quinta-feira, 30 de outubro de 2008

AMOR






Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração para de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor.
Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro. Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.


Carlos Drummond de Andrade


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PRÊMIO MESTRE DA CULTURA POPULAR 2008



O Município de Santarém foi contemplado com o Prêmio Mestres da Cultura Popular 2008, da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

O Mestre IZAURO FARIAS DE SOUSA foi selecionado na CATEGORIA MESTRES pelo seu valioso trabalho na arte de trabalhar a cerâmica e reproduzir conhecimentos.

Também foi habilitado os Trançados do Arapiuns.

A Secretaria Municipal de Planejamento fez a inscrição do Mestre Izauro, Mestre Laurimar Leal (infelizmente laurimar não foi contemplado, a concorrência é grande) e os trançados do Arapiuns.
Mestre Isauro é paraense, nascido no interior de Santa Izabel, em Belém, e atua desde os 10 anos de idade no ramo, depois de ter sido convidado pelo proprietário de uma olaria no município de Castanhal.

Lá, ele permaneceu durante 5 anos até aprender tudo o que era possível. Após se especializar no setor, resolveu se mudar para Icoaraci, região metropolitana de Belém.

Em uma oportunidade, veio a Santarém para trazer um senhor maranhense que vendia verdura. Ao visitar olarias daqui viu o mesmo trabalho que fazia lá em Icoaraci, só que vendida a um preço melhor.
Foi o que fez mudar para este município. Hoje tem uma olaria no bairro de Uruará, na grande Prainha, de onde não tem necessidade de sair em busca de fregueses.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O CÂNCER DE MAMA


A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama lança hoje (28), em todo o país, a campanha Não Aceite a Informação pela Metade.


Diversos monumentos serão iluminados de rosa, cor oficial da causa, com o objetivo de alertar as brasileiras para esse tipo de câncer, que atinge mais de 49 mil mulheres anualmente no país.


No Rio, o Santuário do Cristo Redentor será iluminado de rosa hoje à noite e amanhã a fim de chamar atenção para a causa. Das 6h30 às 14h, as pessoas que passarem pela Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Parque dos Patins, receberão, em uma van batizada de Rosa Móvel, informações sobre o diagnóstico precoce, os direitos e tratamentos relacionados ao câncer de mama.


De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença deverá atingir mais de 49 mil mulheres no Brasil e mais de 7,5 mil no Rio de Janeiro somente este ano.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008





"Aqueça seu coração", velho slogan das campanhas do agasalho Brasil afora, acaba de ganhar uma insuspeita base científica. Uma dupla de pesquisadores americanos demonstrou, com a ajuda de voluntários, muito café e palmilhas terapêuticas, que a sensação de calor nas mãos pode tornar as pessoas mais amigáveis e generosas. A explicação mais provável do fenômeno é que as áreas do cérebro que usamos para captar a quentura física também avaliam o "calor" metafórico envolvido nos sentimentos humanos.

A pesquisa de Lawrence Williams, da Universidade do Colorado em Boulder, e John Bargh, da Universidade Yale, segue algumas pistas da psicologia experimental, que apontam à percepção de quão "calorosa" é uma pessoa como uma das principais avaliações que os seres humanos fazem em contextos sociais - tão importante que as pessoas tendem a fazer essa avaliação sobre gente que acabaram de conhecer, e o fazem com alto grau de exatidão praticamente à primeira vista.

É o tipo da coisa que nos ajuda a estimar instintivamente se alguém tem boas chances de ser amigo ou inimigo, ou até um parceiro sexual/afetivo em potencial. Uma das hipóteses mais populares é que a sensação de calor afetivo está ligada, em mamíferos, ao "quentinho" gostoso que os filhotes recebem da mãe quando estão sendo amamentados por ela. De quebra, análises do funcionamento cerebral já indicavam a sobreposição entre calor físico e psicológico na mesma região do cérebro, o córtex insular.


Vai um cafezinho aí?


Até aí, tudo bem - em termos teóricos. Williams e Bargh desenvolveram dois protocolos experimentais (que mais parecem pegadinhas de TV) para avaliar o impacto de todas essas associações no comportamento das pessoas.



No primeiro, os voluntários eram recebidos por uma pessoa na frente do local dos experimentos, a qual carregava um copo de café quente ou gelado. Casualmente, a pessoa pedia que os voluntários segurassem o copo enquanto ela anotava alguns dados. Depois, cada voluntário tinha de preencher um formulário em que precisava dar "notas" à pessoa que acabaram de conhecer em dez traços de personalidade, metade dos quais tinham diretamente a ver com o conceito de "calor" interpessoal - coisas como "generoso", "alegre" e "sociável". O resultado? Quem segurou o café quente tinha mais probabilidade de dar notas altas nesses quesitos do que os que seguraram o café frio.

