quinta-feira, 31 de março de 2011

Cinco esculturas do período asteca são encontradas no México

Fragmentos em pedra decoravam o Templo Maior na capital do país. Maior peça possui o formato de um crânio e tem 88 cm de comprimento.

G1
Arqueólogos encontraram cinco figuras de pedra no centro histórico da capital do México - onde antigamente existia a cidade asteca de Tenochtitlan -, perto da Catedral Metropolitana, segundo divulgou o Instituto Nacional de Antropologia e História do país (INAH). As peças decoravam as fachadas do Templo Maior, uma das principais construções do império asteca, entre os anos 1.325 e 1.521 da Era Cristã. O material foi achado durante escavações pelo Programa de Arqueologia Urbana mexicano em uma fossa de 12 metros por 7 metros de área. As cinco esculturas foram esculpidas em pedra vulcânica. A maior delas possui o formato de um crânio, com 88 centímetros de comprimento e 44 centímetros de altura. No local da vala onde foram encontradas as figuras existia um piso, que teria sido destruído pelos astecas para criar um depósito para itens arquitetônicos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Belém ignorou a ‘Hora do Planeta’

Diario do Pará

Promovida pela ONG WWF desde 2007, quando o mundo inteiro se mobiliza para apagar as luzes por 60 minutos, a Hora do Planeta, este ano não foi percebido nos logradouros públicos e cartões-postais escolhidos para simbolizar o fato em Belém, no último sábado. O protesto é programado para chamar a atenção para os desafios ambientais impostos pelo aquecimento global. Pelos cálculos da WWF, neste ano cerca de 3.800 cidades de 130 países prometiam aderir à campanha. Entre elas estava a capital do Pará, que chegou a programar 60 minutos no escuro para o maior cartão-postal da cidade, o Ver-o-Peso, e também para o Mercado de São Brás e o Bosque Rodrigues Alves. A ideia dos organizadores do evento era deixar no escuro por 60 minutos os logradouros públicos de Belém entre as 20h30 e 21h30. No entanto, as pessoas que frequentam a noite estes locais não sabiam e se surpreenderam com a ideia. No Mercado do Ver-o-Peso, que se preparava a festa de aniversário neste domingo, a vendedora de verduras Orminda dos Passos ficou surpresa e ao mesmo tempo preocupada com a informação. “Se no claro os ladrões agem com a maior tranquilidade, imagine com isto aqui no escuro. Eu vou já para minha barraca”, disse a feirante. Os policiais militares de plantão no Posto Tiradentes também não foram informados do evento, cuja primeira edição aconteceu em 2007, na Austrália. Tão logo tomaram conhecimento, organizaram uma operação com o efetivo de plantão, com intuito de reprimir ações de ladrões caso o Ver-o-Peso ficasse às escuras. O Mercado de São Brás, com suas luzes amarelas, no ano passado aderiu ao movimento, mas esse ano permaneceu iluminado. Praticantes de skate que aproveitam a noite para exibições em plataformas improvisadas disseram que tinham ouvido falar do evento da WWF. “Estamos esperando apagar as luzes, mas até agora nada”, reclamava o skatista John Cristiano. Algumas empresas com painéis luminosos na Doca de Souza Franco e avenida Almirante Barroso aderiram ao movimento apagando as luzes por uma hora, mas não chegou a ser percebido devido serem fatos isolados e sem informação prévia. A primeira edição da Hora do Planeta aconteceu em 2007 e contou com a participação de 2,2 milhões de moradores da cidade de Sidney, na Austrália. O movimento cresceu e ganhou o mundo. Em 2010, foram mais de 4,6 mil cidades em 128 países realizando eventos e apagando símbolos arquitetônicos. Ano passado, no Brasil, 98 cidades em 21 estados da federação aderiram oficialmente à Hora do Planeta.

sábado, 26 de março de 2011

Kate Winslet faz papel que foi de Joan Crawford em novo 'Mildred'. Personagem da mãe solteira rendeu Oscar para a atriz na versão de 1945.

