 100 antes da era cristã. Para eles, a noite de 31 de outubro, data da comemoração até hoje, indicava o início do Samhain, uma importante celebração que marcava três fatos: o fim da colheita, o Ano-Novo celta e também o início do inverno, "a estação da escuridão e do frio", um período associado aos mortos. "No Halloween, segundo a mitologia desse povo, era possível entrar em contato com o mundo dos desencarnados", diz a historiadora Clare Downham, da Escola de Estudos Celtas, na Irlanda. Como se pregava que esse contato libertava todo tipo de espírito, as pessoas acreditavam que, durante aquela noite, fantasmas, demônios e fadas ficavam à solta.

Para representar esse caos sobrenatural, os celtas se fantasiavam com peles e cabeças de animais abatidos para o inverno. A crença nos espíritos também despertou outros costumes típicos da festa, como o uso de leite e comida (hoje substituídos por doces) para acalmar os visitantes do além. Outras tradições, porém, foram deixadas de lado, como o hábito de acender fogueiras para espantar os espíritos. Bem depois, no século 9, a festa foi influenciada pela expansão do cristianismo na Grã-Bretanha. Na tentativa de acabar com os festejos pagãos, o papa Gregório III consagrou o dia 1º de novembro para a celebração de Todos os Santos. Surgiu daí a própria palavra halloween, originada de all hallows eve, que em português quer dizer "véspera do dia de Todos os Santos". Finalmente, no século 20, o Halloween juntou ao seu caldeirão de influências a força da cultura dos filmes de terror, que hoje dão o tom da celebração tanto na Grã-Bretanha como nos Estados Unidos.

Terror modernizado
Festa atual guarda poucas semelhanças com os rituais celtas que a inspiraram

NABO QUE VIROU ABÓBORA
O símbolo mais conhecido da festa, a cara assustadora esculpida em abóboras, representa uma antiga lenda celta: Jack, um homem mesquinho condenado a vagar pela eternidade, pediu uma brasa ao capeta e a colocou dentro de um nabo para iluminar seu caminho. Com a imigração irlandesa para os Estados Unidos no século 19, o vegetal foi trocado. Como o nabo era difícil de ser encontrado na América, ele foi substituído pela abóbora acesa com uma vela, que ganhou o nome de Jack da Lanterna.


CHAMA RENOVADORA
Na Antiguidade, o fogo era o elemento mais importante do Halloween, que coincidia com o Ano-Novo dos celtas. Na noite da celebração, em 31 de outubro, os druidas, sacerdotes desse povo, acendiam fogueiras para simbolizar a renovação das esperanças para o ano seguinte. No topo das montanhas, o fogo também servia para espantar os espíritos. Algumas festas mantêm tochas até hoje, mas apenas para decoração.


CHANTAGEM ANCESTRAL
Segundo a crença celta, o caos reinava na noite do Halloween. Para acalmar os espíritos despertados, era comum deixar leite e comida na porta de casa. A moda pegou nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, onde até hoje as crianças saem fantasiadas para pedir doces — quando não são atendidas, ameaçam pregar um susto, como fariam os espíritos. A senha é a famosa expressão ("travessura ou gostosura"), provavelmente usada pela primeira vez na década de 30.


BRUXAS DO BEM
Outra presença inconfundível no Halloween são as bruxas, mulheres de aparência assustadora que usam a magia para fazer o mal. Essa descrição negativa, entretanto, surge só no século 9, com a influência do cristianismo na comemoração. Para os celtas, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam poderes terapêuticos de plantas e ervas. Elas faziam parte da comunidade e podiam participar normalmente das celebrações.


MONSTROS HOLLYWOODIANOS
O costume de se fantasiar também surgiu com os celtas, que na época vestiam-se para a festa usando a cabeça e a pele de animais abatidos antes do início do inverno. Atualmente, a fauna monstruosa se modificou bastante, principalmente pela influência das produções de Hollywood. Vampiros, múmias, lobisomens e outros personagens do cinema são presenças garantidas em qualquer Halloween.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ideia Verde

Conheça o programa que constrói cisternas no semiárido brasileiro


Lydia Cintra
Superinteressante


Possibilitar uma nova relação das populações que vivem nas regiões do semiárido brasileiro com a água, partindo do princípio que ela que não deve ser considerada “um bem de consumo, mas um direito básico”: esta é a motivação do Programa Um Milhão de Cisternas, que começou 2003 e já beneficiou mais de 1,5 milhões de pessoas.
Para mudar a situação de quem convive com a falta de água e muitas vezes tem que andar quilômetros para encher um balde, o programa da ASA (Articulação no Semi-Árido Brasileiro) constrói nas casas da região uma cisterna capaz de armazenar água da chuva para abastecer os moradores nos períodos de seca.


A Articulação no Semi-Árido Brasileiro é uma rede formada por cerca de 750 organizações da sociedade civil que desenvolvem políticas de convivência com a região semiárida. A ASA afirma que o P1MC, como é conhecido o Programa Um Milhão de Cisternas, também tem funcionado como “instrumento para fortalecer a autoestima e a cidadania da população”. A região do semiárido abrange 1.133 municípios em nove estados e abriga cerca de 22 milhões de pessoas, segundo o IBGE.
Apesar de ter muito trabalho pela frente, os números mostram bons resultados. Até 31 de julho deste ano, a contagem estava 351.140 estruturas instaladas. O objetivo final é beneficiar 5 milhões de pessoas com água potável, com a construção de um milhão de cisternas que, juntas, formam uma rede descentralizada de abastecimento (já que muitas casas nem chegam a ser abastecidas) com capacidade para 16 bilhões de litros de água.
As famílias beneficiadas devem ter residência permanente na zona rural, sem acesso ao sistema público de abastecimento de água e com renda de até meio salário mínimo por membro da família. Casas que tem crianças com até 6 anos, crianças e adolescentes que frequentam a escola, pessoas acima de 65 anos e portadores de necessidades especiais têm prioridade.


O que são cisternas?
São estruturas de formato cilíndrico, cobertas e enterradas pela metade, com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água (suficiente para que uma família de 5 pessoas beba e cozinhe por um período de 6 a 8 meses). Com uma tecnologia de baixo custo, permite a captação da chuva por uma calha no telhado da casa, por onde escorre a água. Os moradores retiram a água da cisterna por meio de uma bomba de repuxo manual. O vídeo abaixo, produzido pela ASA, mostra como é o processo de construção das cisternas:
O P1MC já conquistou reconhecimentos como o Prêmio Direitos Humanos 2010, na categoria Enfrentamento à Pobreza, concedido pela Presidência da República, e o Prêmio Sementes, da Organização das Nações Unidas (ONU).

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Selton Mello presta homenagem a ídolos em história que retrata o universo do circo.

