quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ex-vocalista do Nightwish fala sobre carreira solo e possível vinda ao Brasil

Cinco anos após a conturbada saída da banda de metal melódico Nightwish, com direito a acusações na imprensa de ambos os lados, a cantora Tarja Turunen está mais feliz do que nunca.
Sua música "Until My Last Breath" está bombando em vários países, tendo, inclusive, atingido o posto mais alto no Top 10 da MTV brasileira.
Vivendo entre Helsinque, na Finlândia, onde o Nightwish surgiu, e Buenos Aires, na Argentina, onde mora seu marido, Tarja conversou com o Folhateen sobre o novo disco, a relação com os antigos companheiros e uma provável vinda ao Brasil.
Muito simpática, Tarja revelou que "Until My Last Breath", do disco "What Lies Beneath" (2010), foi inspirada pela morte de Michael Jackson.
"O dia seguinte à morte dele foi uma loucura", lembra. "As pessoas falaram coisas horríveis sobre Michael Jackson, e ele era o rei do pop."
Segundo ela, a música é muito enérgica e foi escrita como uma canção antiga. "É um lembrete de que devemos acreditar nos nossos sentimentos".
Cantora lírica com treinamento profissional, Tarja, em sua carreira solo, está realizando um antigo desejo: escrever.
"Cantar suas próprias canções é muito diferente do ponto de vista emocional", diz. "Estou mais feliz e curtindo mais. E isso faz com que eu cante melhor também."
Levando uma "vida normal", em que "cozinha, malha e corre", Tarja sente saudades da época do Nightwish, pelo o que a banda representou em sua vida, mas não da correria louca das turnês e nem da confusão que foi sua saída.
Em 2005, em carta aberta aos fãs, os antigos companheiros afirmaram ser impossível continuar trabalhando com Tarja. Segundo eles, o comportamento da cantora era de diva e isso era culpa do marido dela, o argentino Marcelo Cabuli.
"Acabou tudo entre a gente", lamenta Tarja. "É uma ponte quebrada e queimada. A música vai sempre viver, mas não sinto falta da banda."
Em turnê até 2012 com o novo disco, Tarja quer passar pelo Brasil ainda em 2011. Mas qual o público dela hoje?
"Fãs novos e antigos acompanham meu trabalho, é uma coisa linda", diz. "Mas são os jovens que me seguram. Eles têm uma energia tão positiva, têm liberdade para se expressar, são cheios de emoções. E música é isso: emoção."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bichos com medo de fogos pedem atenção especial

Folha de São Paulo
Os tradicionais fogos de artifício desta época do ano não costumam ser bem recebidos por alguns animais de estimação -- parte deles tem pânico da barulheira.
A vira-lata Billie, 3, do securitário Marcus Schmidtt, é um desses bichos que merecem atenção especial.
"Eu a coloco dentro de casa. Algumas vezes, se esconde embaixo das minhas pernas", conta Schmidtt. Já seu basset, Figo, nem liga.
Segundo a ONG PEA (Projeto Esperança Animal), é preciso tomar cuidado.
Em pânico, o bicho assustado pode fugir e se perder ou ser atropelado, ou mesmo se ferir ao tentar passar por portões, grades de ferro ou portas de vidro.
A ONG Fala Bicho aconselha dar uma alimentação leve aos bichos antes da virada, para evitar problemas na digestão, fechar portas e janelas e organizar um "esconderijo" para o medroso dentro de casa.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A rainha do castelo de ar

Último volume da trilogia Millennium, A rainha do castelo de ar reúne os melhores ingredientes da série: um enredo de tirar o fôlego, personagens que ficam gravados na imaginação do leitor e surpresas que se acumulam a cada página.

Com mais de 15 milhões de exemplares vendidos no mundo, a trilogia Millennium é a mais bem-sucedida série policial dos últimos anos, e já conta com uma versão cinematográfica, prevista para estrear no Brasil ainda este ano. Quer seja tratando da violência contra as mulheres, quer seja enfocando os crimes cometidos por magnatas ou pelo Estado, a saga cumpre sua principal missão: a de envolver o leitor numa história impressionante, cheia de mistérios.Neste terceiro e último volume da série, grande parte dos segredos é desvendada, e Lisbeth Salander agora conta com excelentes aliados. O principal é Mikael Blomkvist, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos. No mesmo front estão ainda Annika Giannini, irmã de Mikael, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria.A rainha do castelo de ar enfoca de modo original as mazelas da sociedade atual — da ciranda financeira ao tráfico de mulheres —, conquistando um lugar único na literatura policial contemporânea.

A menina que brincava com fogo

O segundo volume da trilogia Millennium tem como fio condutor a personalidade complexa e os segredos ocultos de Lisbeth Salander, a jovem e destemida hacker que agora é acusada de três assassinatos brutais.

“Não há inocentes. Apenas diferentes graus de responsabilidade”, raciocina Lisbeth Salander, protagonista de A menina que brincava com fogo, de Stieg Larsson. O autor — um jornalista sueco especializado em desmascarar organizações de extrema direita em seu país — morreu sem presenciar o sucesso de sua premiada saga policial, que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo.Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, e sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes — um Colt 45 Magnum — não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela está apenas esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rápido possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis — e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.A menina que brincava com fogo segue as regras clássicas dos melhores thrillers, aplicando-as a elementos contemporâneos, como as novas tecnologias e os ícones da cultura pop. O resultado é um romance ao mesmo tempo movimentado e sangrento, intrigante e impossível de ser deixado de lado.

Os homens que não amavam as mulheres

Primeiro volume de trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.

Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas — passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada — o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mas as inquirições de Mikael não são bem-vindas pela família Vanger. Muitos querem vê-lo pelas costas. Ou mesmo morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados — de preferência, os mais sórdidos —, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois… até um momento presente, desconfortavelmente presente.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Por que no Brasil a gente come "pão francês"?

Da imitação do que se fazia na França surgiu a tradição brasileira

por Raquel Lima

Não querendo estragar a viagem de ninguém, mas quem entrar em uma padaria de Paris e pedir "un pain français, s’il vous plaît" ("um pão francês, por favor") vai encontrar dificuldades. Mesmo após muita gesticulação, deve sair apenas com um pedaço de baguete. Acontece que o pãozinho também conhecido como "pão de sal" e "cacetinho", e que a maior parte do Brasil chama de "francês", não existe na França. Os encontros e desencontros de tradução começaram no início do século 19. Naquela época, o pão popular da França era curto, cilíndrico, com miolo duro e a casca dourada - um precursor da baguete, que só consolidou a forma comprida no século 20. Enquanto isso, no Brasil, o pão comum era um com miolo e casca escuros, uma versão tropical do pão italiano. Acontece que, quando a elite do Brasil recém-independente viajava para Paris, voltava descrevendo o pãozinho para seus padeiros, que faziam o possível para reproduzir a receita pela descrição. Dessa gastronomia oral saiu o "pão francês brasileiro", que difere de sua fonte de inspiração europeia, sobretudo por poder levar até açúcar e gordura na massa. Assim como o arroz à grega e o café carioca, a homenagem é alheia ao homenageado.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Emma Watson estampa primeira capa de revista com movimento.

Folha de São Paulo

A atriz Emma Watson, da saga "Harry Potter", estrela a primeira capa de revista com movimento. A "magia" foi produzida pela revista "Marie Claire" exclusivamente para iPads em sua edição norte-americana de dezembro.
Na capa, revelada hoje pelo jornal britânico "Daily Mail", Watson mantém a mesma pose, mas faz movimentos discretos com o corpo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Festas de fim de ano e muiiita "putaria" no Congresso!! Como trabalham esses nossos parlamentares!!

G1

Senado aprova salário de R$ 26,7 mil para parlamentares e presidente. Por ser decreto legislativo, projeto não precisa de sanção presidencial. Atualmente, parlamentares recebem R$ 16,5 mil e presidente, R$ 11,4 mil.


O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (15) a elevação para R$ 26,7 mil do salário dos parlamentares, do presidente da República, do vice e dos ministros de estado a partir de 1º de fevereiro de 2011. O valor corresponde à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo público federal.

Por se tratar de decreto legislativo, a proposta não precisa passar pela Presidência da República e entra em vigor assim que for publicada.A tramitação ocorreu rapidamente. Pela manhã, a Mesa Diretora da Câmara encaminhou a proposta ao plenário sem que o tema fosse tratado em reunião do colegiado.

No plenário da Câmara, a proposta ganhou regime de urgência com 279 votos a favor, 35 contra e 5 abstenções. A aprovação do mérito foi simbólica na Câmara, e o projeto ficou pronto para ir ao Senado.
Cerca de duas horas após a Câmara votar a matéria, o projeto já estava na pauta do Senado. Apenas os senadores Marina Silva (PV-AC), Álvaro Dias (PSDB-PR) e José Nery (PSOL-PA) se manifestaram contra a proposta, que foi aprovada de maneira simbólica.