Especialistas apostam que Kate Winslet receberá indicação ao Emmy.
G1

Joan Crawford recebeu seu único Oscar pelo papel da mãe solteira lutadora Mildred Pierce em "Almas em suplício" (título original: "Mildred pierce"), de 1945. Mas Kate Winslet, atriz britânica também ganhadora do Oscar, achou que assistir ao clássico do cinema noir foi a pior preparação possível para representar o mesmo papel de Crawford na nova versão de do filme criada pela HBO.
"Assisti aos primeiros cinco minutos do filme e então pensei 'eu não deveria ver isto'', disse Winslet a jornalistas.
"Eu sabia que deveria respeitar o livro original e ser fiel à Mildred Pierce desse romance brilhante. O que procurei fazer com o diretor Tood Haynes foi algo diferente."
A minissérie em cinco partes da HBO, que começa no próximo domingo (27), não é tanto uma versão diferente do filme em preto e branco com Joan Crawford quanto um retorno às raízes da história: o romance "A história de Mildred Pierce" (1941), de James M. Cain.
"Almas em suplício" é a história de uma mulher recém-divorciada na Grande Depressão, que luta para criar uma vida independente para ela e sua família e para conquistar o amor de sua filha Veda, uma adolescente fria e calculista.
O livro não tem a trama de assassinato que foi inventada para o filme de 1945, focando em vez disso o relacionamento torturado e às vezes melodramático entre Pierce e sua filha Veda, representada por Evan Rachel Wood.
Mas o que mais atraiu Haynes para a história da mãe solteira determinada da Califórnia dos anos 1930, na Grande Depressão, foi sua ressonância com os tempos econômicos difíceis de hoje.
Haynes foi grande fã do filme, mas só leu o livro em 2008, quando os mercados financeiros estavam despencando e bancos veneráveis estavam falindo da noite para o dia.
Roteirista e diretor do drama de época dos anos 1950 "Longe do paraíso" e do filme "Não estou lá", de 2007, inspirado em Bob Dylan, Haynes identificou na história outro de seus temas favoritos: as restrições sociais impostas às mulheres e como estas as superam.
Kate Winslet, 35 anos, conhecida principalmente por "Titanic" e por sua performance premiada com o Oscar como ex-guarda nazista em "O leitor", foi a primeira e única atriz que Haynes quis para sua versão para a TV de "Almas em suplício".
A performance de Winslet vem sendo elogiada, e a expectativa é que receba uma indicação ao Emmy ainda este ano. Mas os críticos de TV reagiram com ambiguidade à minissérie da HBO.
O Hollywood Reporter achou que falta credibilidade ao relacionamento central entre mãe e filha. Outros críticos acharam que, com cinco horas e meia de duração, a minissérie se perde um pouco. Para o escritor de thrillers Stephen King, "é simplesmente longa demais".

quinta-feira, 24 de março de 2011

Quanto é "beber socialmente"?

Tecnicamente, é até o quanto você consegue beber sem a sociedade reparar

por Raquel Lima
Superinteressante

Definição clássica de quem não quer parecer nem irresponsável nem careta, "beber socialmente" equivale ao que os especialistas classificam como "risco moderado" de alcoolismo. Entra nessa categoria quem consome até 3 doses diárias de bebida alcoólica - na classificação-padrão, 1 dose equivale a 1 latinha de cerveja, uma 1 taça de vinho ou meros 25 mililitros de destilados, como uísque e vodca (ver quadro ao lado).

Acontece que há uma linha tênue entre bebedores sociais e antissociais. Nesse sistema, a categoria acima do "risco moderado" já é "risco em crescimento". Quem estiver nas 4 doses diárias deve ficar atento.

Mas calma: passar de 3 doses diárias não quer dizer que você esteja virando alcoólatra. "A dependência do álcool não é diagnosticada tendo como critério único, e nem principal, a quantidade de álcool que uma pessoa bebe, mas a relação com o álcool que a pessoa tem, ou seja, o quanto o consumo atrapalha sua vida", explica a pesquisadora Ilana Pinsky.

É dose
Risco de alcoolismo conforme consumo diário de álcool


1 dose* - risco baixo
2 doses* - risco leve

3 doses* - risco moderado - Limite de "beber socialmente"
4 doses* - risco em crescimento

5 ou + doses* - risco avançado
*1 dose = 350 ml (lata) de cerveja, 90 ml (taça) de vinho ou 25 ml de destilados


Fonte Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) e National Institute of Alcohol Abuse and Alcoholism.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Morre, aos 79 anos, Liz Taylor


Filha de pais estadunidenses, mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estréia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.
Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez Que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.