No segundo experimento, os cientistas trocaram o café por uma palmilha terapêutica que podia estar quente ou fria e tinha de ser segurada pelos participantes a pretexto de testar sua eficácia. A pegadinha agora era a seguinte: depois de terminado o experimento, os voluntários podiam escolher entre uma bebida ou vale-sorvete para si próprios ou para um amigo como recompensa. Bingo: quem segurava a palmilha quente tendia mais a presentear um amigo do que os que ficavam com a palmilha fria. Além de sugerir uma excelente estratégia para um primeiro encontro, convide o pretendente para beber algo quentinho, a pesquisa indica que emoções mais "abstratas" podem ter origem em sensações concretas e físicas. De fato, trabalhos anteriores haviam demonstrado que pensar em coisas imorais faz as pessoas se sentir sujas, e se sentir sozinho leva os seres humanos a também sentir frio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CIÊNCIA DESCOBRE SEGREDO DA PAIXÃO



Uma pesquisa feita por psicólogos da Universidade de Aberdeen, da Escócia, concluiu que na hora da conquista não é necessário ser fisicamente atraente. É preciso apenas olhar nos olhos e sorrir.

O estudo concluiu também que esses "signos sociais" são indicativos de que realmente gostamos do outro. Por isso, nem perca tempo com quem não fixa o olhar em você e nem sequer expressa uma manifestação nos lábios. "Se combinarmos a informação que temos sobre a beleza física de uma pessoa com a constatação de que parecemos atraentes para ela, isso permitirá saber quanto esforço se deve colocar na relação", afirma Ben Jones, coordenador da pesquisa.

"Em outras palavras, é possível saber se devo mesmo cortejar alguém que não tem qualquer intenção de corresponder às minhas expectativas", completa.

Não se trata de beleza. Ainda que pesquisas anteriores tenham demonstrado que o que consideramos beleza natural são características físicas como a simetria facial e o tom de voz, esse estudo sugere que a fascinação entre duas pessoas pode ser muito mais complexa que isso.

Os resultados foram baseados em um teste feito com 230 homens e mulheres. Os pesquisadores pediram para que os voluntários olhassem cartões com a imagem de rostos com expressões variadas. As imagens mostravam pessoas que faziam contato visual, sem sorrir; que não olhavam nos olhos, mas sorriam; que não mantinham contato visual e nem sorriam; e, finalmente, pessoas que olhavam nos olhos e também sorriam. Depois, os participantes tinham que qualificar o grau de atração que sentiram por aqueles rostos.

Segundo Jones, a maioria dos participantes considerou como a imagem mais atraente aquela que olhava diretamente nos olhos e sorria. Ou seja, a atração seria uma combinação de beleza natural com "signos sociais", que podem ser um olhar, um sorriso e até mesmo a declaração verbal.

De acordo com os pesquisadores, o trabalho demonstra que o que consideramos como atraente está relacionado com a forma como esse indivíduo se comporta e quanto interesse parece sentir por nós.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

UM MINUTO






D'Black com Negra Li


"Alô?""Olha, eu só tenho um minuto..."


Por onde quer que eu vá vou te levar pra sempre
A culpa não foi sua
Os caminhos não são tão simples, mas eu vou seguir
Viagem em pensamentos
Numa estrada de ilusões que eu procuro dentro do meu coração
Toda vez que fecho os olhos é pra te encontrar
A distância entre nós não pode separar
O que eu sinto por você não vai passar
Um minuto é muito pouco pra poder falar
A distância entre nós não pode separar
E no final, eu sei que vai voltar

Por onde quer que eu vá vou te levar pra sempre
A vida continua
Os caminhos não são tão simples, temos que seguir
Viajo em pensamentos
Uma estrada de ilusões que eu procuro dentro do meu coração

Toda vez que fecho os olhos é pra te encontrar
A distância entre nós não pode separar
O que eu sinto por você não vai passar
Um minuto é muito pouco pra poder falar
A distância entre nós não pode separar
E no final, eu sei...

E no meu coração, aonde quer que eu vá
Sempre levarei o teu sorriso em meu olhar
Toda vez que fecho os olhos é pra te encontrar
A distância entre nós não pode separar
O que eu sinto por você não vai passar
Um minuto é muito pouco pra poder falar
A distância entre nós não pode separar
E no final, eu sei que vai voltar
Eu sei que vai voltar...

terça-feira, 14 de outubro de 2008










Flávio Gikovate: 'Os solteiros que não estão bem são os que ainda sonham com um amor romântico' ou ‘O amor romântico está com os dias contados’ é o que prevê Flávio Gikovate no livro “Uma História do Amor... com Final Feliz”.
Mitos como o de que os opostos se atraem e que relações entre casais só dão certo quando cada um abre mão da individualidade estão caindo por terra, segundo Flávio Gikovate. Para o psicoterapeuta, o avanço da sociedade está ocasionando verdadeiras mutações nos relacionamentos. 'A idéia de fusão funcionava até pouco tempo atrás porque eram duas carnes com um só cérebro: o do homem. A mulher, oficialmente, não pensava. Com a independência econômica e sexual, ela chegou também à intelectual. As relações afetivas estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor'.
Aqui, o psicoterapeuta explica por que os relacionamentos duradouros são os que unem dois inteiros e não duas metades.