Em tempos de salas de cinema IMAX, efeitos especiais vertiginosos e projeções em 3D, um tradicional circo, com todo o universo lúdico que o compõe, terá sua tenda armada nas telas do país nesta sexta-feira (28). Ator e diretor de "O palhaço", que também traz no elenco Paulo José, Larissa Manoela e Teuda Bara, entre outros, Selton Mello ressalta justamente este contraste.
"É uma época de filmes muito tecnológicos. 'O palhaço' é um filme analógico", brinca o ator, explicando sua tese. "São tantos efeitos visuais, truques e criaturas criadas por computador no cinema de hoje que acho que as crianças vão acabar estranhando os personagens do Circo Esperança. esses personagens parecem seres de outro planeta, porque elas nem imaginam que existe esse mundo do circo", observa o cineasta, sobre seu segundo longa na direção.
Selton e Paulo José interpretam a dupla de palhaços Pangaré e Puro-Sangue, na verdade Benjamim e Valdemar, a principal atração do Circo Esperança. Apesar de levar o público às gargalhadas, Benjamim entra em crise e sai em busca de sua própria identidade, cruzando com as mais insólitas figuras pelo caminho.
Se em "Feliz Natal" (2008), sua primeira experiência como cineasta, optou por contar uma trama baseada num drama familiar denso, desta vez Selton buscou um caminho mais leve e uma narrativa mais autoral.
"No caso de um primeiro filme, você fica muito assoberbado pelas suas referências e acaba sendo mais explícito neste aspecto. Desta vez, me senti mais livre para fazer algo com a minha pegada, no meu tempo e do meu jeito. Este segundo filme tem mais a minha alma", ressaltou o ator, reconhecendo os Trapalhões e os diretores Federico Fellini e Ettore Scola como alguns dos pilares estéticos do novo trabalho.
"O palhaço" também conta com participações insólitas de três artistas presentes na memória afetiva do diretor: Ferrugem, Jorge Loredo e Moacyr Fraco, este último premiado como melhor ator coadjuvate no Festval de Cinema de Paulínia este ano — o filme também foi eleito melhor direção, roteiro e figurino. Segundo Selton, iterpretando personagens cômicos importantes para parte da história passada fora do circo.
"Quando Benjamim segue em direção da cidade de Passos, que é um centro urbano, tive medo do filme afundar. Era um perigo que eu corria. O fato de eu ter escalado Ferrugem, Loredo e Moacyr para esse núcleo da cidade mantém o caráter circense do filme. Porque eles são espécies de palhaços ou arquétipos disso. Além disso, são referências para mim. Quis homenageá-los", comenta.

Esquizofrenia
E sobre a experiência de acumular funções numa mesma produção? "Para quem olha de longe, atuar e dirigir é quase como encarnar meu personagem no filme 'Mulher invisível, onde contraceno com o nada e falo com alguém que não existe. É meio esquizofrênico, um jogo maluco, mas muito natural", afirma Selton, que também assina o roteiro do filme em parceria com Marcelo Vindicatto.
Entre tantos personagens representando a trupe cigana do Circo Esperança, o carinho por um em especial: a pequena Guilhermina, interpretada pela atriz Larissa Manoela.
"De uma certa forma, estou ali. Ela sou eu há 30 anos, uma criança que também perambulava pelo set de filmagem, sonhava com aquilo e tinha vontade de crescer como artista".

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como iniciativas de engajamento cívico melhoram a relação dos curitibanos com sua cidade
Esse é o Goura Nataraj com sua filha Sofia em uma bicicletada de Curitiba. Quando não está no colo do pai, a pequena é presa por esse mesmo lenço nas costas da mãe, para que eles tenham as mãos livres ao pedalar. Goura sempre usou a bicicleta como meio de transporte. Na adolescência, foi guitarrista de uma banda de punk rock, o que o levou a estudar o movimento dos Provos – uma turma de ativistas anarquistas da Holanda dos anos 60. A palavra Provos vem de provokatie, que, em holandês, significa provocar. E era esse o objetivo desses garotos entediados com a sociedade monarquista em que viviam. A identificação de Goura com os Provos foi imediata. Ele também sentia que precisava provocar a sociedade curitibana. “Todo mundo era muito conformado com as políticas públicas da cidade que sempre priorizavam os carros e só faziam o trânsito aumentar”.
Goura cresceu, largou a banda de punk e se tornou professor de ioga. Mas a vontade de provocar continuou e ele colocou em prática, em Curitba, duas ações inspiradas pelo grupo anarquista holandês: o plano das bicicletas brancas e os happenings. Bikes livres O plano das bicicletas brancas foi propostos pelos Provos à prefeitura de Amsterdam na década de 60. A ideia era que o poder público comprasse bicicletas, as pintasse de branco e as espalhasse por pontos estratégicos da cidade, para que elas fossem livremente utilizadas por aqui precisasse. A prefeitura não topou e eles compraram, por conta própria, 50 bicicletas. Mas as magrelas acabaram sendo depredadas ou roubadas e o movimento minguou.
Por esse motivo, a versão curitibana funciona de forma um pouco diferente – menos livre, mas mais segura. As 9 bicicletas brancas – que foram doadas – estão espalhadas em 5 pontos que tenham algum tipo de controle, como lojas de bicicletas e galerias de arte. Para usar uma delas, é preciso mandar um e-mail para oplanodasbicicletasbrancas@gmail.com solicitando. Na sequência um e-mail de resposta indica onde retirá-la e o dono do estabelecimento fica avisado. A bicicleta pode ser usada por até sete dias, depois deve ser devolvida em algum dos pontos de apoio da cidade. Por enquanto o sistema vem funcionando bem e estão todas inteiras. Melhor: três das pessoas que experimentaram compraram sua própria bicicleta para começar a utilizá-la como meio de transporte na cidade.

Conheça a sua cidade pedalando com segurança!

Marina Franco
Superinteresante

Andar de bicicleta é fácil. E há várias vantagens de usá-la como principal meio para se locomover na cidade: não ficar parado no trânsito, economizar dinheiro, não emitir gases do efeito estufa, praticar exercício físico, conhecer melhor a cidade… Mas saber pedalar, apenas, não significa saber pedalar na cidade. É preciso uma dose extra de segurança, porque – infelizmente – os centros urbanos brasileiros não valorizam pedestres e ciclistas.


Com o objetivo de inspirar cidades brasileiras a reverter essa situação, a jornalista Natália Garcia – que tem a bicicleta como seu meio de transporte – criou o projeto Cidades para Pessoas*. Ela percorre o mundo reportando boas ideias de planejamento urbano que valorizam a convivência entre pessoas.


Natália já passou por Copenhague, Amsterdam, Londres e Paris, de onde publica em seu blog no Planeta Sustentável iniciativas bacanas que tornam a cidade mais receptiva para as pessoas, como sistemas de aluguel e compartilhamento de bikes; treinamento com motoristas de ônibus – para que respeitem os ciclistas -; piscinas e churrasqueiras públicas, sem falar em mapas instalados nas ruas – uma ajuda básica, não?