Liz, como é mais conhecida, é reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra. Celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, é uma compulsiva colecionadora de jóias. Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a platéia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.
Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo), sendo o mais rumoroso o com o ator inglês Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Óscar, Os Farsantes e A Megera Domada. Vencedora duas vezes do Óscar da Academia para Melhor Atriz (principal), o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de Disque Butterfield 8 (pt: O Número do Amor); . Nessa década, com o reconhecimento do prêmio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.
Foi amiga do Rei do Pop Michael Jackson, que dedicou-lhe vários de seus trabalhos, inclusive a canção "Liberian Girl";


Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a AIDS a partir dos anos 80, logo após a morte de Hudson. A despeito de ter nascido fora dos EUA, em 2001 recebeu do presidente Bill Clinton, a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais. E na da data de 23 de Março de 2011, faleceu aos seus 79 anos de idade.

Forçar sorriso piora o seu humor

Thiago Perin
Superinteressante


Sabe aquele sorriso forçado que você solta para esconder um pouco do mau humor ou para disfarçar o quanto detesta o chato que veio dar oi? Colando ou não (aí vai depender das suas habilidades cênicas), colocá-lo no rosto piora o seu estado de espírito. E, no trabalho, pode enxugar um bocado a sua produtividade. Quem diz são pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos EUA. Eles acompanharam um grupo de motoristas de ônibus (ótimas cobaias, já que são forçados a lidar com pessoas o tempo todo, estando ou não a fim de socializar) por duas semanas e constataram que, conforme eles sorriam sinceramente, seus humores iam melhorando cada vez mais. Ok, isso é óbvio. Mas quando o sorriso vinha, por algum motivo, forçado, o humor dos motoristas tendia a se deteriorar rapidinho, e eles ainda perdiam a concentração no trabalho, conta o New York Times. É que, como todo mundo sabe, esconder as emoções não dá muito prazer. E o efeito, no caso, foi ainda mais significativo entre as mulheres. Tudo culpa das convenções sociais: elas crescem sendo encorajadas a demonstrar mais as emoções do que os homens. Disfarçá-las, então, tende a ser ainda mais sacrificante. Ou seja, a dica é: quer ficar de cara fechada, fique mesmo. Pense no seu bem-estar e deixe que os outros lidem com o seu mau humor ou com a sua antipatia. O problema é deles.

Pobres são mais gente boa

Thiago Perin
Superinteressante

A gente sempre ouve por aí que dinheiro não compra felicidade. Não vamos entrar nesse mérito (algum milionário aí para comentar?) – pelo menos, não hoje. Mas o que ele realmente não compra, e aí a ciência comprova, são habilidades sociais.
Em um estudo feito nas universidades da Califórnia (EUA) e de Toronto (Canadá), voluntários mais pobres demonstraram maior capacidade de “ler” as emoções alheias e de empatia, a habilidade de se colocar no lugar do outro, do que os ricos. Outras pesquisas feitas pela mesma equipe já tinham mostrado que quanto menos dinheiro no banco, educação formal e status profissional o indivíduo tem, mais simpático, prestativo e generoso ele tende a ser.
Esse “bom mocismo” todo, os pesquisadores explicam, parece ser uma resposta às ameaças sociais às quais as pessoas de classes econômicas mais baixas estão sujeitas no dia a dia – passar longos períodos sem emprego, por exemplo. Mais vulneráveis do que quem tem dinheiro no banco (esses podem usar seu poder, status e patrimônio para se manterem seguros), os pobres tendem a recorrer à força das relações interpessoais para sobreviver.

Mãe cria polêmica nos EUA ao dizer que ama mais o filho do que a filha

Mulher disse que a forma com eles nasceram influenciou.