Com a mudança, os deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%, uma vez que recebem atualmente R$ 16,5 mil. No caso do presidente da República e do vice, o reajuste será de 133,9%. Atualmente, o presidente recebe R$ 11,4 mil. O aumento dos ministros será maior ainda - eles ganham atualmente R$ 10,7 mil.
Embora o valor seja o mesmo, os salários reajustados não serão equiparados com os ministros do STF porque para isso é necessário uma emenda constitucional. Dessa forma, não haverá vinculação. Por isso, os salários do Legislativo e do Executivo não subirão necessariamente junto com os do Judiciário.
Uma proposta em tramitação no Congresso eleva os salários dos ministros do STF para R$ 30,6 mil, mas ainda não há perspectiva de votação.

Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.Um dos articuladores da votação do projeto, o primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), escolhido nessa terça-feira (14) por seu partido para ser candidato ao comando da Casa.

Ele afirmou que no início da próxima legislatura será protocolada uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) equiparando totalmente os salários dos três poderes.

De acordo com Maia, essa mesma PEC vai propor o fim do efeito cascata, desvinculando os salários de legislativos estaduais e municipais, por exemplo.

William Bonner diz que já passou pelo teste do bafômetro três vezes

Folha de São Paulo

William Bonner contou no Twitter que já foi parado pela polícia três vezes para soprar o bafômetro e que passou no teste em todas as vezes.
O apresentador falou sobre a Lei Seca no microblog na noite desta quarta-feira depois de contar que, naquele momento, estava sendo levado para casa no banco do passageiro por ter ingerido bebida alcoólica.
"Voltando pra casa depois da festa de fim de ano do jornalismo da Globo. Fátima ao volante. O tio bebeu caipirinha", escreveu Bonner.
Após receber algumas críticas de seguidores, ele voltou ao Twitter para explicar que não estava "derrubado", mas que não brinca com a Lei Seca.

Rússia vai gastar 2 bilhões de dólares para limpar o espaço

Superinteressante
Um projeto ambicioso de limpeza espacial está em andamento na Rússia. Eles vão enviar uma cápsula orbital para mandar cerca de 600 de satélites desativados e outras tranqueiras que a humanidade tem enviado para fora do planeta Terra de volta pra cá.
A cápsula vai, basicamente, ficar rodando ao redor da Terra por dez anos empurrando pra “baixo”(para fora da órbita da Terra em direção à ela) as latas velhas desativadas de mais de 50 anos de corrida espacial. O “Lixeiro Espacial” (ainda não divulgaram seu um nome oficial) é movido à energia nuclear e vai usar uma série de ondas rádio-termais que geram uma rede elétrica (é… físicos russos, por favor, expliquem melhor isso aí) que irá repelir o lixo espacial de volta para o planeta magneticamente.
Limpar a área próxima à Terra é muito importante, pois muitas órbitas estão ficando inacessíveis (ou pelo menos perigosas) para estações espaciais e satélites ativos. Em 2009, uma “chuva” de dejetos de metal causou a colisão entre um satélite ativo estadunidense e um satélite “morto” da Rússia.
Espera-se que esses satélites velhos queimem completamente durante a queda ou – na pior das hipóteses – que caiam no mar. Mas talvez seja melhor começar a olhar para o céu na hora de atravessar a rua a partir de 2023, quando a cápsula deve começar a funcionar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Seja doador você também

Olá, blogueiro (a), Salvar vidas por meio da palavra. Isso é possível. Participe da Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Divulgue a importância do ato de doar. Para ser doador de órgãos, basta conversar com sua família e deixar clara a sua vontade. Não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento. Acesse www.doevida.com.br e saiba mais. Para obter material de divulgação, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br Atenciosamente, Ministério da Saúde Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/minsaude

Por Ministério em Transplante de célula tronco pode ter curado pacie... às 15:57

Transplante de célula tronco pode ter curado paciente com HIV

Superinteressante

No mês mundial de combate à AIDS, pesquisadores comemoram um avanço: relatório publicado na última semana aponta que o transplante de célula tronco pode ter curado um paciente com HIV.
O nome do agora HIV negativo é Timothy Ray Brown, também conhecido como “paciente de Berlim”. Ele recebeu o transplante em 2007 como parte de um tratamento para a leucemia. O relatório publicado pelos seus médicos no dia 8 de dezembro na revista Blood afirma que os resultados de testes extensivos “sugerem fortemente que a cura da infecção pelo HIV foi alcançada”.
O caso de Brown foi noticiado pela primeira vez em 2008, quando os primeiros testes pós-cirurgia apontaram negativo pra HIV. Desde esse período, o caso do “paciente de Berlim” vem sendo acompanhado. E os testes continuaram dando negativo. O que os médicos divulgaram agora é que o paciente chegou ao quarto ano pós transplante de medula aparentemente livre do HIV. Ou seja: a chance de que ele esteja mesmo curado é muito maior, depois de tanto tempo e de tantos testes.O resultado não significa a prova de uma cura para o vírus, que já dizimou mais de 25 milhões de pessoas e hoje se hospeda no organismo de outros 35 milhões. Mas a notícia abre caminho para a construção de uma cura definitiva para o HIV através de células-tronco geneticamente modificadas. O passo seguinte é testar o método (transplante de medula com célula tronco) em voluntários. E ver se dá certo com mais gente.

Ex-embaixador dos EUA afirma que Pará parece o 'Velho Oeste'

John Danilovich, ex-embaixador dos EUA no Brasil (2004-2005), afirmou em telegramas diplomáticos que o Pará se parece "com a imagem popular do Velho Oeste": "isolado, pouco povoado" e uma terra "sem lei".
A visão é expressa em relatos sobre a morte da missionária Dorothy Stang, americana naturalizada brasileira.
Stang foi morta em fevereiro de 2005, aos 73 anos, alvo de seis tiros, em uma estrada de terra perto de Anapu (750 km de Belém), por denunciar a grilagem e o desmatamento ilegal. Cinco pessoas foram condenadas pelo crime.
A Embaixada dos EUA no Brasil produziu nove relatórios sobre o caso nos três meses seguintes ao assassinato, e pelo menos outros seis foram elaborados até 2008.
Os telegramas foram obtidos pelo site WikiLeaks (http://wikileaks.ch/), que teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado aos documentos.
Nos relatos do ex-embaixador, há elogios ao governo federal, cujo empenho foi considerado "vigoroso" sob "qualquer ponto de vista".
Mas Danilovich manifesta preocupação com a Justiça do Pará e sugere que a federalização do crime seria a melhor solução.

Princesa Leia admite: já ficou com fãs nerds. E insinua ter dormido com alguém para conseguir uma vaga nos longas

Cláudia Fusco
Superinteressante
Em O Retorno do Jedi, sexto episódio da saga Star Wars, marmanjos de toda a parte do mundo babaram ao conferir as curvas de Princesa Leia em seu biquíni dourado (que, por sinal, é considerado uma das roupas de banho mais memoráveis do cinema). Você, caro fã de Star Wars, provavelmente já fantasiou sobre o que poderia rolar caso pudesse passar, digamos, mais tempo ao lado da princesa e seu biquíni. Pois acredite: isso não é tão difícil quanto dá para imaginar. A atriz americana Carrie Fisher, que deu vida à personagem, admitiu recentemente ao tablóide britânico The Sun que já ficou com vários fãs apaixonados pela saga – e adorou.
“Nerds podem surpreender você. Eles são muito mais entusiasmados”, revelou a atriz, que hoje tem 54 anos. “Aliás, já estive com um nerd que beijava fantasticamente.” Aproveitando o embalo de extrema sinceridade, Fisher também insinuou que, durante os testes para o primeiro filme da série, teria “dormido com um nerd” da equipe para conseguir o papel. A atriz ainda admitiu que, à época das gravações, tomou tantas drogas que não se lembra do parceiro. “Espero que tenha sido o George (Lucas)”.
Mais alguém está sem palavras?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mona Lisa guarda em pupila a chave de sua identidade, diz nova teoria

Mistério já foi objeto de teorias na ficção, como em 'O Código Da Vinci'.
G1

A Mona Lisa de Leonardo da Vinci guarda em sua pupila esquerda a chave da identidade da modelo em que o pintor se inspirou, segundo o investigador italiano Silvano Vinceti, cujas teorias são divulgas nesta segunda-feira (13) pelo jornal "The Guardian".

De acordo com Vinceti, que é presidente da comissão nacional de patrimônio cultural em seu país, o gênio renascentista, amante dos códigos, pintou uma série de letras pequenas nas duas pupilas de Mona Lisa.
"Invisíveis ao olho humano e pintadas em preto sobre verde e marrom, estão as letras LV em sua pupila direita, obviamente as iniciais de Leonardo, mas o mais interessante está em sua pupila esquerda", afirma o investigador, em declarações recolhidas pelo jornal.
Vinceti sustenta que no olho aparecem as letras "B" e "S", além de, possivelmente, as iniciais "CE", o que considera de vital importância para averiguar a identidade da modelo.
A modelo foi identificada frequentemente como Lisa Gherardini, a esposa de um mercador florentino, mas o investigador italiano não está de acordo, já que mantém que a Mona Lisa foi pintada em Milão.
"Atrás do quadro aparecem os números 149, com um quarto número médio apagado, o que sugere que Da Vinci o pintou quando estava em Milão na década de 1490, usando como modelo uma mulher da corte de Ludovico Sforza, o duque de Milão", declara ao jornal.
"Leonardo gostava de utilizar símbolos e códigos para transmitir mensagens, e queria que descobríssemos a identidade da modelo através de seus olhos", prossegue o italiano, que deve detalhar suas conclusões no próximo mês.
O mistério da Mona Lisa já foi objeto de teorias também na ficção, como no caso do romance "O Código Da Vinci", na qual o autor, Dan Brown, sugere que o nome é um anagrama para Amon l'Isa, em referência a antigas divindades egípcias.