Para os ciclistas de primeira viagem é importante que aprendam a ser ágeis e a pedalar sem medo no trânsito. Em várias cidades do Brasil, ocorre que ciclistas experientes estão ajudando os sem experiência a se virar no meio urbano. Trata-se do projeto Bike Anjo*. São cerca de 250 voluntários que dão assistência sobre o básico da pedalada e os melhores trajetos. Foi por causa da ajuda de uma amiga Bike Anjo que a própria Natália, do Cidades para Pessoas, começou a pedalar e descobrir detalhes do bairro em que morava.


Agora a prática deve ser formalizada e expandida num site que facilitará a comunicação entre os Bike Anjos e os ciclistas iniciantes. A nova plataforma também permitirá crescimento para outras áreas como cursos, oficinas e campanhas de educação. Os Bike Anjos esperam conseguir isso através do financiamento coletivo. Faltam quatro dias para atingir a meta publicada no Catarse. Ajuda lá!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

'Deram um reset na série', diz Anna Torv sobre a 4ª temporada de 'Fringe'

Warner Channel exibe o retorno do seriado nesta terça-feira (25).


G1


Desde o fim de “Lost”, críticos de TV dos EUA elegem de seis em seis meses uma nova série com potencial para substituir o programa, que misturava dramas pessoais com ficção científica como poucos. As apostas desde então deram errados e quem acabou levando o título de “show nerd da vez”, com todos os méritos foi “Fringe”, que era conhecida por muitos até o primeiro semestre do ano passado apenas como “a outra série de J.J. Abrams”.
Coincidência ou não, 2010 foi o melhor ano do seriado. Sua audiência e prestígio cresceram ao longo da 3ª temporada, sci-fi até dizer chega. Para explorar ainda mais a existência de um universo paralelo, o principal mote do programa, os roteiristas criaram episódios que eram alternados nos dois mundos: se o dessa semana acontecia no “real”, o da próxima era no “paralelo”, por exemplo.
Já o capítulo final integrou os dois mundos em um só e a necessidade deles coexistirem juntos é o maior apelo da 4ª temporada. Ela estreou nos EUA em setembro e chega nesta terça-feira (25) ao Brasil – às 22h, no canal pago Warner Channel. Para falar sobre o novo ano, o G1 conversou em Londres com a protagonista Anna Torv, a agente Olivia.
Mas não espere por grandes revelações, pois entender a série quando se trabalha nela parece ser tão complicado como para quem só a observa do lado de fora.

G1 - A 2ª temporada de “Fringe” foi complicada e, para não ser cancelado, o show mudou para a noite das sextas-feiras, horário ingrato da TV americana. Mas a mudança deu certo, por quê?
Anna Torv - Mudar para sexta foi ótimo e parte de mim diz que isso tirou um pouco a pressão que sentíamos. Foi bom porque mantivemos apenas quem eram fã fiel mesmo. Na segunda temporada soubemos de última hora que teríamos de novo um novo ano pela frente e essa dúvida fez a gente trabalhar bem nervoso. Dessa vez a renovação veio com certa antecedência e foi muito melhor para todos.
Temos uma audiência leal e ativa. É o meu primeiro show nos EUA e ele veio numa época em que tudo é multimídia, a resposta do público é imediata. Tive um encontro com os criadores na semana passada e eles são muito conectados com o que os fãs falam. Eles pegam idéias e opiniões, é como se fosse uma produção coletiva. Isso não é possível em “Mad men”, por exemplo.

G1 - J.J. Abrams sempre imagina que suas séries durem entre cinco e seis anos. “Fringe” chega até lá?
A.T. - Chegarmos até a 5ª temporada renderia um grande final. Cinco temporadas são suficientes. Quando pula para sete ou oito, a história dilui um bocado. Você sempre quer terminar no ápice.

G1 - Você chega a assistir ao seriado na TV?
A.T. - Eu costumo ver, mas sinto que preciso de um intervalo entre gravar e assistir, senão fico confusa (risos). Às vezes me pego quietinha lendo o roteiro para tentar sacar mesmo o que é tudo. As coisas mudam muito na TV, às vezes a gente filma em três partes um episódio e a vibração é totalmente diferente no set. E quando tudo é editado e vai ao ar... Sempre me choca um pouco.

G1 - O final da 3ª temporada sugere que o universo paralelo e o real irão interagir. Como isso vai acontecer?
A.T. - Não sei como será a interação, nem o que [os roteiristas] planejaram. O que imagino é que a sala do laboratório será como um espaço de ligação e vai haver muito mais interação.

G1 - O final também sugere que o personagem Peter (Joshua Jackson) nunca existiu. Pode adiantar algo?
A.T. - Não sei, juro! (risos) Nunca imaginei que o personagem de Peter não fosse existir de fato. Eu tinha uma teoria sobre a série e resolvi abandoná-la após o fim da 3ª temporada. O que eu espero é que Os Observadores brinquem mais com a gente, pois os personagens são muito interessantes e não faço ideia do que eles sejam. Mas não sei o que virá, as coisas são jogadas no ar. Recebemos o roteiro do episódio apenas dois dias antes de gravarmos.

G1 - Se o Peter nunca existiu, isso muda a maneira como você criou a Olvia, tanto a do universo real quanto a do paralelo, não?
A.T. - Deram um reset na série. Tipo, quem é a Olivia agora, para onde ela vai? Gostaria de lhe dar dicas, mas adianto que essa será a obsessão dela.

G1 - Para um ator deve ser divertido poder interpretar duas pessoas ao mesmo tempo, não?
A.T. - A Olivia do mundo real quer ser a melhor em tudo, enquanto a Olivia do mundo paralelo quer apenas vencer. É tão empolgante fazer duas personagens, eu praticamente implorei por um doppelgänger nas primeiras duas temporadas, de tão cansada que estava de ficar vestindo aquele terninho. (risos)

G1 - “Fringe” é o seu primeiro trabalho na TV americana. O que mudou em sua vida nos últimos quatro anos?
A.T. - Conheci meu marido [o ator Mark Valley] e agora nos divorciamos (risos). Mudou muito, nem sei por onde começar... Estamos indo para o 4º ano e nunca fiquei tanto tempo em um trabalho. O que mais mudou é que gosto de me aprofundar mais no trabalho. Antes eu não gostava de me adaptar a algo que não me agradava e “Fringe” exige um trabalho tão pesado que ser uma pessoa e uma profissional desse jeito me orgulham muito. E ser assim é um prazer.

G1 - As pessoas devem lhe perguntar muito isso, mas você crê em universo paralelo? Como ele seria, caso existisse?
A.T. - Nunca tenho uma resposta para essa pergunta... Não faço ideia! Não penso muito sobre isso, essa é uma ótima dica para quem quiser trabalhar nesse show.