Do G1 em São Paulo

Uma mãe provocou polêmica em Phoenix, no estado do Arizona (EUA), ao admitir em um blog que ama mais seu filho de 1 ano e oito meses do que sua filha de 3 anos de idade, segundo reportagem da emissora de TV "ABC 15".
A mulher justificou a preferência por um dos filhos em virtude da forma com eles nasceram. Quando deu à luz a menina, ela disse que ficou meses doente e não pôde ficar ao lado do bebê. Em relação ao segundo filho, ele foi colocado em seus braços logo após o nascimento.

terça-feira, 22 de março de 2011

A amizade é uma das coisas mais importantes de nossas vidas

Seus amigos podem lhe trazer saúde, riqueza e felicidade - ou tirar tudo isso de você. Veja por que eles são ainda mais importantes do que você imagina.

por Camilla Costa
Superinteressante

Tudo começou por puro interesse. Quando os primeiros macacos se tornaram amigos, fizeram isso por motivos bem objetivos - ajudar uns aos outros em lutas contra rivais, no caso dos machos, e cuidar melhor dos filhotes, no caso das fêmeas. A amizade não passava de uma troca de favores. Agora pense nos dias de hoje: com você e os seus amigos, não é assim. Você tem amigos simplesmente porque gosta de estar na companhia deles, certo? Errado. Você continua fazendo amizades por puro interesse - no caso, alimentar o seu cérebro com uma substância chamada ocitocina.

Talvez você já tenha ouvido falar dela. É um hormônio que está relacionado ao instinto mais primordial do ser humano: a reprodução. O orgasmo libera ocitocina - e estimula a fêmea a contrair seu útero, o que leva o esperma do macho mais rapidamente até o óvulo e aumenta as chances de ela engravidar. Mas seus efeitos mais profundos acontecem no cérebro. A ocitocina é responsável pelo afeto que a fêmea desenvolve pelo macho, e pelo amor incondicional que ela tem pelos filhos. Ou seja: é a ocitocina que fez, e faz, a espécie se reproduzir com sucesso. Outros animais também produzem esse hormônio. Mas, entre os humanos, ela é muito mais potente. Tanto que influi até nos machos - fazendo com que assumam um comportamento carinhoso, o que é muito raro no mundo animal. "Só em 3% das outras espécies de mamífero os machos cuidam dos filhotes", explica o neurologista Paul Zak, da Universidade da Califórnia.

Em algum momento da Pré-História, a relação com estranhos passou a ser necessária. Provavelmente, isso aconteceu no momento em que grupos de hominídeos começaram a se fixar em uma mesma região, e viver em grupos cada vez maiores. E foi aí que surgiu a forma mais primitiva de amizade. "Os amigos fornecem um suporte social para os primatas", diz o antropólogo Robin Dunbar, da Universidade de Oxford.

Há cerca de 10 mil anos, a ocitocina ganhou um papel maior. O homem fez sua primeira grande invenção - a agricultura, que viria a revolucionar a relação da espécie com o alimento (e abrir espaço para todas as revoluções seguintes). Mas ela só dava certo se tivesse a colaboração de vários indivíduos. Aí, a ocitocina deixou de ser apenas uma coisa "de família" para agir em prol da sociedade - e facilitar a formação das alianças de que a humanidade precisava. Ela nos condicionou a fazer amigos.

Experiências feitas na Universidade da Califórnia comprovaram que, quando você conhece uma pessoa que lhe pareça confiável, o nível de ocitocina no seu cérebro aumenta. Isso faz com que você se sinta mais propenso a criar uma relação com aquela pessoa. Ou seja: graças à ocitocina, o cérebro aprendeu a transformar algo que era necessário à sobrevivência - a cooperação - em prazer.

Com a evolução, a amizade deixou de ser imprescindível à sobrevivência do indivíduo. No mundo atual, para obter comida, basta ir a um restaurante. Dá para fazer isso sozinho. Mas é muito desagradável - porque o seu cérebro está condicionado a fazer alianças (e também porque, como você verá na próxima matéria, a amizade tem uma série de efeitos importantes no organismo). É por isso que procuramos amigos, mesmo que tecnicamente não precisemos deles. "A ocitocina faz com que tratemos estranhos como se fossem nossa própria família. E a amizade é exatamente isso", diz Zak.

