quarta-feira, 28 de abril de 2010

Amor Lírico


A manhã despertou
Da noite insone
Absorta nos voares
Pássaros cativos
Redemoinhos de sentimentos
Sem paz.

Longínquos ventos
Barcos a deriva
Caminhos salpicados
Pelas lágrimas sentidas
Ensaios de cantigas
Outono cinzento.

Perfumes de frascos vazios
Derramam-se em pedras e corais
Resquícios de um tempo
Margaridas singelas
Em jardins de outrora
Deserto se fez.

Densas nuvens, céu incolor
Palavras soltas
Memórias mortas
Pincelam o livro
Amarelado jogado
Irradiando apenas dor.

Coração solitário
Alma peregrina
Sonhos de menina
Fantasias de mulher
Foi-se a alegria
Ao ir embora o amor.


(autor desconhecido)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa)

"O coração, se pudesse pensar, pararia."

"Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste."

Por que gostamos tanto de beijar na boca??

Porque é bom. Embora seja de ampla aceitação, essa resposta não satisfaz a curiosidade científica. Como beijar, com intenção amorosa, não é uma prática comum para todas as culturas, a explicação para esse hábito não deve estar em nossos genes.
Uma hipótese é que a nossa primeira experiência de conforto, segurança e amor vem das sensações bucais associadas ao aleitamento materno. Somado a isso, nossos ancestrais provavelmente alimentavam seus bebês boca a boca, com alimentos pré-mastigados – o que reforça a conexão entre compartilhamento de saliva e prazer.
O que explicaria porque o beijo é mais usado por algumas culturas estaria na coloração dos lábios. Nossos ancestrais se sentiam mais atraídos pelas frutas vermelhas, e “furtaram” esse elemento com propósitos sexuais, desenvolvendo uma pronunciada coloração vermelha nas genitálias e nos lábios. “Em vez de reinventar a roda, nossos ancestrais usaram a mesma paleta”, afirma V.S. Ramachandran, da Universidade da Califórnia à revista NewScientist. Como os lábios vermelhos se destacam mais em pessoas caucasianas, ele sugere que o hábito de beijar teve início em latitudes mais ao norte.
Quando o assunto é a fisiologia do beijo, pisamos em terreno mais firme. Nossos lábios estão entre as partes mais sensíveis do corpo. São cheios de neurônios ligados aos centros de prazer no cérebro. Há até pesquisadores que cogitam uma ligação entre os beijos e a maneira como investigamos a compatibilidade biológica com um potencial parceiro. Estudos mostram que nos sentimos mais atraídos pelo cheiro do suor de pessoas com o sistema imunológico o mais distante possível do nosso, pois é com elas que iremos produzir bebês saudáveis. E o beijo nos dá uma oportunidade de cheirar isso mais de perto.

Por que as pessoas têm ciúmes?


Por Jones Rossi

Tanto homens como mulheres desenvolveram o ciúme como estratégia evolutiva. Os homens ciumentos que descobriam a traição “não perdiam tempo e energia criando o DNA de outro homem”, afirma a antropóloga americana Helen Fisher, autora do livro Por Que Amamos. “As mulheres têm probabilidade maior que os homens de fazer vista grossa para as ‘ficadas’ do parceiro com uma rival”, diz Helen. Mas deixe ela achar que ele está formando um vínculo emocional e gastando atenção e dinheiro com outra: “Ela pode se tornar extremamente ciumenta”. Mais uma vez, tal comportamento tem raízes evolutivas. Hoje não funciona mais assim em boa parte dos relacionamentos, mas por milhões de anos as mulheres precisaram dos homens para criar os filhos. Por isso desenvolveram mecanismos cerebrais para se tornar muito possessivas quando o parceiro ameaça abandoná-las.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


Abdicação
Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mãos viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa — eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.


Fernando Pessoa
Cancioneiro


A minha dica pra quem gosta de poesia, literatura em geral, é esse site: www.dominiopublico.gov.br. Pra quem gosta de um bom clássico!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Por que o cheiro de algumas pessoas nos atrai e o de outras não?

Revista Galileu

Pode ser pela falta de desodorante em alguns casos. Nos outros casos, provavelmente é por culpa dos nossos genes. Já ouviu falar do Complexo Principal de Histocompatibilidade? Ele é o maior responsável pela formação de nosso sistema imunológico. Tudo que nós somos é resultado do que está nos nossos genes e isso se manifesta nas proteínas. Tudo que você é, sua cor de olho, seu cabelo, a forma como você metaboliza uma feijoada, isso tudo são proteínas, inclusive seu cheiro. “E as proteínas deste Complexo nos concedem uma identidade biológica única. É como se todas as células do seu corpo tivessem essa marca individual e até mesmo seu cheiro carrega estas proteínas, que são uma pista para o outro de seu sistema imunológico”, afirma a geneticista Maria da Graça Bicalho, no Laboratório de Imunogenética da Universidade Federal do Paraná.
Então, às vezes, você nem gosta muito daquela pessoa, mas algo te atrai nela. Isso porque, do ponto de vista evolutivo, seria bacana que os indivíduos com MHC bem diferentes ficassem juntos, já que casais gerariam filhos com um sistema imunológico mais forte. E parece que é bem isso que a natureza faz, através dos cheiros e de outros fatores aos quais reagimos de forma instantânea e inconsciente, sem nem nos darmos conta. E isso pode até explicar porque ficamos perdidamente apaixonados por aquela pessoa que achamos muito chata, mas não conseguimos ficar longe dela.

Coelhinho da páscoa o que trazes pra mim??..

Parece mas não é!! Esse lindinho aí é um minicanguru albino, o mais novo morador do Zoológico de Chipre.
Da espécie ‘wallaby’, da família ‘Macropodidae’, é menor que um canguru normal. Nascido em cativeiro, em um parque de vida selvagem sediado em Peyia, oeste da ilha mediterrânea de Chipre.