Excesso de otimismo pode ser resultado de falha na atividade cerebral

Ana Carolina Prado
Superinteressante


Ser otimista é bom: reduz o estresse e a ansiedade, é bom para a saúde e, é claro, torna a vida mais feliz e os problemas, mais suportáveis. Nem sempre é fácil. Mesmo assim, muitos fazem a Pollyanna e continuam vendo o copo meio cheio, não importa quantas evidências existam de que a coisa não está tão boa. Isso deixa os cientistas intrigados há muito tempo. Por que o otimismo é algo tão difundido, se somos o tempo todo confrontados com fatos e informações que desafiam a crença de que tudo vai dar certo no final?
Um novo estudo da University College London (UCL) e da Berlin School of Mind and Brain descobriu que a incapacidade de alterar previsões otimistas mesmo quando recebemos informações conflitantes se deve a erros na forma como processamos as informações em nosso cérebro – mais precisamente, uma falha na atividade dos lobos frontais.
Para o estudo, os pesquisadores pediram a 19 voluntários que dissessem qual a probabilidade de alguns eventos negativos ocorrerem com eles no futuro, como doenças ou o roubo de um carro. Enquanto isso, tiveram sua atividade cerebral monitorada por meio de um scanner de ressonância magnética funcional (fMRI). Depois de uma pausa, eles foram informados da probabilidade média de esses eventos ocorrerem – e tiveram que fazer suas estimativas novamente, bem como preencher um questionário que media o seu nível de otimismo.
As pessoas, de fato, mudaram as suas estimativas com base nas informações dadas, mas somente nos casos em que os dados foram mais positivos do que elas esperavam. Por exemplo, se haviam previsto que a sua probabilidade de ter câncer era de 40%, mas a probabilidade média foi de 30%, eles ajustaram a sua estimativa para 32%. Quando a informação era pior que o esperado, eles a ignoravam.
Os resultados das tomografias do cérebro sugerem o porquê disso: todos os participantes mostraram um aumento da atividade nos lobos frontais do cérebro quando a informação dada era melhor do que o esperado. Nesse caso, a região se ativou para processar as informações e recalcular uma estimativa. No entanto, quando a informação era pior do que eles haviam estimado, os mais otimistas mostraram uma atividade menor, sugerindo que estavam ignorando as evidências apresentadas.

Os problemas do otimismo
Para Tali Sharot, um dos principais autores do estudo, os resultados sugerem que nós escolhemos as informações que iremos ouvir. E, quanto mais otimista formos, menor nossa propensão de sermos influenciados por informações negativas sobre o futuro. “Isso pode ter benefícios para a nossa saúde mental, mas existem desvantagens bem óbvias. Muitos especialistas acreditam que a crise financeira em 2008 foi provocada por analistas que superestimaram o desempenho de seus ativos, mesmo em face de evidências claras do contrário”, disse ao MedicalXpress. Segundo ele, a crença cega de que tudo vai terminar bem faz com que as pessoas acabem não tomando medidas de precaução, como praticar sexo seguro ou fazer uma poupança para a aposentadoria. Mesmo no otimismo, é preciso ter equilíbrio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Lydia Cintra
Superinteressante

A Mostra é a maior do gênero no mundo e pela primeira vez estará em todas as capitais brasileiras em períodos variados até 1 de dezembro. O lançamento aconteceu nesta segunda, no CineSESC, em São Paulo, com apresentação do curta-metragem Dama do Peixoto e do documentário brasileiro Quem se Importa, sobre o trabalho de empreendedores sociais ao redor do mundo.


Por meio do cinema, a Mostra possibilita momentos de reflexão e discussão para um tema abrangente, que se divide em abordagens como o Direito de Criação e Adolescentes, Direito à Terra, Cidadania LGBT , Saúde Mental e Combate à Tortura, Pessoas com Deficiência e Direito à Memória e à Verdade. “É um trabalho de formação de público muito importante. É um cardápio expressivo do ponto de vista cinematográfico e importantíssimo do ponto de vista dos Direitos Humanos”, comentou Francisco César Filho, curador da Mostra.
Há filmes da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A programação tem filmes legendados para deficientes auditivos e com autodescrição para deficientes visuais e as salas onde são realizadas as sessões têm acessibilidade garantida.
Agende-se!
Quem está em São Paulo tem programação disponível no CineSESC e Cinemateca Brasileira até o próximo domingo. As datas e horários das outras capitais podem ser acessadas pelo site da Mostra. Todas as sessões são gratuitas.


TAGS: mostra cinema e direitos humanos na américa do sul

Último filme de River Phoenix, morto há 18 anos, será lançado em 2012

Ator americano morreu de overdose em 1993, aos 23 anos.
Diretor deve usar gravações da voz do irmão de River para terminar obra.

G1




O último filme de River Phoenix finalmente chegará aos cinemas em 2012, quase duas décadas após sua morte. É o que diz o diretor holandês George Sluizer, que decidiu desenterrar seu velho projeto inacabado.
Phoenix tinha 23 anos quando morreu, em 1993, vítima de uma overdose de heroína e cocaína. A repentina morte da promissora estrela de Hollywood representou a ruína de "Dark Blood", que estava sendo rodado por Sluizer e acabou sendo encostado.
Sluizer, que hoje tem 79 anos e já dirigiu filmes como "O Silêncio do Lago" (1993), assegurou que reeditou a gravação e considera que pode terminar satisfatoriamente o filme com a ajuda de a voz em 'off' do também ator e irmão do finado protagonista, Joaquin Phoenix.
"As vozes dos dois irmãos se parecem muito", disse Sluizer, que manteve contato com a família Phoenix durante estes anos.
"Dark Blood" é um drama sobre um homem que passa a viver como um ermitão no deserto, em uma área de testes nucleares, à espera do apocalipse. Sua tranquilidade é alterada quando inicia uma relação com uma mulher que chega a sua casa junto a seu companheiro, procurando um refúgio.
Antes de sua morte, River Phoenix participou de filmes como "Conta Comigo", "A Costa do Mosquito" e "Quebra de Sigilo".

UFOPA debate perspectivas de emancipação do estado do Tapajós

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) realiza nos dias 26 e 27 de outubro de 2011, em Santarém (PA), o Seminário “Perspectivas de Emancipação do Estado do Tapajós”. Aberto ao público e à comunidade acadêmica, o evento acontecerá no Auditório do Centro de Formação Interdisciplinar, situado na entrada do Campus Tapajós, no bairro do Salé.
Organizado pelo GT-Tapajós, formado por professores da UFOPA, o evento visa a promover um amplo debate com a população da região sobre a divisão do território do Pará para a criação de novas unidades federativas, como o estado do Tapajós, na região Oeste do Pará, área de atuação da UFOPA.
Durante o evento serão discutidos temas relacionados à geopolítica e desenvolvimento regional do Oeste do Pará; economia regional e os cenários de desenvolvimento para um novo estado; gestão de recursos e ordenamento territorial; a divisão do Pará como estratégia para o desenvolvimento da Amazônia; entre outros.
O evento contará com a participação de pesquisadores de diversas áreas, como a geógrafa Bertha Becker, professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora do Laboratório de Gestão do Território (LAGET/UFRJ). Membro da Academia Brasileira de Ciências e Doutora Honoris Causa pela Universidade de Lyon III, Bertha Becker é referência em estudos sobre a geografia política da Amazônia e do Brasil.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

11 pessoas célebres e suas famosas últimas palavras

Livia Aguiar
Superinteressante



O leito de morte é a última chance de alguém dizer alguma coisa importante na vida. E quanto mais famoso é o morimbundo, mais altas são as chances de alguém estar lá para documentar as suas últimas palavras. Em alguns casos, o último respiro verbal até parece ter sido ensaiado. Em outros, as palavras deixam transparecer traços da personalidade de quem as disse: brava, romântica, sofredora, irônica, artística. Confira algumas frases célebres pronunciadas momentos antes da morte de personagens famosos da história.