Como tudo o que tem base biológica, a amizade afeta os sexos de maneiras diferentes. As mulheres produzem mais ocitocina do que os homens. E isso faz com que seu cérebro se organize para ter amizades profundas. Testes feitos no Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA apontaram que, nas mulheres, as áreas do cérebro ligadas a emoções e produção de hormônios se acendem quando existe a possibilidade de conhecer alguém novo. Nos meninos, isso não acontece. É por isso que as mulheres têm, sim, amizades mais intensas do que os homens. Mas, por isso mesmo, elas também são menos tolerantes - e suas amizades duram menos. Aliás, existe amizade (sem envolver sexo) entre homens e mulheres? Existe e não existe. Por um lado, a origem desse sentimento é inegavelmente sexual. A amizade entre homens e mulheres nasceu para facilitar a reprodução e a criação dos filhotes. E ela é alimentada pela ocitocina - que é liberada durante o sexo. Por outro lado, a evolução nos tornou capazes de separar as coisas. Isso porque, quando a ocitocina adquiriu sua função social (facilitar a criação de alianças entre as pessoas do mesmo sexo), o cérebro humano também mudou. Ele ganhou muito mais receptores de ocitocina, que foram se espalhando por várias regiões cerebrais - inclusive aquelas que nada têm a ver com o desejo sexual. Por isso, a ocitocina que é liberada quando você está com amigos (seja do mesmo sexo, seja do oposto) não produz o mesmo efeito do que a ocitocina que é liberada quando você está namorando ou fazendo sexo. É diferente.

Bem menos que 1 milhão
Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex (área responsável pelo pensamento consciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.

Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até detalhes da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizade. Outros pesquisadores foram além e constataram que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizade: 5, 15, 50 e 150 pessoas, cada um com características diferentes.

O curioso é que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles - e também estão presentes em várias formas de organização humana. Na Antiguidade clássica, 5 já era considerado o número máximo de amigos íntimos que alguém poderia ter. Tirando o futebol, 12 a 15 pessoas é a quantidade de jogadores na maioria dos esportes coletivos. Cinquenta é o número médio de pessoas nos acampamentos de caça em comunidades primitivas (como os aborígenes da Austrália, por exemplo). Cento e cinquenta é o tamanho médio dos grupos do período neolítico, dos clãs da sociedade pré-industrial, das menores cidades inglesas no século 11 e, até hoje, de comunidades camponesas tradicionais como os amish (que dividem uma comunidade em duas quando ela ultrapassa as 150 pessoas).

Mas, mesmo com tantos exemplos práticos, ninguém sabe explicar por que nosso limite de amizades é de 150 pessoas. Para os cientistas, foi como o cérebro conseguiu construir e administrar o que viria a se tornar, ao longo do tempo, o bem mais importante da espécie humana: a rede social.

CÍRCULO FINITO
O cérebro comporta no máximo 150 amigos, divididos em grupos.

Do peito
5 amigos - São os íntimos, com quem você mais fala - e não hesitaria em ligar de madrugada ou pedir dinheiro emprestado. Para Aristóteles, 5 era o número máximo de amigos verdadeiros.

Grupo de empatia
15 amigos - São pessoas bastante importantes para você - se alguma delas morresse amanhã, você ficaria muito triste. Este grupo pode incluir gente do trabalho ou amigos de amigos.

Número típico
50 amigos - É o número de amizades mantidas pela maioria das pessoas, e também o tamanho médio dos agrupamentos humanos primitivos (como bandos de caça).

Limite
150 amigos - Máximo que o cérebro consegue administrar ao mesmo tempo. São as pessoas cujos nomes, rostos e características você consegue memorizar e acionar caso seja necessário.

Saúde: Correr de tênis faz bem?

"Quem corre de tênis tende a pisar primeiro com o calcanhar, um movimento que pode ocasionar lesões. Já quem corre descalço tende à pisada frontal, mais natural e suave, menos impactante."
Daniel Lieberman, professor do departamento de biologia evolutiva da Universidade Harvard, autor de um estudo sobre o tema

"Um em cada 3 corredores sofre lesões nos pés. É culpa do design dos tênis: eles têm a parte dianteira elevada para propiciar conforto, o que faz o corredor jogar mais peso sobre o calcanhar, o que enfraquece tendões e ligamentos."
Christopher McDougall, autor do best seller Born to Run

"É preciso levar em conta o peso do corredor. Muita gente começa a correr porque está com uns quilos a mais. Um tênis adequado é capaz de amortecer o seu peso, evitando qualquer prejuízo ao corredor."
Turíbio Leite, professor do Centro de Estudos em Medicina da Atividade Física e do Esporte

Ufologia: pra quem curti!!