13 fatos sobre o Brasil revelados pelo WikiLeaks

Ana Carolina Prado
Superinteressante

Desde 2006, ano em que foi criado, o site WikiLeaks já publicou mais de 1 milhão de documentos confidenciais enviados por fontes anônimas. Mas foi em 2010 que ganhou fama mundial, com o vazamento de um vídeo mostrando um ataque norte-americano contra funcionários da Reuters e outros civis em Bagdá. Neste ano, o site ainda revelou dezenas de milhares de arquivos da inteligência norte-americana sobre as ações no Afeganistão e Iraque. E agora, com a divulgação de cerca de 250 mil telegramas diplomáticos secretos do Departamento de Estado dos EUA, a coisa pegou fogo mesmo.
O fundador do WkiLeaks, o australiano Julian Assange, está preso desde o dia 7 de dezembro por acusações de agressão sexual. Seus defensores dizem que o verdadeiro motivo está relacionado ao site e até o presidente Lula manifestou apoio a ele. Dentre os documentos revelados, muitos tratam da relação entre os EUA e o Brasil. Listamos 13 informações vazadas que revelam um pouco da visão que os americanos têm de nós.
(*Dá para acompanhar os documentos relacionados ao Brasil aqui: http://213.251.145.96/tag/BR_0.html)

1- Jeitinho brasileiro pode atrapalhar realização das Olimpíadas no Rio
Em um relatório com o título “Olimpíadas do Rio – O Futuro é Hoje“, a Ministra Conselheira da Embaixada americana Lisa Kubiske reclama das muitas promessas e pouco planejamento e ação do governo brasileiro. “Articular os objetivos mais amplos e deixar os detalhes para o último minuto pode ser o jeito tipicamente brasileiro, mas pode gerar problemas”, diz ela. “Os atrasos que esperamos do governo brasileiro em planejar e executar os trabalhos de preparação para uma Copa do Mundo e Olimpíadas bem-sucedidas com certeza vão gerar um ônus maior para o governo americano poder garantir que os padrões necessários serão alcançados”. Os EUA estão coordenando a ampliação de pessoal, estrutura e recursos para ajudar.

2- Brasil quer (neuroticamente) ser igual aos EUA
Um telegrama datado de novembro de 2009 que discutia o rumo das Relações Exteriores no Brasil diz: “O Brasil considera entrar em uma competição com os Estados Unidos na América do Sul e desconfia das intenções americanas (…) O Brasil tem uma necessidade quase neurótica de ser igual aos Estados Unidos e de ser percebido como tal”.
3- Brasileiros querem ser “independentes” (entre aspas mesmo!)
Em telegrama enviado em janeiro de 2009 a Washington, o ex-embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel (que deixou o cargo no começo do ano), deu algumas alfinetadas no Plano Nacional de Defesa anunciado por Lula no fim de 2008. Ele explica que a estratégia foi montada a partir da intenção do Brasil de ser “independente” (é, ele usou o termo entre aspas três vezes no documento). Em relação à compra dos caças franceses, diz que “não faz sentido economicamente” devido ao número relativamente pequeno. “Mas [o então Ministro do Planejamento Roberto Mangabeira] Unger “dá mais importância à ‘independência’ do que à capacidade militar ou ao uso eficiente de recursos”.

4- Brasileiros são paranoicos em relação à defesa de territórios
A diplomacia americana também criticou a “tradicional paranoia brasileira” na defesa da fronteira amazônica “contra atividades de organizações não-governamentais e outras atividades estrangeiras vistas popularmente como ameaças potenciais à soberania nacional”. A área das reservas do Pré-Sal seria outro alvo dessa paranoia: “Não há nenhuma ameaça às reservas de petróleo brasileiras, mas os líderes brasileiros e a mídia têm citado as descobertas de petróleo no mar como razão urgente para melhorar a segurança marítima”, diz o telegrama escrito pelo embaixador norte-americano de janeiro de 2009.

5- Apagão de 2009 deixou EUA preocupados
O apagão que aconteceu em novembro de 2009 e deixou 18 estados brasileiros no escuro virou tema de relatórios da embaixada americana e de preocupações com a segurança da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, ambas no Brasil. “A preocupação, recentemente ampliada, com a infraestrutura brasileira depois do blackout (..) apresenta uma oportunidade para os EUA se envolverem no desenvolvimento da infrastrutura e segurança cibernética”, escreveu a conselheira para assuntos administrativos da embaixada, Cherie Jackson, num telegrama a Washington. Segundo ela, autoridades brasileiras “admitem a possibilidade de um ataque durante esses eventos” e estariam identificando as instalações que precisam ser protegidas.

6- Brasileiros rejeitaram prisioneiros de Guantánamo
Telegramas confidenciais enviados a Washington em de outubro de 2005 pelo então embaixador americano em Brasília, John Danilovitch, revelou que o Brasil foi procurado pelos EUA para receber refugiados prisioneiros uigures (minoria muçulmana de língua turca do noroeste da China) de Guantánamo, mas recusou a oferta. Os refugiados não podiam voltar à China por receio de que viessem a ser mortos ou torturados. Segundo o documento, o Ministério de Relações Exteriores “disse que o governo brasileiro não pode aceitar imigrantes de Guantánamo porque é ilegal designar como refugiado alguém que não está em solo brasileiro”. Outros dois telegramas mostram que o Brasil manteve o mesmo discurso quando procurado para receber cubanos que fugiram do regime de Fidel Castro, em 2005.

7-Presidente Lula, o esquerdista pragmático
Num telegrama de fevereiro de 2009, o então embaixador americano Clifford Sobel descreve o presidente Lula como um “esquerdista pragmático” e diz que ele “não é o principal arquiteto da política externa de sua administração”. O documento diz que, embora o presidente tenha chegado ao poder sem nenhuma experiência e “com a idéia esquerdista de que os países mais desenvolvidos estão contra os menos desenvolvidos”, ele se saiu muito bem na política externa pela sua “propensão a assumir uma abordagem pragmática em vez de ideológica”. Mas há um problema: “ainda existe uma tensão notável entre as ações e a retórica do presidente, que muitas vezes assume um discurso de ‘norte contra sul’ ou ‘nós contra eles’”, diz o embaixador.

8- Lula é encantador (para Michelle Bachelet, pelo menos)
Para a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, nenhum dos candidatos à presidência do Brasil possuía as qualidades de Lula. “Ela descreveu José Serra como arrogante e (…) Dilma Roussef como distante e formal”, diz um relatório americano de janeiro deste ano. O documento revelou também que, para ela, o Brasil não representava um papel assim tão importante na maioria dos assuntos da América Latina. “Por outro lado, o Brasil tem sido sempre um bom aliado para o Chile, ela afirmou, descrevendo o presidente Lula como inteligente e encantador”.

9- Brasil prende terroristas árabes em segredo
Documentos confidenciais revelaram operações antiterroristas no Brasil com o apoio americano. Um relatório de dezembro de 2009 da embaixada americana cita a prisão, em maio daquele ano, de um integrante da Al Qaeda em São Paulo, feita pela Polícia Federal. E esse não foi um fato isolado. “A polícia frequentemente prende indivíduos ligados ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a isso para não chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo“, disse o então embaixador Clifford Sobel em outro relatório, de janeiro de 2008. O governo sempre negou a existência de atividades terroristas no Brasil e isso se daria “em parte pelo medo da estigmatização da grande comunidade islâmica no Brasil. Também é uma postura pública que visa evitar associação à guerra ao terror dos EUA, vista como agressiva demais”, diz ele.

10- Será preciso suar para conquistar a confiança dos brasileiros
Um documento da embaixada americana revela a preocupação com o ceticismo brasileiro a respeito da sinceridade do interesse dos EUA em seu relacionamento com o Brasil e a região como um todo. “Existe uma falta de visibilidade em relação ao lado positivo da América, o que a América tem feito, inclusive nossa preocupação histórica para com o bem comum e nossa tradição de responsabilidade corporativa e serviços à comunidade. Devemos encontrar formas de alterar estas percepções, enfocando projetos e parcerias que demonstrem o nosso compromisso e preocupação genuína com o povo do Brasil”, diz o texto.

11- Nordeste pode ser caminho para EUA ganhar simpatia dos brasileiros
Já que o Brasil mantém essa desconfiança em relação às intenções americanas, os EUA vêem como opção atuar em áreas menos ideológicas. Relatório do governo sugere, por exemplo, maior engajamento junto ao nordeste brasileiro, “uma região com mais de 50 milhões de pessoas, com enormes disparidades na distribuição de renda e um padrão de vidainferior ao da Bolívia”. Mais do que isso, “essa região poderia ser o segundo maior país em tamanho e população da América do Sul”. Outra opção é ajudar no combate ao crime. “O crime também é uma preocupação constante nesse violento país e é um campo em que nós poderíamos ter um impacto significativo”, continua o texto.