“Você também, meu filho?”
Quem disse? Julio César, imperador romano, 44 a.C., para um de seus assassinos
Como morreu? Júlio César foi esfaqueado pelos colegas políticos, inclusive por Brutus, seu antigo protegido. A história do imperador é tão rodeada por mitos que fica difícil separar a realidade da ficção. Pode ser que ele não tenha dito nada além de um gemido de dor, mas a frase é poética e ficou famosa. A expressão imortalizada: “Até tu, Brutus” é na verdade de uma citação da peça Julius Caesar, escrita por Shakespeare por volta de 1599.
“Ainda estou vivo!”
Quem disse? Calígula, imperador romano, 41 a.C., para si mesmo
Como morreu? Foi esfaqueado por seus próprios guardas por razões políticas – dizem que a excentricidade de Calígula influenciava seus métodos de governo. Ele era um líder cruel e extravagante e seu jeito começou a incomodar quem vivia à sua volta. Gritou “TÔ VIVAUM” logo antes de, bem, não estar mais.

“Ok, ok, estou indo. Espere só um minuto.”
Quem disse? Papa Alexandre VI, 18 de agosto de 1503, para si mesmo (ou para Deus, ou para o diabo…)
Como morreu? Alexandre VI foi um dos papas mais controversos da Renascença. Há suspeitas de que ele envenenava os inimigos com arsênico. Aos 72 anos, teve uma intoxicação que resultou numa hemorragia interna fatal.


“Nada além da morte.”
Quem disse? Jane Austen, escritora britânica, 18 de julho de 1817, em resposta a sua irmã Cassandra, que lhe perguntou se ela queria alguma coisa.
Como morreu? Morreu aos 41 anos, possivelmente de uma insuficiência renal crônica.









“Aplaudam, amigos, a comédia terminou.”
Quem disse? Ludwig van Beethoven, compositor alemão clássico, 26 de março de 1827. A frase é tradicionalmente dita ao final de uma performance da commedia dell’arte (forma de teatro popular improvisado, típico da época).
Como morreu? A morte de Beethoven é cercada de hipóteses e não se sabe ao certo o que o matou, quando tinha 57 anos. Outras palavras podem ter sido as últimas do compositor: “Eu ainda ouço no Céu” (Beethoven morreu surdo) e “Eu sinto como sei não tivesse escrito mais que algumas notas musicais” (Beethoven deixou um legado de mais de 170 peças musicais). Outro biógrafo afirma que ele não disse nada, só gemeu em sua cama.

“Vá embora, últimas palavras são para bobos que nunca disseram o suficiente.”
Quem disse? Karl Marx, filósofo, economista, teórico político, 14 de março, 1883, para uma criada.
Como morreu? Marx disse a frase acima para sua empregada doméstica, que lhe pediu que dissesse suas palavras finais, para que ela as anotasse para a posterioridade. Marx morreu aos 65 anos, de bronquite e pleurisia.




“Tudo é uma ilusão.”
Quem disse? Mata Hari, dançarina exótica holandesa, agente dupla (ou não) durante a Primeira Guerra Mundial, 15 de outubro de 1917, para seus executores.
Como morreu? Foi executada na França acusada de espionagem para a Alemanha. Muitos dizem que ela também era espiã francesa. Mas ela negou tudo. Tudo é uma ilusão, enfim.





“Deem-me café, eu quero escrever!”
Quem disse? Olavo Bilac, poeta brasileiro, 20 de dezembro de 1918, para si mesmo.
Como morreu? O poeta morreu de infecção no pulmão aos 53 anos. Conta-se que acordou da febre de madrugada e disse a frase antes de falecer. Isso é que é vocação!



“Apronte minha fantasia de cisne.”
Quem disse? Anna Pavlova, bailarina russa, 23 de janeiro, 1931.
Como morreu? Morreu de pneumonia, no auge de sua carreira, aos 49 anos.







“Será que ninguém entende?”
Quem disse? James Joyce, escritor irlandês, 13 de janeiro de 1941.
Como morreu? Joyce morreu de uma cirurgia mal sucedida para curar uma úlcera perfurada. Ironicamente, Joyce é um escritor tido como difícil de entender, ainda que tenha sido um marco da literatura moderna.

“… e saio da vida, para entrar na história.”
Quem disse? Getúlio Vargas, presidente brasileiro, 24 de agosto, 1954, em sua carta de suicídio.
Como morreu? Getúlio se matou com um tiro no peito no Palácio do Catete, que na época era sede da república, no Rio de Janeiro. O motivo do suicídio teria sido a pressão dos militares e da imprensa para que ele renunciasse, por suposto envolvimento no atentado contra Carlos Lacerda, jornalista e político que fazia oposição a Vargas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pretendo Assinar a Petição INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Pretendo Assinar a Petição INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Personalidades do país gravam vídeo contra projeto do Código Florestal

Foco é ganhar a atenção do Senado e barrar pontos polêmicos na nova lei.

G1

Com o objetivo de reforçar o pedido aos senadores para que tenham cuidado ao analisar o projeto do Código Florestal, a campanha “Floresta faz a diferença”, idealizada por 152 organizações ambientais do país e entidades da sociedade civil, lançou uma série de vídeo-depoimentos com atores, jornalistas e especialistas em meio ambiente.
O vídeo foi idealizado pelo cineasta Fernando Meirelles, que pediu a pessoas como Gisele Bündchen, Wagner Moura, Rodrigo Santoro e Fernanda Torres para gravarem de forma voluntária depoimentos com declarações contra as mudanças na legislação ambiental do Brasil.
Ao todo são 25 depoimentos, cada um com aproximadamente um minuto, que vai reforçar a campanha do “Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável”, coalizão de entidades contrárias às mudanças na legislação ambiental do país.



Um abaixo-assinado virtual contra a mudança do Código Florestal pode ser preenchido no site www.florestafazadiferenca.com.br. Além do site, o movimento pede a inclusão da hashtag #florestafazadiferenca no Twitter.
De autoria do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), o projeto de lei foi aprovado no último dia 21 de setembro na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, mas o texto ainda passar por outras 3 comissões, antes de ser levado à votação em plenário. A previsão é que isto ocorra na primeira quinzena de novembro.