O que são contatos imediatos?
É o encontro com o fenômeno ufológico, ou a relação entre humanos e extraterrestres. Os especialistas classificam os contatos em graus, conforme o quadro a seguir:

Contato Imediato de Zero Grau (CI-0)
É a observação do óvni a grande distância. Foi o que teria acontecido com a cantora Suzana Alves, a Tiazinha, que em 2001 divulgou o vídeo de um suposto disco voador (na verdade, era um dirigível da Goodyear com publicidade)

Contato Imediato de Primeiro Grau (CI-1)
A observação é realizada a curta distância, o que permite captar alguns detalhes do óvni, como janelas, pontos de luz, anexos, etc.

Contato Imediato do Segundo Grau (CI-2)
Ocorre quando o óvni pousa ou sobrevoa um determinado local, deixando indícios fortes de sua passagem (como vegetação queimada, marcas no solo, fragmentos, etc.), além de provocar perturbações em pessoas e animais

Contato Imediato de Terceiro Grau (CI-3)
É possível observar tripulantes do óvni (dentro ou fora dele), sem que haja, no entanto, qualquer tipo de comunicação com eles

Contato Imediato de Quarto Grau (CI-4)
Ocorre quando, além da observação de tripulantes do óvni, há algum tipo de comunicação – palavras, gestos, telepatia – com os seres, como se viu no filme E.T., de Steven Spielberg

Contato Imediato de Quinto Grau (CI-5)
É o contato mais íntimo entre humanos e extraterrestres. O observador chega a entrar no óvni, voluntariamente ou não. Se for à força, fica caracterizado um seqüestro, chamado na ufologia de abdução. A cantora Elba Ramalho afirma ter sido abduzida “várias vezes”

Fonte: Centro Brasileiro de pesquisas de discos voadores (CBPDV)

sábado, 19 de março de 2011

Famoso, urso polar Knut morre aos 4 anos de idade

Mamífero ganhou fama ao ser rejeitado pela mãe em 2006.
Animal foi encontrado boiando em tanque no cativeiro onde era mantido.
G1

O urso polar Knut, famoso mundialmente, morreu aos 4 anos de idade neste sábado (19), segundo disse o seu criador Heiner Kloes. Famoso por ter sido rejeitado pela mãe em 2006, o animal foi encontrado boiando em tanque no qual era mantido no cativeiro do zoológico de Berlim.
A morte do animal ainda não foi esclarecida. Knut foi o primeiro urso polar a ser mantido em cativeiro após 30 anos no zoológico da capital alemã. O mamífero chegou a ser capa da revista "Vanity Fair" em 2006, quando os criadores do local resolveram adotá-lo.
A fama de Knut foi desafiada por outro animal, o polvo Paul, famoso durante a Copa do Mundo de 2010 por adivinhar os resultados dos jogos. O invertebrado era mantido em um museu aquático e morreu em outubro de 2010.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sonhos

Sonhos resolvem problema práticos, estimulam a criatividade e, sozinhos, já servem como uma terapia noturna.

Superinteressante
Alexandre Versignassi


Imagine dois pontinhos. Agora, que você está acordado, eles vão ser só dois pontinhos mesmo. Mas no sono profundo é diferente. Se uma parte do cérebro imagina isso, outra área fica inspirada e cria um par de olhos. Mais outra pega e coloca esses olhos numa face. Se o rosto sair feio, a área mais burra da mente se assusta. E solta um comando mandando você correr. Começa o enredo de um sonho. Louco, mas a realidade não é muito mais sã. Pense em alguma coisa estúpida. "Martelo", por exemplo. Não existe nenhum lugar na sua cabeça com a definição da palavra "martelo". Tudo o que há é um mosaico de referências: a dor no dedo depois de uma martelada infeliz, a imagem da caixa de ferramentas do seu avô... Elas só se juntam de vez em quando para formar uma ideia sólida, igual acontece com os tijolos mentais que constroem os sonhos. A realidade e o sonhar, na verdade, se completam. E a ciência está descobrindo que uma não existe sem a outra. Vire a página para saber o que os sonhos realmente são. Isso se você não estiver sonhando neste momento.

Você tem 3 vidas paralelas. Uma é esta aqui, de quando você está acordado. Outra é o sono. O sonho é a terceira: duas horas por noite em que o corpo está paralisado, mas algumas áreas do cérebro ficam mais aceleradas do que o normal. Só que de um jeito diferente: de dia, a parte do cérebro que mais trabalha é o gerentão da mente: o córtex pré-frontal, o setor de massa cinzenta logo atrás da sua testa responsável pelo pensamento racional. No sonho é o contrário: essa área apaga e o resto funciona a toda.