12- Governo americano não botava fé na Dilma como empreendedora por ser ex-guerrilheira
Apesar da desconfiança, a embaixada americana revelou o alto grau de interesse do governo brasileiro em ampliar as relações comerciais e criar novas parcerias público-privadas com os EUA. A surpresa vem da adesão de Dilma Roussef à ideia: “Este sentimento pode até mesmo ser ouvido de Dilma Rousseff, cujo passado ideológico como militante de esquerda dificilmente sugere tal espírito empreendedor”.

13- França e Brasil: o início de uma relação de amor
A relação entre o Brasil e a França foi tema de um relatório com o título acima, feito em novembro de 2009 pela embaixada americana em Paris. Segundo o documento, deverá ocorrer um maior engajamento político, militar, econômico e diplomático nos próximos anos entre os dois países e isso deve beneficiar a reeleição do presidente francês Sarkozy. “Empenhado em expandir o papel da França como intercessor global”, ele irá ampliar sua presença na América Latina e poderá usar o “triunfo da política externa com o Brasil como uma indicação de suas proezas” para a reeleição em 2012.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Screen Generation: os jovens que usam vários tipos de mídia simultaneamente

Por Paulo Gouvêa
Superinteressante

Na última quarta-feira a MTV Brasil apresentou o Dossiê Universo Jovem MTV 5, cujo objeto de estudo foi o consumo de mídia dos jovens entre 12 e 30 anos das classes A, B e C. Devido ao seu hábito de usar vários tipos de mídias simultaneamente, o que os coloca em contato com telas de diferentes aparelhos tecnológicos (celular, computador, televisão, iPod…), o grupo recebeu o nome de “Screen Generation”. Para pontuar a relação que esses jovens têm com suas telas, eles foram divididos em 6 grupos:

Hedonistas: Só usam aparelhos tecnológicos para se divertir. São importantes em sua vida os amigos, formação escolar, carreira e independência financeira. As principais atividades na web pelas quais se interessam são games, download de programas e músicas, vídeos e fotos. As mídias que mais utilizam são internet e games.
Antenados: São ligados a relacionamentos amorosos, atividades físicas, consumo, liberdade e aparências físicas. Na web, acessam games, televisão, filmes, vídeos, fotos e blogs. As mídias mais utilizadas pelos antenados são internet, TV, games e cinema.
Tradicionais: São interessados em família, carreira e profissão. Não são tão ligados à web. Só a utilizam para sites de relacionamento e de busca. As mídias que mais utilizam são a TV e o celular.
Baladeiros: Possuem como valores a beleza física, liberdade e fé. Utilizam a internet para trabalho, escola, pesquisa de preços e endereços, download de programas, sites de relacionamento, música e vídeos. As mídias que mais utilizam são o celular e as revistas.
Humanizados: Dão mais valor à afetividade entre as pessoas do que os outros. Gostariam de ter uma sociedade mais segura e justa. Usam a internet para trabalhar, estudar, fazer pesquisa de preços e download de programas. As mídias que utilizam acima da média são: jornal, TV, celular e cinema.
Batalhadores: Seus valores são viver em uma sociedade mais justa (apesar de consumista) e ter fé. Na internet procuram por notícias, compram produtos, pesquisam emprego e carreira. As mídias que mais utilizam são rádio e jornal.

Para Ronaldo Lemos (FGV e Creative Commons), ainda é preciso entender melhor o conteúdo que o jovem consome e cria – e para isso é preciso procurar referências em lugares mais inusitados, que escapem àquilo que vemos todos os dias e muitas vezes são ignorados. Os eventos relacionados à cultura japonesa de animes e mangás, os quais atraem centenas de milhares de pessoas e têm menos espaço na mídia do que pequenos festivais de música alternativa, por exemplo. Ou o “Tecnobrega”(a mistura de Odair José com Kraftwerk), um estilo musical que movimenta milhões de reais no norte do Brasil, seja pela venda de CDs ou pelos shows gigantescos.
Fotógrafo Ben Bruce registrou essa imagem de sua cadela Pip em uma praia escocesa

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Jornalista encontra manuscrito de Da Vinci 'perdido' em biblioteca na França

G1

Documento estava em acervo da instituição havia mais de um século. Peça foi revelada nesta segunda-feira (6) na cidade de Nantes.


Um fragmento perdido de um manuscrito do gênio renascentista Leonardo da Vinci foi encontrado em uma biblioteca pública do oeste da França, depois de passar quase um século e meio esquecido em um depósito.
Escrito da direita à esquerda na escrita espelhada que era a marca registrada de Da Vinci, o texto foi um dos 5.000 documentos doados à prefeitura de Nantes em 1872 pelo rico colecionador Pierre-Antoine Labouchere e depois abandonado ao esquecimento nos arquivos locais. Foi apenas quando um jornalista local topou com uma referência à localização do documento, em uma biografia do mestre italiano, que o manuscrito finalmente foi localizado.
'Ele provavelmente o escreveu em italiano do século 15 e possivelmente em outras línguas, então agora o texto precisará ser decifrado', disse Agnes Marcetteau, diretora da biblioteca de Nantes, onde o manuscrito foi encontrado.
Por enquanto, o teor do texto de Da Vinci - algumas linhas escritas sobre uma folha de papel amarelada - é desconhecido, e especialistas ainda não decifraram os rabiscos marrons do artista, disse Marcetteau.
O texto é o segundo item raro encontrado na coleção de Labouchere. Em 2008 foi encontrada uma partitura nunca antes vista do compositor Wolfgang Amadeus Mozart.
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um dos maiores pintores, cientistas e pensadores do Renascimento e é conhecido na França sobretudo pela tela 'Mona Lisa', que atrai milhares de visitantes todos os dias ao museu do Louvre, em Paris. Em 1486 ele desenhou um protótipo de máquina voadora com asa rotatória, não muito diferente dos helicópteros modernos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Promiscuidade e infidelidade estão no DNA

Thiago Perin
Superinteressante


Traiu? Foi traído? Pegou cinco e voltou pra casa arrependido? A culpa (seja você vítima ou culpado) pode ser, ao menos parcialmente, do seu DNA. De acordo com um novo estudo, feito por cientistas de três universidades dos EUA, uma variação do gene DRD4 (que alguns têm e outros não) está ligada à nossa disposição à infidelidade e ao sexo sem compromisso.
O DRD4 está longe de ser um santinho: pesquisas anteriores já associaram esse gene, o “das emoções fortes”, ao alcoolismo e ao vício no jogo – assim como a paixões um tantinho menos destrutivas, como gostar demais de filmes de terror. Cientistas também já ligaram o DRD4 a uma “abertura” especial a novas situações, correspondente a ideais liberais quanto o papo é política. Mas agora os pesquisadores resolveram focar, finalmente, no sexo.
Eles colheram amostras do DNA e históricos detalhados da vida sexual de 181 jovens e confirmaram que pessoas com a tal variação do gene são cerca de duas vezes mais propensas a ter um histórico de “one-night stands” (rolou e acabou) do que os sem o gene. E metade dos que tinham esse amor pelo risco impresso no DNA contaram ter sido infiéis no passado – em comparação a apenas 22% dos que não apresentavam a versão do DRD4.
“A motivação parece vir de um sistema de prazer e recompensa, que é onde entra a liberação de dopamina (o famoso neurotransmissor do prazer)“, explica Justin Garcia, da Universidade de Binghamton (EUA). “No sexo casual, os riscos são altos, as recompensas são substanciais e a motivação é variável – todos elementos que asseguram um ‘rush’ de dopamina“.
Mas, se rolou a ideia de usar isso como desculpa, calma lá: o estudo não “passa a mão” na cabeça dos transgressores. Os caras explicam que essas relações de risco, recompensa e motivação são totalmente “associativas” – ou seja, nem todo mundo que tem o gene safadinho vai, necessariamente, trair ou sair dormindo com várias pessoas por aí. “O estudo apenas sugere que, entre os que têm esse tipo genético, uma proporção maior é propensa a ir por esse caminho”. Mas quem decide é você. É aquilo: fez, meu amigo, assume.

Descoberta anunciada pela Nasa mostra que a vida como a conhecemos não é a única possível

Ana Carolina Prado
Superinteressante 2 de dezembro de 2010

Nada de ETs: a descoberta anunciada hoje à imprensa pela Nasa envolve um organismo deste planeta, mesmo. É a bactéria GFAJ-1, que, apesar de também respirar oxigênio e consumir açúcar como todos os outros seres vivos, possui a incrível capacidade de sobreviver em meio ao arsênio, substância altamente tóxica. E não é só isso: ela também o incorpora à sua estrutura celular, utilizando-o para funções químicas semelhantes às do fósforo.
Acreditava-se que todos os seres vivos dependiam de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre, que formam nossos três componentes básicos: DNA, proteínas e gorduras. Mas a bactéria GFAJ-1 mostrou que, em condições extremas, é possível substituir o fósforo pelo arsênio (que é tóxico justamente porque tem uma composição muito parecida com a do fósforo e, por isso, pode tomar o seu lugar nas moléculas do organismo).
A descoberta foi descrita pela cientista Felisa Wolfe-Simon, do U.S. Geological Survey, e comandada pelos astrobiólogos Ariel Anbar e Paul Davies em parceria com a Nasa.