Cientistas também fazem apelo
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Ciências apresentaram na última semana sugestões concretas para os senadores que analisam a proposta de alteração do Código Florestal, já aprovada pela Câmara.
As duas entidades elencaram dez pontos que preocupam ou precisam ser levados em conta pelos senadores ao votar a questão. É a segunda contribuição das instituições, que lançaram, em abril, um livro para ajudar na modernização do Código Florestal.
Pela lei atual, não se pode plantar ou ocupar áreas de várzea, encostas inclinadas e topos de morro, consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Os cientistas discordam da possibilidade, no texto do novo Código, de regularizar áreas desmatadas até 22 de julho de 2008 - que não precisariam voltar a ter cobertura vegetal.
Além disso, na proposta em análise pelos senadores, os mangues, por exemplo, perdem a proteção. Mas os cientistas defendem que essas áreas - berçários de inúmeras espécies - sejam mantidas como APP.

Alguns pontos a favor do Estado do Tapajós

Caros amigos,

Sei que muitos acham que a criação de novos estados é oportunismo político e que o bairrismo do paraense é tão forte que ninguém quer abrir mão de nada. É difícil para as pessoas que não moram na região Oeste do Pará entender a legitimidade e a necessidade da criação do Estado do Tapajós. E o pior é que existem pessoas que são contra simplesmente por serem contra, sem sequer conhecer os argumentos e a nossa realidade. Talvez se parassem um pouco pra pensar e nos dessem oportunidade para argumentar, mudassem de opinião e nos ajudassem a realizar este sonho. A cada dia novos esclarecimentos surgem para fortalecer a proposta de criação do Estado do Tapajós. Não temos dúvida que com a criação do Estado do Tapajós, o Pará só tem a ganhar e tanto o novo estado como o Pará vão experimentar um desenvolvimento jamais visto por estas bandas.

Vejamos porque votar SIM (77) para a criação do Estado do Tapajós:

1. Nossa luta é legítima – Há mais de um século foi proposta a criação de um novo Estado, que englobasse a região do Baixo Amazonas, portanto nossa luta é legítima! Diga SIM ao Estado do Tapajós! A população que reside na região do Baixo Amazonas é na sua grande maioria formada por cidadãos que nasceram aqui ou que adotaram este rincão há mais de meio século, sendo, portanto, formada por gente daqui ou que chegou aqui há muito tempo. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

2. O Pará é geograficamente gigante – A falta de presença do poder público em áreas isoladas como o Oeste do Pará, trava o desenvolvimento econômico regional. Estados gigantescos como o Pará e o Amazonas são impossíveis de serem bem administrados. O EUA, sem o Alasca, tem área menor do que o Brasil e possui o dobro de números de estados. O Pará é quase do tamanho da região Nordeste é lá eles tem nove governadores para administrar nove estados. Não é a toa que o Nordeste é bem desenvolvido. A área geográfica é bem mais dividida, e isso facilita a gestão administrativa e todos os estados crescem, fortalecendo a região como um todo. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

3. Projeto Estratégico importante - A criação do Novo Estado do Tapajós, na região Oeste do Pará, mais do que um projeto político, é um projeto de desenvolvimento estratégico de segurança nacional, econômico e social no Norte do Brasil. A Criação do Novo Estado do Tapajós servirá para solidificar a vigilância e a soberania sobre as nossas fronteiras, proporcionando desenvolvimento justo e mais rápido para o Norte do Brasil, gerando mais de 200 mil empregos. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

4. Distância da capital - Devido à distância que separa a Região do Baixo Amazonas da capital do Pará, o futuro Novo Estado do Tapajós, na prática, já se constitui uma unidade com vida própria. A distância da capital é mais de 800 km em linha reta, bem maior do que o território de vários países da Europa ou de vários estados do Nordeste. Essa distância inviabiliza a gestão administrativa. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77. 5. O Novo Pará ficará com a maior parte da nossa riqueza – O Produto Interno Bruto (PIB) do Pará, que é a soma total das riquezas produzidas pelo Estado, é de R$ 58,5 bilhões (Idesp/PIB 2008), e esse valor aumenta a cada ano. Com a criação dos dois novos Estados, o Novo Pará ficará com 56% dessa riqueza (R$ 32,7 bilhões). Só de recursos do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o principal imposto arrecadado pelo Estado, o Novo Pará ficará com 66% do valor atual – hoje, fica com 50%, pois os outros 16% são distribuídos entre os municípios do Tapajós e do Carajás. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.
6. O Novo Pará terá mais dinheiro para investimentos – Com a divisão, o Novo Pará receberá R$ 300 milhões a mais de recursos do ICMS, e esse valor será maior ano após ano. Belém ficará com a metade desse valor, cerca de R$ 150 milhões. Com esse dinheiro a mais, o Estado poderá, por exemplo, construir 12 mil casas populares do programa "Minha Casa, Minha Vida", ou asfaltar 1.150 quilômetros de rodovias estaduais, ou 600 centros de saúde em Belém e cidades do interior. Sem a região do Tapajós, que é muito grande geograficamente, sobrará dinheiro para concentração de investimentos em Belém e demais municípios do Pará. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

7. A governança do Pará será mais fácil – O território do Novo Pará será menor: apenas 218,7 mil/km² (hoje é de 1,2 milhão de km²), distribuídos em apenas 78 municípios (hoje são 144). Também a população será menor: apenas 4,8 milhões de pessoas (hoje são 7,6 milhões). Isso facilitará muito o trabalho de gestão do Novo Pará pelos governantes, pois as demandas serão menores e de regiões mais próximas da Capital. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.
8. Mais dinheiro para melhorar a vida dos paraenses – Com território reduzido, com população menor e mais dinheiro em caixa, o governo do Novo Pará poderá investir em obras de drenagem e pavimentação de vias urbanas e rodovias, de saúde e educação, de segurança e transporte público nos bairros da Capital e demais municípios. O povo sofrido das baixadas da região metropolitana de Belém, das regiões do Marajó, do Tocantins e do Salgado poderão ser mais bem atendidos pelo governo do Estado e pelas prefeituras. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

9. O serviço público de saúde de Belém vai atender melhor - Com a criação do Tapajós, novos hospitais e outras unidades de saúde lá serão construídos, novos e melhores serviços serão implantados. Hoje, milhares de pacientes do Tapajós vêm a Belém em busca de atendimento e ajudam a superlotar os PSM's da 14 e do Guamá, o Hospital de Clínicas, o Ofir Loyola e centros de saúde dos bairros da Capital. Com o Estado do Tapajós, isso deixará de existir ou será minimizado, deixando as unidades de saúde locais para os moradores de Belém e Metropolitana, das regiões do Tocantins e do Marajó, de Castanhal e de Bragança e demais municípios do Pará. O atendimento poderá ser muito melhor. Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

10. O plebiscito é um processo democrático Esta é a primeira vez que o povo do Pará é chamado para tomar uma decisão importante, decisão que pode mudar sua vida para melhor. Mas as elites políticas e empresariais de Belém não gostam disso. Tudo que pode ser melhor para o povo contraria a vontade dessas elites, acostumadas a mandar e decidir pelo povo, e a se dar bem com o dinheiro público. Esta é uma rara oportunidade que têm os paraenses para mudar o rumo da sua própria história e construir um futuro melhor para esta e futuras gerações. Não temos dúvida que a criação do Estado do Tapajós é bom para Belém e bom para o Novo Pará. Pena que os políticos de Belém só se interessam pelo plebiscito, como oportunidade para antecipar a visibilidade individual, visando às eleições do ano que vem, para as prefeituras e câmaras de Belém, Ananindeua, Castanhal e outros municípios. Acostumados à só pensarem em seus próprios interesses, pouco importa se vai ser bom para o povo do Novo Pará e do Estado do Tapajós. Só pensam em seus objetivos políticos e no que podem levar de vantagem pessoal na visibilidade em defesa do Não. Os políticos passam e a história fica. Pense nisto! Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.