Até que ponto a relação com a mãe, durante a infância, influencia os relacionamentos amorosos da vida adulta?
Dr. Flávio Gikovate - O amor é um sentimento que temos pela pessoa cuja presença provoca em nós a sensação de paz e aconchego que perdemos ao nascer, quando sofremos uma ruptura que gera desamparo. Essa sensação só se atenua com a reaproximação física da mãe. Assim, ela é o nosso primeiro objeto de amor. Quando crescemos e nos tornamos independentes, queremos nos entreter com outras coisas, mas, vez por outra, nos sentimos inseguros e corremos atrás do aconchego físico materno. A impressão de ser uma 'metade', portanto, nos acompanha desde o nascimento, porque nascemos fundidos a outro ser - a mãe. O problema é que essa sensação de que falta alguma coisa não pode ser preenchida por outra pessoa. 'Viver sozinho é um bom estágio para dar início a uma relação madura'.

O ser humano tem a necessidade de encontrar o 'aconchego', que o senhor define como prazer negativo - já que supre a sensação de desamparo. Nesse sentido, é mesmo 'impossível ser feliz sozinho'?
FG - Temos de entender que não somos metade. Ninguém precisa de outra parte para se completar. Essa situação de incompletude tem de ser resolvida internamente, sem repassar ao outro a responsabilidade por esse vazio. Há muitos solteiros felizes. A maioria leva uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo - aquele 'vazio no estômago' por estarem sozinhos -, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são, geralmente, os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são parecidas com 'o ficar sozinho', ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Viver sozinho é um bom estágio para dar início a uma relação madura. Pode ser que a pessoa goste tanto dessa condição que decida não investir mais em relacionamentos.

Por que tantas pessoas insistem em continuar a viver relacionamentos arruinados?
FG - Provavelmente pela falta de compreensão sobre o que de fato representa viver em comunhão. E, definitivamente, não é fazendo concessões e sufocando a individualidade que as relações vão se sustentar. A maioria dos divórcios é de iniciativa da mulher, porque casamentos de má qualidade são mais desgastantes para ela, que é quem culturalmente faz mais concessões no relacionamento. Em geral, são relações entre opostos: um egoísta e outro generoso. E há tanto homens como mulheres dos dois tipos. Nas separações por iniciativa feminina, geralmente a mulher generosa ficou cansada do marido folgado. A egoísta não se separa, pois se beneficia da situação. Os maridos generosos não se separam porque não são bons em ficar sozinhos e perdem mais com a separação, como os filhos e a casa.

Por que essas pessoas acabam se envolvendo com o mesmo perfil do parceiro anterior? Por exemplo, um parceiro violento ou irresponsável.
FG - Porque a idéia de fusão, embutida no amor romântico, ainda prevalece na escolha do parceiro. Para se sentir completa, a pessoa busca um oposto. Muitos casamentos entre opostos, com a idéia de fusão, ainda vão acontecer antes que as pessoas se dêem conta de que não dá mais para insistir nesse tipo de relacionamento. A necessidade de independência vem desde cedo no ser humano. Só que mudaram as prioridades. Antes, o amor ganhava da individualidade porque não havia o que fazer com ela. Não tinha televisão, meio de transporte. Hoje temos 100 canais de TV que facilitam os momentos de lazer e o Ipod para ouvir música sozinho. Ou seja, a individualidade é um bem precioso, que ninguém quer (nem deve) abrir mão. 'Casais que se gostam passam por crises e reconstituem a aliança em termos mais individualizados'.

Se relacionar com alguém com o perfil muito diferente do seu é o principal ponto problemático nos relacionamentos atualmente?
FG - Sim, o maior erro é escolher parceiros que são o oposto de nós. Generosas se ligam a egoístas; extrovertidos se ligam a recatadas; boêmios se ligam a pessoas de vida diurna e assim por diante. Em geral, pessoas com 'boa dose de auto-estima' costumam ser egoístas. E pessoas com baixa auto-estima tendem a ser generosas. As duas posturas derivam da imaturidade emocional, portanto não são adequadas. O generoso não é nenhum bonzinho. Ele dá mais do que recebe, mas cobra por isso. O egoísta não tolera frustrações e contrariedades. Se o egoísta tenta dominar pela intimidação, o generoso tenta dominar pela competência. Isso forma uma trama diabólica que se perpetua ao longo das histórias de gerações. A sociedade criou o individualismo para acabar com a dualidade egoísmo-generosidade. Esse novo contexto vai formar o justo, que é o indivíduo que dá e recebe na mesma medida. Ele troca, não dá com o intuito de dominar, nem recebe de uma forma parasítica.