A bactéria foi encontrada no Lago Mono, na Califórnia (EUA), onde acreditava-se que a vida era impossível por causa da presença maciça de arsênio.
Mas ainda não se conseguiu provar que o organismo é capaz de substituir completamente o fósforo em sua composição. Segundo Paul Davies, o novo Santo Graal da ciência pode ser, agora, encontrar uma forma de vida que tenha essa propriedade.
Ok, o anúncio não é tão legal quanto se tivessem descoberto vida em Marte, mas ainda assim tem uma importância enorme: é uma prova de que a vida como nós a conhecemos não é a única possível. Apesar de a bactéria GFAJ-1 ser terráquea, ela indica que não precisamos procurar vida apenas em lugares que se pareçam com a Terra.
Além disso, os pesquisadores responsáveis pelo estudo acreditam que as descobertas possam ajudar no desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis, baseadas em seres vivos que metabolizem o arsênio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Após 18 anos de sucesso, ‘Casseta & Planeta’ sai do ar

Internet


Nos anos 80, um grupo de estudantes universitários do Rio de Janeiro chamou a atenção com seu humor provocador e ousado para os padrões daquela época. Eles tinham experiência no humor impresso, foram os criadores da revista 'Casseta Popular' e do jornal 'O Planeta Diário'. Bussunda, Claudio Manoel,Reinaldo, Hubert, Marcello Madureira, Beto Silva e Helio de La Peña iriam trocar as bancas de jornais pela televisão, e se tornariam muito populares.

Os sete redatores foram responsáveis por alguns dos textos mais irreverentes do antológico 'TV Pirata', que ficou no ar de 1988 até 1992. Com o fim do programa, eles lançaram 'Dóris para maiores', apresentado pela ex-modelo Doris Giesse, e que alternava quadros fixos, como a robô Dorfe. Naquela época, eles diziam que o seu trabalho era 'humorismo verdade e jornalismo mentira'.

Ainda em 1992, a Rede Globo lançou o programa 'Casseta & Planeta Urgente!', com a apresentação da jornalista Kátia Maranhão. O sucesso veio rápido, e os humoristas se tornaram grandes estrelas da TV, fazendo muito sucesso com o público. Mas o mais popular foi, sem dúvida, Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda. Com seu estilo desleixado e bonachão, Bussunda ficou conhecido por suas imitações de pessoas famosas, como o jogador Ronaldo e o presidente Lula, além de personagens originais, como o Marrentinho Carioca, jogador do pior time de futebol do mundo, o Tabajara Futebol Clube.

Em 1994, Kátia Maranhão deixou o programa e deu lugar à apresentadora Maria Paula, ex-MTV. Aos poucos, ela se integrou ao grupo e conquistou os colegas e o público com imitações de atrizes famosas, como Deborah Secco e Letícia Spiller. Com isso, ela se tornaria mais uma “casseta”.

Fala sério, Casseta!


O 'Casseta & Planeta' fez sátiras a programas e novelas da TV Globo e contou com a participação de artistas da casa, como a apresentação de Xuxa Meneghel, em 1997. Um de seus grandes sucessos foi a criação das Organizações Tabajara, com seus produtos estranhos e muito divertidos.

Houve até uma exposição de artigos que eram exibidos na TV, no Rio de Janeiro. Os 'cassetas' criaram também o Grupo Capivara, um rival do Tabajara, cujo principal destaque era Seu Creysson, o dono da empresa. Interpretado por Claudio Manoel, fez muita gente rir com seu jeito de falar: 'Eu agarantio!', era um dos bordões de Creysson.

Durante as Copas do Mundo de 1994, 1998 e 2002, o grupo foi aos países-sede dos mundiais e gravou seus quadros, procurando mostrar um lado engraçado do evento. Mas, em 2006, durante a Copa realizada na Alemanha, Bussunda passou mal após uma partida de futebol e morreu. O golpe foi sentido por todos da equipe, que resolveu continuar com o programa, mesmo sem a presença do humorista.

O 'Casseta & Planeta' prosseguiu com seus quadros humorísticos durante os anos seguintes, sempre nas noites de terça-feira. Este ano os humoristas decidiram encerrar o programa, mas garantem que não vão parar. Em seu site oficial, eles deixaram mensagem, dizendo que vão entrar em férias coletivas, mas que o grupo continua unido e coeso. Eles prometem, já para 2011, um novo projeto. Resta esperar para saber o que eles vão aprontar nos próximos anos. Como diria o saudoso Bussunda: Fala, sério!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Criadora de 'Grey's anatomy' planeja episódio musical na série médica

'Ninguém vai cantar e dançar pelas escadarias', comentou a produtora.


A série médica "Grey's anatomy" terá em 2011 um episódio musical. Em entrevista ao site TVGuide.com, a criadora e produtora executiva do programa, Shonda Rhimes, afirmou que o roteiro do especial está sendo escrito e irá surpreender os fãs do seriado.
"Vocês ficarão surpresos ao descobrir como algumas pessoas [atores] cantam relativamente bem. É uma espécie de presente aos fãs. Mas nem todos irão cantar por simplesmente não fazer sentido à história", comentou Shonda.
A executiva ainda brincou, ao revelar que o episódio não terá nenhum ator cantando ou dançando pelas escadas. "Quero fazer um musical sem parecer um musical. Sempre falamos que as temporadas 6 e 7 são aquelas em que tentamos fazer tudo o que sempre queríamos. E queria fazer um episódio musical desde o primeiro dia de gravação da 1ª temporada", revelou.
Neste ano, várias séries da Fox americana, como "House", "Bones" e até mesmo "Os Simpsons" tiveram episódios com momentos musicais para promover o lançamento da 2ª temporada de "Glee".
Um dos primeiros seriados a fazer um especial nesse formato foi "Buffy", em 2001. O episódio foi bem recebido pela crítica e rendeu a atração uma indicação ao Emmy.

A COP16 também não vai salvar o mundo (mas é importante!)

Mônica Nunes / Débora Spitzcovsky
Superinteressante - 29 de novembro de 2010

Em dezembro do ano passado, o mundo todo estava com as atenções voltadas para as reuniões da COP15, esperando quase que soluções milagrosas para o combate às mudanças climáticas. Ao final da Conferência, os milagres (claro!) não vieram e a palavra “fracasso” foi muito usada, por gente de todo o mundo, na hora de resumir o desfecho do evento.
Neste ano, talvez por reflexo dos desapontamentos com a COP15, os comentários a respeito da COP16 – 16ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas diminuíram bastante. Pouco se fala sobre o assunto, mas a Conferência começou hoje, dia 29 de novembro, em Cancun e, para evitar novas decepções, os especialistas já avisam: a COP16 também não vai salvar o mundo, mas pode ser, sim, muito importante para o cenário climático mundial.
Por conta de um jogo de interesses bastante complicado, ninguém espera que, ao final da Conferência, seja assinado um acordo global, que defina metas de redução de emissões para todos os países. Por quê? Entender o problema é muito mais fácil do que resolvê-lo: nenhuma nação está disposta a assumir um compromisso de redução de emissões sem saber o que os outros países farão para combater o aquecimento global. Como ninguém dá o primeiro passo, as negociações ficam travadas e o acordo climático global continua existindo, apenas, no imaginário de todos nós. (Para saber mais, leia a reportagem Tasso Azevedo e os desafios do acordo climático global)
Nem por isso a COP16 será em vão. A Conferência é uma ótima oportunidade para que os países discutam as bases do acordo climático global – principalmente porque, como não há expectativas de se assinar nenhum documento de valor legal, os negociadores poderão debater com calma questões essenciais. Se isso realmente acontecer, essa COP será como um evento preparatório para a COP17, que acontecerá no ano que vem, na África do Sul, e que, aí sim, pode prometer fortes emoções!
Para saber os próximos capítulos dessa novela das mudanças climáticas, não deixe de acompanhar as novidades da COP16 no site do Planeta Sustentável!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

G1 já viu: novo 'Harry Potter' é o mais fiel da série, para o bem e para o mal

'Relíquias da morte, parte 1' agradará fãs por reproduzir clima do último livro. Porém, filme que estréia nesta sexta-feira (19) é muito longo e até bucólico.