Mais dados:

Qual será o PIB do Novo Estado?
O PIB do futuro Estado do Tapajós é quase igual ao do Tocantins e maior do que o do Amapá, Acre e Roraima.
Como ficará a distribuição de recursos na região?
Em termo de Fundo de Participação do Estado (FPE), dos 123,25 milhões mensais (Receita Federal - 2005), o Estado do Pará ficará com R$ 107,3 milhões. O Estado do Tapajós passará a ter R$ 69,6 milhões em seus cofres públicos. A diferença virá da distribuição do orçamento da União. O Pará deixará de investir em 25 Municípios para trabalhar com mais recursos em 118. Proporcionalmente será muito melhor para o Novo Pará.

Qual o investimento para a instalação do Estado do Tapajós? De onde vêm os recursos?
Na construção das instalações para o funcionamento do Estado do Tapajós, tais como: Sede do Governo, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Secretaria e outros prédios, devidamente aparelhado com equipamentos básicos e necessários serão investidos R$ 904,8 milhões de reais. Os recursos, a princípio, devem sair naturalmente dos cofres da União, complementados com a receita própria do Estado do Tapajós. O que é um bilhão perto da receita da união (mais de três trilhões)? Só para fazer você pensar: a reforma do estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, para atender as exigências da FIFA para a Copa do mundo de 2014, vai custar aos cofres públicos mais de 1 bilhão de reais. O que representa este valor para a união? (R$ 904, 8 milhões – necessários para a instalação do Estado do Tapajós). Representa a oportunidade de crescimento para uma região inteira e para o Norte do país.

Como será composta a nova força política do Estado do Tapajós?
Um governador; três senadores da república; oito deputados federais; uma bancada estadual de 28 representantes dos diversos municípios. A grande diferença é que o centro de decisão estará mais próximo do povo, com grande possibilidade da maioria dos municípios terem o seu representante na Assembléia Legislativa do Estado. E quem argumenta que esse projeto é oportunismo político, esquece que os políticos passam e as instituições e a população ficam.

Que fontes de receitas serão destinadas ao suprimento dos investimentos do Estado do Tapajós?
Pelas potencialidades regionais a arrecadação estadual de ICMS, IPVA, IPVNF passariam dos atuais R$ 6,6 milhões para R$ 52,8 milhões mensais; contará com 69,6 milhões como transferências constitucionais provenientes do FPE; O Estado do Tapajós terá força política para a aprovação de grandes projetos e emendas constitucionais que virão por conta desses dispositivos legais, atraindo com isso, novas verbas ao Novo Estado.
Para a construção de infra-estrutura portuária, estradas outros investimentos, o Estado do Tapajós ainda terá como alternativa o financiamento de grandes projetos com recursos do Banco Mundial, BIRD, BNDS e outras agências financeiras. Além disso, terá autonomia para firmar acordos de cooperação internacional com diversos organismos nas áreas de meio ambiente, educação, saneamento básico, saúde e outros projetos que serão convertidos ao bem-estar da sociedade. Sem esquecer que com uma representatividade política maior, a região Norte terá mais poder de barganha, a exemplo do Nordeste, para conseguir grandes projetos para os estados Nortistas.

Sendo bom para o povo do Pará, por que não se criar o Estado do Tapajós?
No dia 11 de dezembro, diga SIM ao Estado do Tapajós, vote 77. Ficaremos gratos pela grande oportunidade que você, com seu voto consciente, vai dar ao Estados do Tapajós e ao Novo Pará experimentarem o crescimento nunca antes visto pelos estados da região e assim, consolidarem a importante posição como Estados promissores, aumentando o poder de barganha político do Norte do País. Ajude a somar esforços! Diga SIM ao Estado do Tapajós! Vote 77.
E se está convencido que nossa luta é legítima e boa para todos, ajude-nos a convencer mais e mais cidadãos a votar no SIM TAPAJÓS (VOTE - 77). Repasse este e-mail para todos os seus amigos que moram na região do Novo Pará, para que se convençam e ajudem a realizar este sonho! Não quebre esta corrente, se tem amigos que moram na região metropolitana de Belém e outros municípios do Novo Pará, envie este e-mail com a sua assinatura e determinação de ajudar a criar o ESTADO DO TAPAJÓS.

Estado do Tapajós – junte-se a nós! Vote 77.
Depois venha brindar conosco em Alter do Chão!
Forte abraço.

Vânia Pereira Maia

Preview - Game of Thrones

Minha mais nova mania!! muito boa essa série!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

'Meus cílios sempre estarão comigo', diz ator de 'Lost' após retorno à TV
Ao G1, Nestor Carbonell brinca que piadas com seus olhos nunca acabarã. 'Ringer' também traz volta de Sarah Michelle Gellar a televisão após 8 anos.

Gustavo Miller
Do G1, em São Paulo

Os cílios continuam os mesmos, mas só os cílios. Após fazer sucesso no papel de Richard Alpert, o misterioso habitante da ilha de “Lost” que nunca envelhecia, Nestor Carbonell está de volta à TV como um agente do FBI em “Ringer”, thriller psicológico que também marca o retorno de Sarah Michelle Gellar aos seriados oito anos depois do fim de “Buffy, a caça-vampiro”.
O programa, que estreou no Brasil nesta segunda-feira (17), no canal fechado Studio Universal, é situado em Nova York e traz a atriz no papel de Bridget e Siobhan, duas irmãs gêmeas que não se veem há seis anos. A primeira é uma ex-stripper e alcoólatra, que ao presenciar um assassinato foge da máfia. Já Carbonell tem o papel de Victor Machado, o policial responsável por mantê-la segura até o julgamento.

O plano muda quando Bridget decide rever a irmã, hoje uma milionária de Manhattan e que some misteriosamente durante um passeio de barco. Após o acidente, ela decide assumir a identidade de Siobhan, que no fundo tem um passado tão misterioso quanto o dela.
“A série tem um tom de mistério com noir que me atraiu muito. ‘Ringer’ tem ótimos ganchos no final de cada episódio, os roteiristas são ótimos em manter a história interessante ao final de cada um deles”, adianta o ator em entrevista por vídeo-conferência ao G1. “Gosto da combinação híbrida de mistério com alguma coisa. ‘Lost’ era meio ficção científica, meio drama, meio crime..”, enumera.