Para entender melhor, pense no cérebro como uma escola. De samba. São várias áreas (ou alas, no caso) fazendo tarefas diferentes. Na vida acordada, cada uma faz seu trabalho bonitinho, sob o comando do córtex pré-frontal. Mas à noite é anarquia pura. Livres do controle da gerência, áreas que nunca interagem de dia começam a trocar informações feito loucas. Tipo: passistas da ala das memórias antigas se embrenham na do córtex visual (a parte que processa imagens). Nisso as memórias incitam a produção de um cenário do passado. E você pode sonhar com um lugar bonito para onde foi aos 6 anos de idade. Depois gente de outra ala, a das emoções profundas, aparece por lá. Aí o amor da sua vida pipoca naquela paisagem. E a festa na sua cabeça vai entrando pela noite. Cada vez mais doida.

Chega uma hora que ninguém é de ninguém. Tudo fica misturado. Aí você pode sonhar que seu escritório fica num barco, e que esse barco navega numa avenida. Quer sair voando? Beleza. Nem o pensamento racional nem a gravidade estão lá para impedir. A memória de curto prazo, que depende diretamente do córtex pré-frontal, está desligada também. Então os rostos mudam o tempo todo, você não consegue ler direito... Até por isso seu avatar do sonho é sempre disléxico.

Parece só uma farra mental. Mas não: os sonhos têm um propósito. E justamente o mais inesperado: eles tecem a realidade.

Como? Para começar, eles resolvem seus problemas. Foi o que concluiu um dos neurocientistas mais respeitados do mundo, Robert Stickgold, de Harvard. A base para isso foi uma experiência simples, feita neste ano. A equipe de Stickgold colocou 100 voluntários para andar num labirinto virtual, um daqueles 3D, de jogos tipo Counter Strike. O grupo foi posto para treinar as manhas do labirinto, aprender a navegar nele, por algum tempo. Depois deram um intervalo de 5 horas e chamaram o pessoal de volta para uma prova: ver quem conseguia achar a saída do labirinto mais rápido. Mas tinha um detalhe: os pesquisadores colocaram metade dos voluntários para tirar um cochilo de duas horas. O resto ficou acordado. Na volta, o time dos dormidos se deu ligeiramente melhor que o dos despertos - demoravam alguns segundos a menos para encontrar a saída.

Até aí, nada de mais. Mas veio uma surpresa. Entre os que foram dormir, alguns sonharam com o jogo. Esses tinham virado Ayrtons Sennas do labirinto: melhoraram seu tempo 10 vezes mais que os outros. Os cientistas ficaram eufóricos. Mais ainda depois de ler os relatos dos sonhadores. "O jogo me fez sonhar com uma caverna que visitei - e no sonho ela era tipo... tipo um labirinto", disse um. "Só ouvi a musiquinha do jogo no sonho", falou outro. Mas como isso pôde melhorar o desempenho deles?

Para Stickgold, essas imagens mentais eram apenas uma sombra do que o cérebro dos voluntários fazia de verdade. E o que ele fazia era processar o labirinto no meio da balbúrdia dos sonhos. No caso do rapaz que sonhou com a caverna, por exemplo, estava claro que o jogo se fundia às memórias antigas dele. Era como se a experiência nova, a de aprender a se virar no labirinto, estivesse entrando no meio da escola de samba desgovernada.

Stickgold imagina que, quando o cérebro digere alguma experiência dessa forma, ele faz algo especial: extrai o que há de mais importante nessa experiência. Aí ela fica mais compreensível. E você aprende algo novo sem se dar conta.

A conclusão é ambiciosa. Para o neurocientista, isso acontece com tudo o que o cérebro capta. Nada deixa de passar pela festa dos sonhos. É nela que peças do presente se encaixam com as do passado, formando a imagem mental que temos do mundo. Nessa imagem está tudo o que você sabe, do significado da palavra "martelo" até seus amores e traumas.