Após ouvir Ron comentar que passou a noite em um pub e assistir a uma cena – de alucinação – em que Harry e Hermione se beijam nus, o sétimo filme com os três aprendizes de bruxos de J.K. Rowling não deixa dúvidas: de infantil, Harry Potter não tem mais nada.
A primeira parte cinematográfica do último livro da saga, “Harry Potter e as relíquias da morte”, estreia nesta sexta-feira (19) no Brasil. Trata-se do longa mais adulto e sombrio até agora e, de todos, também pode ser considerado como o mais “difícil”.
“Harry Potter e as relíquias da morte” tem mais de duas horas de duração e emenda com o final do antecessor, “Harry Potter e o enigma do príncipe”, que termina com a morte de Alvo Dumbledore, o que culmina na guerra entre Harry (Daniel Radcliffe), o escolhido, e Voldemort (Ralph Fiennes), o Lorde das Trevas, que ao lado dos Comensais da Morte tomará controle do ministério de magia e da própria escola de Hogwarts.
Porém, antes da batalha final, Harry precisa destruir a imortalidade de Voldemort com a captura das horcruxes, uma lista de objetos em que ele depositou sua alma com o passar dos anos. Durante essa busca, sempre escorado por Ron (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), ele conhece um esquecido conto sobre as "relíquias da morte", três poderosos objetos do mundo dos mortos: a capa da invisibilidade, a pedra da ressureição e a varinha de Sabugueiro - essa última almejada por Voldemort para matar Harry.
Trata-se da boa e velha dialética entre e o bem e o mal, mas com os ricos detalhes da história criada por Rowling, cujos filmes anteriores arrecadaram US$ 5,4 bilhões em todo o mundo.
Comparar aliás “Relíquias da morte” com seus antecessores é ver a clara evolução que a série ganhou desde 1999. A trama, assim como os personagens, amadureceu e isso é refletido dentro do filme, não apenas superior aos outros esteticamente, mas também de roteiro e atuações. Nunca o trio de amigos esteve tão confortável em seus papéis e Radcliffe chega a ser engolido em alguns momentos por Emma e Grint, cujo romance velado rende momentos divertidíssimos.
Também é de se elogiar os efeitos especiais e as cenas de ação, principalmente a presente nos elétricos 15 minutos iniciais do filme. Para despistar os comensais, que estão atrás de Harry, vários de seus aliados tomam a poção mágica polissuco e se transformam em clones do bruxinho.
As cópias sobem em suas vassouras, enquanto o verdadeiro divide uma moto modelo sidecar com Hagrid (Robbie Coltrane). A perseguição que começa no céu e depois termina em uma via expressa é alucinante - é praticamente um “’Matrix’ juvenil”.
Uma pena que toda essa adrenalina visual dure poucos minutos. O que impera depois são momentos bucólicos com o trio principal, com cenas sempre de belíssima fotografia e que ficam muito tempo presas a um certo assunto sem desenvolvê-lo rapidamente.
Os fãs mais fervorosos vão elogiar a calmaria proposta pelo diretor David Yates e dizer que a escolha condiz com o clima do último livro, pois a sensação é que nada dele vai ficar de fora dos dois filmes.
Já quem conhece o universo dos bruxos e trouxas apenas pelo cinema irá achar essa nova adaptação tediosa e que a escolha por dividi-la em duas partes não passa de mais um truque mercadológico para lucrar com o bilionário universo de J.K. Rowling.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Atores fazem première de 'Harry Potter e as relíquias da morte' em NY

O filme é a adaptação do último livro da saga do bruxo. Primeira exibição ocorreu na quinta-feira (11), em Londres. O filme estreia nesta sexta-feira (19).

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Morte ajuda a vender comida

Thiago Perin
Superinteressante - 10/11/ 2010
Boa dica para os publicitários: um estudo feito por pesquisadores dos EUA e da Holanda e publicado no Journal of Consumer Research diz que nada abre tanto o apetite quanto a morte – por menos saborosa que ela pareça. Segundo a pesquisa dos caras, a exposição a estímulos (no caso, campanhas publicitárias) que fazem referência à morte aumenta o desejo do consumidor de sair comprando comida – e o faz, consequentemente, comer mais. A principal hipótese apontada é que esse efeito (que ocorre, principalmente, entre pessoas com baixa autoestima) seja um tipo de fuga mental que a gente adota ao sermos lembrados da nossa própria mortalidade – um “escape da autoconsciência”, como o estudo chama. Ou seja: para não ficar encanando com o “vou morrer!”, a solução natural pode ser manter a boca cheia.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Neste dia, há 44 anos, Paul McCartney teria “morrido”. Conhece esta teoria?

Redação Super
9 de novembro de 2010


Por Camila de Lira

Essa é uma das teorias mais divertidas da história do rock: Paul McCartney teria morrido em um acidente de trânsito em 1966. Como os Beatles estavam no auge do sucesso, preferiram contratar um sósia de Paul para a banda não terminar. Os que acreditam na teoria até dizem que o fato de o quarteto ter parado de fazer shows naquele ano foi por causa desta morte.Para ajudar, os Beatles ainda entraram na onda e começaram a colocar mensagens “subliminares” em músicas e capas de álbum. Em Abbey Road, por exemplo, McCartney atravessa a rua com o passo trocado e está descalço (algumas religiões enterram seus mortos desse jeito).Se você acreditou, o negócio é esperar que o show deste sósia nos próximos dias 21 e 22 seja realmente bom.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gente nervosa raciocina melhor


Thiago Perin
SuperInteressante

Poço de sabedoria


Cabeça quente não funciona direito, estar com raiva nos leva a fazer julgamentos tendenciosos… É o que a gente está acostumado a pensar. Mas isso está, ao menos em parte, errado. Especialistas da Universidade da Califórnia (EUA) constataram, em três estudos, que a raiva (no caso, induzida) não dificulta, e sim melhora o pensamento analítico. Nos testes, os participantes raivosos se saíram melhor do que os colegas de humor neutro, por exemplo, na hora de discriminar argumentos fortes de fracos. Segundo os pesquisadores, os nervosinhos mostraram raciocínios mais “acessíveis, válidos e relevantes”. Então, sangue no zóio!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ser altruísta faz os outros não gostarem de você

SuperInteressante
Thiago Perin

“It’s better to help people than garden gnomes”

Pense duas vezes na próxima vez em que sentir o ímpeto de ajudar aquela velhinha simpática a atravessar a rua. Um estudo da Universidade Estadual de Washington (EUA) demonstrou que certos atos de altruísmo (como abrir mão de alguma coisa pelo bem da maioria), em vez de melhorar a nossa reputação, podem fazer os outros não gostarem da gente.
Em uma série de testes, os pesquisadores dividiram os voluntários em grupos de cinco e deram a eles “pontos”, que poderiam ser guardados ou usados para “comprar” vales-refeição. E disseram que abrir mão dos pontos aumentaria as chances do grupo de receber uma recompensa em dinheiro. Na verdade, enquanto a maioria fazia trocas justas de um ponto por um vale, alguns dos membros dos grupos eram atores e agiam, propositalmente, de forma egoísta (segurando todos os pontos para si) ou altruísta (abrindo mão de vários pontos em troca de menos vales, para que o grupo recebesse a recompensa final).
Obviamente, a maioria dos voluntários de verdade disse que não gostaria de trabalhar com os egoístas de novo. A surpresa foi que grande parte deles também declarou querer ver os bonzinhos pelas costas. Por quê? É que a “caridade” dos colegas desprendidos fez os outros se sentirem culpados e pressionados a agirem da mesma forma. Muitos, além disso, acharam que eles tinham algum interesse pessoal para agir com tal altruísmo.
“[Os participantes] frequentemente diziam: ‘aquele cara está me deixando com uma imagem ruim’ ou ‘está quebrando as regras’”, disse o líder do estudo, Craig Parks.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Imprensa internacional repercute vitória de Dilma e fala em desafios do governo

31/10/2010
Folha de São Paulo

Jornais do mundo todo falaram a respeito da eleição de Dilma Rousseff, do PT, como a primeira presidente do Brasil. Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República.


Veja, abaixo, as principais repercussões dos jornais internacionais.

NEW YORK TIMES
Para o jornal americano "New York Times", Dilma enfrenta agora algumas tarefas "monumentais" que Lula deixou inacabadas: "arrumar o problemático sistema educacional do país, melhorar os padrões de saúde e saneamento para milhões, e transformar o Brasil no tipo de nação desenvolvido que o país vislumbra se tornar."
"Eleita, Dilma terá que agradecer a Lula, o mais propular presidente do Brasil desta geração, por transformar uma sensata burocrata e ex-estudante militar sem experiência em cargos eletivos em sua sucessora", diz o jornal.
Analistas ouvidos pelo jornal alertam, porém, para a tentação do novo governo de que, "agora que o Brasil está indo bem, o Estado poderia se envolver mais nessas oportunidades econômicas, como no setor de petróleo".
Além disso, dizem, o perfil positivo do Brasil no cenário internacional também pode cair com Dilma como líder. "Ela não possui o carisma de Lula e mostrou pouca inclinação para entrar nas arenas diplomáticas globais em que Lula construiu um nome para si e para a nação."

LE MONDE
O jornal francês "Le Monde" destaca os benefícios do apoio de Lula à candidatura de Dilma. "A herdeira politica de Lula, presidente que se beneficia de uma popularidade recorde, era dada como vencedora por todas as pesquisas após o primeiro turno. A sobrevivente de câncer de 62 anos apostou, durante a campanha, no balanço econômico dos anos de Lula, que registraram um crescimento espetacular, permitindo que milhões de brasileiros saíssem da pobreza."
"Desprovida de carisma mas com reputação de 'dama de ferro' quando estava no governo, Dilma Rousseff foi presa e torturada no começo dos anos 70, combatendo a ditadura militar. Quase desconhecida há alguns meses, essa tecnocrata deve sua ascensão ao apoio ativo do presidente que deixa o cargo. No sábado, Dilma assegurou que, se fosse eleita, manteria uma relação 'íntima e forte' com seu mentor", afirma o diário.