Bem-humorado, Carbonell revela que o primeiro episódio da série foi filmado de fato em Nova York, mas o resto da temporada está sendo gravado em Los Angeles. “Temos a mesma pessoa que trabalha em ‘CSI: NY'. Ela é especialista em fazer de L.A. uma New York, ela sabe transformar cada canto de lá em cenário”, "deda" o ator, enquanto lamenta o fato de não poder rodar o programa em sua cidade natal.

“Minha família é toda de Nova York, mas a minha vida é em Los Angeles, meus filhos estudam aqui, minha esposa tem vários amigos também... Mas quando morei no Havaí foi ‘ uau’! Ali eu tive dificuldade de ir embora”, brinca, citando a localidade em que “Lost” era gravado.

O seriado que acabou no ano passado surge naturalmente na conversa e Carbonell não mostra desconforto em falar sobre ele. Richard, apesar de ter ficado no ar durante a metade do programa, foi um dos personagens mais marcantes da atração de J.J. Abrams. E também o ajudou a ser visto como um ator dramático – antes, ele era conhecido somente pelas sitcoms “Suddenly Susan” e “The tick”, programa de super-heróis de curta duração em que fazia o divertido personagem Batmanuel.
“Sinto falta de fazer comédia, mas essa é a coisa maluca desse negócio [atuação]: a maldição ou a benção de não saber o que lhe espera em cada esquina. A mudança é boa criativamente, pois nunca me sinto entediado, mas pelo lado familiar é uma pressão, pois nunca sei o que virá pela frente e tenho de pagar a escola das crianças, saber onde vou viver...”, afirma. “Mas, qual é? É uma vida boa ser ator e fazer o que se ama. Cada trabalho que eu tenho é aceito como uma benção”, completa, antes de falar sobre o seriado que o tornou popular no mundo inteiro.

“Do meu ponto de vista pessoal, ‘Lost’ foi um show que elevou o nível da TV americana e sei que mundialmente isso foi sentido também. Ele não falava apenas com o telespectador, ele o desafiava. Tinha mistério combinado com mitologia, religião, ética, redenção, perguntas filosóficas... Ninguém fez isso. O legado que ele deixou foi criar barreiras na forma como vemos TV, na maneira como as histórias eram contadas”, continua.

O ator diz ter se tornado amigo de vários atores de “Lost” e, inclusive, ter acompanhado a gravação das novas séries estreladas por alguns deles – caso de “Scandal”, com Henry Ian Cusick (o Desmond). “Troco mensagens de texto com Michael Emerson [Ben] e Jorge Garcia [Hurley] o tempo todo. Todos nós ficamos muito próximos, aquele set tinham seres-humanos incríveis de diferentes nacionalidades e histórias de vida”, revela.

Algo de Richard que Carbonnel nunca irá perder, e admite, são as brincadeiras em relação aos seus cílios marcantes. Os fãs sempre brincaram que o personagem usava delineador na série e o próprio ator fez piada de si mesmo ao aparecer passando lápis nos olhos durante um painel de "Lost" na Comic-Con.

“Meus cílios sempre estarão e estiveram comigo a vida inteira, antes mesmo do Richard. Ele só ajudou a deixá-los mais populares”, ri.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Romeu e Julieta

*Trecho da maior Tragédia de amor dos últimos séculos. Uma das minhas preferidas!

(William Shakespeare)

(…)
ROMEU (a Julieta) — Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
JULIETA — Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
ROMEU — Os santos e os devotos não têm boca?
JULIETA — Sim, peregrino, só para orações.
ROMEU — Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
JULIETA — Sem se mexer, o santo exalça o voto.
ROMEU — Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados. (Beija-a.)
JULIETA — Que passaram, assim, para meus lábios.
ROMEU — Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
JULIETA — Beijais tal qual os sábios.
AMA — Vossa mãe quer falar-vos, senhorita.
ROMEU — Quem é a mãe dela?
AMA — Ora essa, cavalheiro! A dona desta casa, certamente, uma digna senhora, honesta e sábia. Amamentei-lhe a filha, a senhorita com que falastes. E uma coisa eu digo, com certeza: quem vier a desposá-la, ficará cheio de ouro.
ROMEU — É Capuleto? Oh conta cara! Minha vida é dívida de hoje em diante no livro do inimigo.
(...)
JULIETA — Ama, quem é aquele gentil-homem?
AMA — Herdeiro e filho de Tibério, o velho.
JULIETA — E aquele que ora passa pela porta?
AMA — Se não me engano, é o filho de Petrucchio.
JULIETA — E aquele que ali vai, que não dançou?
AMA — Não sei quem seja.
JULIETA — Então vai perguntar-lhe como se chama. Vai! Se for casado, um túmulo será todo o meu fado.
AMA — Romeu é o nome dele; é um dos Montecchios, filho único do vosso grande inimigo.
JULIETA — Como do amor a inimizade me arde! Desconhecido e asnado muito tarde. Como esse monstro, o amor, brinca comigo: apaixonada ver-me do inimigo!
AMA — Como assim? Como assim?
JULIETA — Isso é uma rima que aprender fui com quem dancei há pouco.

O NAVIO NEGREIRO

* Adoro o Castro Alves e esse poema em especial!!

(Castro Alves)

I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...

III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...

V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...

VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Jaqueline



Muita força na recuperação!
Quero te ver brilhar na Copa do Mundo de Volei!

Torre do Big Ben está inclinando

Ana Carolina Prado
Superinteressante
O Big Ben está inclinando. Um dos lados da torre de 96 metros de altura que faz parte do conjunto do Parlamento Britânico em Londres está afundando e já entortou 0.26 graus para o noroeste. A inclinação é 16 vezes menor que a da Torre de Pisa, mas grande o bastante para ser percebida a olho nu. Em seu ponto mais crítico, a torre construída no século 19 está com uma inclinação de 50 centímetros.
Mike McCann, o guardião do relógio, disse à BBC de Londres que a situação tem sido acompanhada desde 1999, mas que o nível de inclinação tem acelerado desde 2003, passando a ser de 0,9 milímetros por ano – até então, a taxa era de 0,65 mm anuais. Esses níveis não são considerados perigosos. “O nosso perito acredita que vai demorar entre 4.000 e 10.000 anos para que isso se torne um problema, mas é preciso acompanhar a evolução do movimento”, disse McCann.
Ainda não se sabe ao certo o que está provocando a inclinação. Um relatório relacionou isso à construção de um estacionamento subterrâneo no início dos anos 70 e a uma extensão da linha de metrô de Londres. Mudanças nas condições do terreno também seriam responsáveis: a argila do solo estaria secando e provocando o movimento. A inclinação resultou na formação de rachaduras nas paredes e tetos de partes da construção.