No livro o senhor menciona que o velho conceito de que os opostos se atraem está mudando. Como se dá essa transformação na sociedade?
FG - A passagem de uma relação convencional para uma relação de mais amor, que eu defendo, é lenta e progressiva. Tem um momento que dói. Um dos dois vai reclamar primeiro do sufoco. O outro vai ficar ofendido, mas vai aproveitar para afrouxar o vínculo também. Momentaneamente há uma crise. Mas casais que se gostam mesmo, que se respeitam, que têm afinidade, passam por isso e reconstituem a aliança em termos mais individualizados. Assim, entendem que, se um não gosta de ópera, não tem por que ir com o outro e ficar dormindo durante a apresentação. Se a mulher não gosta de futebol, não tem por que ficar ao lado do marido entediada. 'Aos poucos, as pessoas estão reconhecendo quão imaturo e desgastante é o amor tradicional que conhecemos'.

Muito tem se falado em casais que decidiram, depois de muito tempo debaixo do mesmo teto, morar sozinhos para manter a saúde da relação. É um sinal de que há um outro tipo de relacionamento surgindo?
FG - Essa é mais uma das mudanças que podem acontecer nos novos relacionamentos. Se for uma decisão madura, não há problemas. Temos de tirar vantagens, em vez de lamentar. Os pontos positivos são muitos: avanço moral, avanço da capacidade de viver sozinho, de aprender a resolver a situação de incompletude e não imaginar que isso vai se resolver por meio do outro. O que mais devemos evitar é a postura conservadora de querer fazer prevalecer atitudes que não estão mais em concordância com a realidade - e que foi modificada por força da própria ação humana.

Por que o amor romântico - que julga serem necessárias duas pessoas, ou seja, um casal, para que se chegue à felicidade plena - irá acabar? Como será esse novo tipo de relacionamento?
FG - As relações afetivas estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. Quando há qualidade, as chances de o relacionamento durar são bem maiores.
O amor romântico - ciumento, opressivo e sufocante - não tem mais chances de dar certo porque é incompatível com o desejo crescente do individualismo. Aos poucos, as pessoas estão reconhecendo quão imaturo e desgastante é o amor tradicional que conhecemos. No mundo moderno, em que há muita atividade individual e interesses individuais, o amor como remédio não funciona porque ele é possessivo e exclui a liberdade. Isso ninguém tem suportado mais. Esse amor vai ter de ser substituído por outra qualidade de relação - algo mais parecido com a amizade, porque é aproximação de duas unidades, não a fusão de duas metades.


ANISTIA E DIREITOS HUMANOS SÃO TEMA DE SEMINÁRIO NA CÂMARA



A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, em parceria com entidades e associações de anistiados de todo o país, promovem a partir de hoje (14) o 2º Seminário Latino-Americano de Anistia e Direitos Humanos.


O evento ocorre até quinta (16), em continuidade aos debates da primeira edição do seminário, realizada em agosto de 2007.


A programação de hoje prevê debates de teses entre anistiados e anistiandos e a elaboração de um documento oficial do encontro a ser encaminhado a autoridades federais e a organismos internacionais.


Amanhã e quinta-feira, expositores nacionais e estrangeiros vão debater diversos temas relativos à anistia. O evento será realizado no Auditório Nereu Ramos, na Câmara.

AUDIÊNCIA AVALIARÁ RESULTADOS DO PROUNI E DO ENEM

A Comissão de Educação e Cultura realiza audiência pública nesta terça-feira (14) para avaliar os resultados do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O Prouni, criado em 2004, concede bolsas de estudo integrais e parciais para cursos de graduação e seqüenciais em instituições privadas de ensino superior, que recebem, como contrapartida, isenção de tributos. Já o Enem, criado em 1988, é um exame anual, individual, de caráter voluntário, destinado aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. O objetivo principal é possibilitar uma referência para auto-avaliação.

Em 2004, o Ministério da Educação vinculou a concessão de bolsa do Prouni à nota obtida no Enem. Algumas universidades públicas também reservam vagas para alunos com as maiores notas no Enem (em substituição ao vestibular).

Foram convidados para o debate, proposto pelo deputado Carlos Abicalil (PT-MT): a vice-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Carmem Luíza da Silva; o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernando; o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Ferreira Figueiredo.

A audiência está marcada para as 14 horas no plenário 10.