EL PAÍS
O espanhol "El País" ressalta o importante momento da economia do Brasil no cenário mundial. "Rousseff se converterá, aos 62 anos, na primeira presidente mulher do Brasil, e terá pela frente uma tarefa formidável em um dos países que melhor representa a emergência de novas potências mundiais."
"Lula, que a elegeu como candidata presidencial contra a opinião de muitos de seus companheiros do PT, foi um elemento decisivo na vitória, mas, como mantém o ex-ministro e sociólogo Roberto Mangabeira Unger, 'agora começa um momento destino, com uma pessoa diferente e com um trabalho que terá suas próprias exigências'", diz o jornal.

CLARÍN
O principal jornal da Argentina destaca em seu site a vitória "contundente" de Dilma, primeira mulher a exercer o cargo de presidente do "país vizinho".
Um dos textos, afirma que Lula foi a estrela da campanha de Dilma e diz que ele "falou mais do que ela nos atos eleitorais. "A chegada dela à Presidência não seria possível sem o empenho pessoal de Lula em sua candidatura, à qual conseguiu transferir parte de sua popularidade na forma de votos", afirma.
"Os assessores de Rousseff, por sua vez, se encarregaram de adoçar seu discurso e de dar ao aspecto pessoal dela uma dose de coquetismo e maior feminilidade, com a intenção de mobilizar o voto das mulheres", diz a publicação. "A nova Rousseff, por baixo dessa imagem de elegância e jovialidade que procura transmitir, se choca com a Rousseff de sempre, que, a pesar de apresentar uma cara mais amável, continua sendo uma mulher resolvida."

THE ECONOMIST
Em seu blog no site da revista "The Economist", o correspondente para a América Latina, Caribe e Canadá diz que "não houve surpresas" na eleição brasileira. A publicação destaca que a Dilma Rousseff nunca havia concorrido a um cargo público e diz que toda a sua vida política foi "nos bastidores".
"Pouco era sabido dela ou de sua personalidade. Serra era muito mais experiente e conhecido", diz a publicação. "Foram os pobres e as regiões menos desenvolvidas do Nordeste que a deram a vitória. Os ricos e mais bem-educados preferiram Serra, mas o Brasil tem poucos deles."
"Perguntados sobre se preferiam continuidade ou experiência, os brasileiros escolheram a continuidade", diz a revista. "A escolha dela do ministro das Relações Exteriores deve dar uma ideia de se ela pretende frear a política externa aventureira de Lula. E sua escolha do ministro da Economia vai mostrar se ela vai levar a sério a tarefa de colocar os gastos públicos sob controle."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Por que tem gente que come muito e não engorda?


Genes, hormônios e músculos são cúmplices desse ato de covardia


por Claudia Carmello

Atenção: este texto está recheado de informações que podem causar indigestão a quem luta contra a balança. Resumindo: ou você nasce "magro de ruim" ou, sinto muito, vai ter que malhar e fechar a boca para ficar com o peso ideal.
São diferenças no metabolismo que fazem com que algumas pessoas queimem mais calorias do que a média para manter o corpo funcionando, ou depositem menos gordura no tecido adiposo. "Assim como os carros enchem o tanque com gasolina ou álcool e usam esses combustíveis para rodar, nós nos abastecemos com gordura e a armazenamos, tirando dela a nossa energia", explica o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. "Daí, existem os carrões com motores potentes e grandes consumidores de combustível (esses são os ‘magros de ruim’) e os carros com motor de 1 000 cilindradas (esses são as pessoas com dificuldade para perder quilos)", completa.
O que fazer para ser um Land Rover e não um Uno Mille? Bem, a chance é grande de que você já nasça como um ou como outro. Estudos com gêmeos têm mostrado que a genética contribui com nosso peso corporal em 40 a 70%. Genes da obesidade têm sido identificados, o que mostra que alguns corpos já viriam programados para gastar mais fazendo as mesmas coisas. Seguindo na analogia, se seu corpo é um 4x4, você terá direito a comer mais - ou ser abastecido mais frequentemente.
E tem mais: os magros de ruim talvez sejam uma (invejada) minoria porque a seleção natural favoreceu o seu oposto, a eficiência energética. Com os grandes períodos de fome que a humanidade enfrentou, sobreviveram principalmente as pessoas poupadoras de reservas e as ávidas por comida. É isso: da próxima vez que encontrar algum magrinho mandando ver no brigadeiro, pare e pense: "Coitado, não guarda uma energia!

Pessoas inteligentes bebem mais

Thiago Perin 25 de outubro de 2010
Gênio, à sua maneira?
Bebeu demais? Nada de se sentir um lixo: pode considerar a ressaca do dia seguinte um reflexo da sua superinteligência. Soa politicamente incorreto, a gente sabe, mas é o que indicam informações de dois estudos, um feito no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health).

Em ambos, pesquisadores mediram a inteligência de crianças e adolescentes de até 16 anos e as categorizaram em uma de cinco classes cognitivas: “muito burro”, “burro”, “normal”, “esperto” ou “muito esperto” (de novo, politicamente incorreto, mas tudo pelo bem da ciência, né?). Os hábitos das crianças americanas foram registrados por sete anos depois disso; já as inglesas foram acompanhadas por mais tempo, até os 40 anos.

Os pesquisadores mediram os hábitos alcoólicos de cada uma conforme elas iam envelhecendo. E eis que as crianças avaliadas como mais inteligentes em ambos os estudos, quando cresceram, bebiam com mais frequência e em maiores quantidades do que as menos inteligentes. No caso dos ingleses, os “muito espertos” se tornaram adultos que consumiam quase oito décimos a mais de álcool do que os colegas “muito burros”. E isso mesmo levando em consideração variáveis que poderiam afetar os níveis de bebedeira, como estado civil, formação acadêmica, renda, classe social etc. Ainda assim, o resultado foi o mesmo: crianças inteligentes bebiam mais quando adultos. E por que, hein?

Há hipóteses (uma, que a gente viu lá no Psychology Today, diz que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível; até então, o único jeito de ficar alcoolizado era a partir de frutas apodrecidas – coisa séria), mas os pesquisadores ainda não sabem ao certo. Eles alertam, no entanto, que apesar de a tendência a “beber mais” estar de alguma forma ligada à esperteza de cada um, encher a cara não deixa ninguém “mais inteligente”. Ouviu?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Em ano eleitoral, 'Vale tudo' volta à TV e atualiza debate sobre ética no Brasil

'Acredito que o país mudou', diz autor Gilberto Braga em entrevista ao G1. Novela lidera audiência na madrugada; personagens fazem sucesso na web.
G1

Os porres de Heleninha Roitman, o visual descolado de Solange Duprat e a ambição desmedida de Maria de Fátima Aciolly estão entre os assuntos mais “transados” na web - só para usar uma gíria da época. Líder de audiência nas madrugadas da TV paga, a novela “Vale tudo” volta a fazer sucesso 22 anos depois de sua primeira exibição e atualiza a discussão sobre ética no Brasil.
No ar de segunda a sexta-feira no canal Viva, à 0h45, a trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres não para de mobilizar os fãs. Desde o último dia 4, quando o primeiro capítulo da reprise foi ao ar, internautas lotaram o YouTube com cenas antológicas, lançaram comunidades no Orkut e criaram perfis dos personagens no Facebook.
O forte teor político de “Vale tudo” hoje é associado à corrida presidencial – nos anos de transição do governo Sarney para o Collor a novela questionava até que ponto compensava ser honesto no Brasil. No Twitter, o termo #valetudo agora passou a ser citado ao lado de comentários críticos aos candidatos José Serra e Dilma Rousseff.
“Pode ser ingenuidade minha, mas acredito que o país mudou. As pessoas estão mais preocupadas com a impunidade”, opina Gilberto Braga, em entrevista ao G1. “O brasileiro de 1988 aceitava a corrupção como fato consumado, coisa natural. E a proposta da novela de discutir ética vinha exatamente daí”, completa o autor.

“Sangue de Jesus tem poder!”
“Vale tudo” girava em torno do plano da jovem Maria de Fátima (Gloria Pires) em vencer na vida a qualquer preço. Em troca de luxo e poder, valia de tudo mesmo: mentir, roubar, aplicar golpes.
No extremo oposto estava a mãe da vilã, Raquel (Regina Duarte), que acreditava na força do trabalho e da honestidade. O lema da personagem, “sangue de Jesus tem poder!”, se transformou no bordão popular mais repetido daquele fim de década.
“Foi a novela mais completa que participei. A Maria de Fátima tinha uma riqueza de sentimentos e questionamentos”, relembra Gloria, que na época tinha 25 anos e garantia sua entrada para a história da teledramaturgia nacional. Com uma performance brilhante, a atriz recebeu prêmios como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e o Troféu Imprensa.
Gloria conta que, diferente do que acontecia com outros malfeitores folhetinescos, o público sentia certa compaixão por sua personagem. “As pessoas admitiam, em parte, as atitudes da Maria de Fátima. Ela era pobre e almejava uma vida melhor num país onde ainda havia muita tolerância com a desonestidade”, avalia.
Atualmente a atriz se prepara para atuar em uma nova trama de Gilberto Braga, “Insensato coração”, com estreia prevista para janeiro de 2011. A personagem, Norma, vem cercada de expectativas, já que se trata de mais uma vilã. “Espero que ela seja tão arrebatadora quanto a Maria de Fátima!”, torce.

Odete te despreza
Se os espectadores poupavam a vilã de Gloria, o mesmo não poderia ser dito da personagem da atriz Beatriz Segall. A socialite Odete Roitman se tornou a inimiga pública número 1 graças a comentários depreciativos contra o Brasil.
Pérolas do preconceito como “esse país não vai para frente porque brasileiro é preguiçoso, é uma mistura de raças que não deu certo” ou “desde que nasci só ouço falar em crise nesse país” ou ainda “só gosto de ver o Rio de Janeiro da minha TV lá em Paris” compunham o repertório da megera.
Tais falas tinham efeito explosivo junto aos espectadores, o que fez de madame Roitman uma das vilãs mais odiadas da teledramaturgia.
Com o passar dos anos, o público fez as pazes com Odete, que se tornou ícone pop. No Orkut há comunidades-tributo como “Odete te despreza”, além de contas no Twitter que reproduzem as “máximas odeteanas”.
“Odete Roitman era uma bandida. Ela podia espinafrar o Brasil, que isso tinha muito charme”, diz Braga.

Pioneirismo
Ao time de personagens femininas fortes de “Vale tudo” se juntava Heleninha Roitman (Renata Sorrah). Por meio dela, a novela tratou do problema do alcoolismo de forma dramática e realista pela primeira vez na televisão.
Fumantes - hoje vetados na televisão - também circulavam entre uma cena e outra. Rubinho (Daniel Filho), um pianista notívago que sonhava conhecer a Nova York, aparecia sempre com um cigarro pendurado entre os lábios.
Braga garante que a patrulha do politicamente correto nunca o impediu de desenvolver a novela com liberdade. “Fizemos uma campanha contra o fumo por meio do Rubinho. Nunca senti qualquer tipo de rejeição naquela época. ‘Vale tudo’ foi muito bem aceita”.
Tal aprovação – a trama ultrapassava os 50 pontos de audiência – fez com que a novela tivesse caráter pioneiro em outras áreas, como a homossexualidade. Sim, “Vale tudo” tinha um casal de garotas: Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin).
Na história, Cecília morria e seu irmão, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), tentava impedir na Justiça que a cunhada ficasse com a pousada em Búzios fundada pelas duas. Foi a primeira vez que o tema da parceria civil entre pessoas do mesmo sexo entrava na pauta de um folhetim.

A mocinha ‘transada’
O perfume de modernidade de “Vale tudo” também ficava por conta da mocinha Solange Duprat (Lídia Brondi). Repórter da fictícia revista “Tomorrow”, a moça lançou moda com sua franjinha ruiva cortada no meio da testa, o batom carmim e um comportamento liberal para a época.
Solange namorava o milionário Afonso (Cássio Gabus Mendes), mas dividia o apartamento e as contas com um amigo, Sardinha (Otávio Müller). Uma coleção de gírias e expressões pontuava suas frases, que terminavam sempre com a palavra “cherrie”.
A personagem também costumava substituir qualquer verbo pela palavra “transar”. Exemplos: “Vamos transar [fazer] uma festa?” ou “você conseguiu transar [resolver] aquele problema?”.
Para estranhamento geral, sua intérprete, não quis mais “transar” televisão. Abandonou a carreira para estudar psicologia. E se casou com seu par romântico de novela.
Cássio e Lídia estão juntos há 20 anos e a ex-atriz é avessa a entrevistas. “Mas essa história de que a gente começou a namorar em ‘Vale tudo’ é lenda urbana”, esclarece Cássio. “Só dois anos depois das gravações da novela nos reencontramos e começamos o namoro”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Superinteressante ed. 283 outubro/2010
Sonhos - O que eles realmente significam


Sonhos e pesadelos são bem mais que a voz do seu inconsciente. Eles resolvem problemas da vida real.




Eu quero muito ler este livro. Acho a temática inspiradora e bastante reflexiva. Quem sabe eu não tomo uma atitude e faça como a Liz!!

“Liz é uma escritora que resolve tomar conta da sua vida e fazer um montão de coisas que gosta (viajar, conhecer, sentir e aprender) mesmo tendo de desistir de um casamento com um homem que a amava. Logo de cara, no primeiro capítulo, ela está ajoelhada, no chão do banheiro, no meio da madrugada e aos prantos pedindo uma luz pois seus desespero é tanto que ela não consegue ver uma saída. É nesse momento que ela começa a rezar, espontaneamente, e o livro começa”.

Por que as futuras gerações irão nos condenar?

njovem 18 de outubro de 2010



Por Rafael Kenski
SuperInteressante


Um artigo no jornal Washington Post levantou uma maneira interessante de pensar em tendências. Qualquer passada de olhos em livros de história – ou mesmo em seriados como Mad Men – mostra diversos costumes e valores difundidos no passado, mas que hoje são vistos como absurdos. No século 19, era normal ter escravos. Em grande parte do século 20, as mulheres não tinham direito nenhum (e era normal que apanhassem do marido). Então vale perguntar: o que hoje irá ser considerado como estranho no futuro?
Segundo o jornal, alguns fatores ajudam a responder a pergunta. Em primeiro, atitudes condenáveis no passado já eram criticadas na própria época. Segundo, os defensores usavam argumentos baseados na tradição ou diziam que o hábito fazia parte da “natureza humana”. E, por último, havia uma “ignorância estratégica” por trás dos efeitos da questão: todos consumiam as mercadorias feitas por escravos, mas ninguém pensava nas condições de produção. O próprio jornal levanta algumas questões que se encaixam hoje nessa definição como o modo como tratamos presos, os asilos para idosos, a crueldade com animais, a proibição das drogas e as questões ambientais.
A lista é bem maior do que isso. Escreva aí embaixo o que você acha que será difícil explicar para os seus netos. Talvez a nossa incapacidade de lidar bem com a privacidade hoje? A proibição de casamento entre homossexuais? Talvez a desigualdade social do país – e o fato de aceitarmos os “direitos” dos VIPs ? Pensando nessa lógica, é possível que a gente consiga resolver algumas das questões quentes dessas eleições, ficar com a consciência mais tranqüila ou, ao menos, entender melhor a época em que vivemos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Israel e Google irão publicar na internet manuscritos bíblicos

Documentos de 2 mil anos serão disponibilizados gratuitamente. Obras foram encontradas entre 1947 e 1956 no Mar Morto.

O departamento israelense de antiguidades e o Google anunciaram nesta terça-feira (19) o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.
O plano, que custará US$ 3,5 milhões (2,5 milhões de euros) tem o objetivo de disponibilizar gratuitamente esses documentos, que possuem cerca de 2 mil anos.
"É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia "multiespectral" desenvolvida pela Nasa. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados. As traduções dos textos também serão colocadas à disposição. Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.
"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Descoberta arqueológica
Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.

'Dilma não tem medo de nada', diz Chico Buarque

Italo Nogueira
DO RIO


Pego de surpresa, o cantor e compositor Chico Buarque discursou no encontro de artistas e intelectuais em apoio à candidata Dilma Rousseff (PT) no teatro Oi Casa Grande, na zona sul do Rio. Ele sentou ao lado da petista na mesa principal do palco.

"Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai".

Ele estava ao lado de Leonardo Boff, enquanto este discursava. Mas ao ser convidado a falar pelo teólogo, disse que esperava apenas ficar ao lado, "que nem papagaio de pirata". Ele foi um dos artistas que assinaram primeiro o manifesto em apoio à petista.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Abasteça seu carro com maconha

Livia Aguiar
SuperInteressante / 15 de outubro de 2010
Nem todo mundo sabe, mas as fibras do cânhamo (a conhecida maconha) podem ser utilizadas para fabricar roupas, levantar paredes e compor a estrutura de um carro, devido à sua resistência (ela é duas vezes mais forte que outras fibras orgânicas). As sementes, no entanto, costumam ser descartadas. Mas isso está para mudar.

Aproveitando o potencial oleaginoso das sementes da maconha, o programa Polymer, da Universidade de Connecticut nos EUA, desenvolveu um biodiesel com altíssima taxa de aproveitamento: 97% do óleo das sementes foi convertido em combustível.

Outra vantagem da Cannabis sativa é a capacidade da erva de crescer em solo pobre e de baixa qualidade sem necessidade de pesticidas. Por isso, não é necessário cultivá-la em lavouras destinadas ao plantio de alimentos. “A produção de combustíveis sustentáveis muitas vezes compete com o cultivo de alimento”, afirma Richard Parnas, coordenador do Polymer, em artigo publicado no site da Universidade. “Nesse contexto, produzir biodiesel a partir de plantas que não são alimentos e que não precisam de terra de alta qualidade é um grande passo”.

O Polymer planeja construir uma unidade piloto de produção de biodiesel da cannabis, que contaria com um reator capaz de produzir até 200 mil litros de biocombustível por ano. Os cientistas pretendem testar novas formas de produzir biodiesel e realizar análises econômicas para a comercialização de seus métodos.

O biodiesel é um combustível biodegradável e renovável produzido a partir de matérias-primas vegetais, como soja, dendê, mamona e, agora, maconha. Ele possui um teor de poluição equivalente ao do álcool (feito de cana-de-açúcar, ele também é um biocombustível) e emite menos gases poluentes que a gasolina.