Não há uma prova definitiva de que é assim mesmo que tudo funciona. Mas as experiências de laboratório indicam que sim. E as da vida real também. É comum, por exemplo, acordar com uma ideia nova. Prontinha. Já aconteceu com você? Com Paul McCartney aconteceu. Numa manhã de 1965, ele acordou com uma música na cabeça, foi para o piano e tirou a melodia. Ficou estarrecido. "Não acreditava que ela pudesse ser minha", disse. Era, sim. E acabou gravada com o nome de Yesterday. Coincidência uma obra onírica ter virado o maior sucesso comercial da maior banda da história? Talvez não. Satisfaction, a mais célebre dos Stones, também apareceu num sonho - de Keith Richards.

Mas ninguém teve sonhos tão célebres quanto outro sujeito: Freud, que escreveu sobre o assunto usando em grande parte os próprios sonhos como base. Apesar dos avanços da neurociência, suas ideias sobre o mundo onírico continuam respeitadas. Faz sentido? Sim. E não.

A teoria de Freud: os sonhos são a manifestação de desejos reprimidos. Ponto. Vários sonhos, de fato, parecem ser isso mesmo. Se você está com sede, provavelmente vai sonhar que está bebendo água.

Mas o problema nela é óbvio. A maior parte dos sonhos não tem nada a ver com desejo. Uns são tão banais que não podem entrar nessa classificação. Outros são pesadelos. Alguém deseja morrer afogado por uma daquelas ondas gigantes de sonho? Ele sabia que não. Mas batia o pé: os desejos estariam quase sempre disfarçados. Sigmund explica: "Um dia falei para uma paciente, a mais inteligente das minhas sonhadoras, que os sonhos são a realização de desejos. No dia seguinte ela me contou ter sonhado que estava indo viajar com a madrasta", escreveu em seu A Interpretação dos Sonhos, de 1899. "Mas eu sabia que, antes, ela tinha protestado contra o fato de que teria de passar o verão na mesma vizinhança que a madrasta. De acordo com o sonho, então, eu estava errado. Mas era o desejo dela que eu estivesse errado, e esse desejo o sonho mostrou realizado." Acredite. Se quiser.

Por essas boa parte dos pesquisadores de hoje prefere tratar Freud mais como literatura do que como ciência. A gente sonha com água quando está com sede? Usando as analogias deste texto, a explicação seria: o pessoal do sistema límbico foi até a ala do córtex visual e disse que seu corpo estava com sede. O córtex pegou e criou uma imagem que tem a ver com sede. Sem drama. O sonho da paciente inteligente? Bom, às vezes uma viagem de trem com a madrasta é só uma viagem de trem com a madrasta...

Mas alguns cientistas defendem que as pesquisas modernas confirmaram muito do que Freud pensava. Allen Braun, um neurologista célebre, faz uma defesa sólida: "O fato de as regiões do cérebro responsáveis pela memória emocional e de longo prazo ficarem supercarregadas enquanto as do pensamento racional repousam pode ser visto em termos freudianos como o ‘ego’ saindo do comando e dando liberdade ao inconsciente", diz. Mas ele também acha a teoria de Freud defasada.

A interpretação moderna dos sonhos é mais complexa. Quem estuda a mente hoje olha com atenção para os detalhes do sonho de cada pessoa, sem correr atrás de interpretações genéricas. Usar símbolos universais, do tipo "sonhar com água significa x ou y", então, nem pensar. Isso seria subestimar o maior talento do cérebro sonhador : a capacidade de criar metáforas surpreendentes.

Ann Faraday, uma psicóloga americana especializada em sonhos, tem um bom exemplo dessa habilidade poética. Ela estava para ser entrevistada no programa de rádio de um certo Long John Nebel. Aí, na noite anterior, sonhou que um sujeito de ceroulas a ameaçava com uma metralhadora. Símbolo fálico, desejo sexual enrustido... Tem tudo aí. Mas não. A interpretação dela foi bem mais direta. Long John é "ceroula" em inglês, e o apresentador era conhecido por ser particularmente ferino. O sujeito de roupas íntimas, então, era uma metáfora que o cérebro dela arranjou para o nome do sujeito; e a metralhadora, uma para o medo que ela sentia de ser agredida na entrevista. Só isso.

E tudo isso. "Podemos aprender sobre as emoções que nos guiam na vida real se prestarmos atenção nos sonhos", diz o psiquiatra J. Allan Hobson, de Harvard. O exercício aí é tentar decifrar as metáforas dos sonhos, encontrar quais elementos da sua vida estão por trás delas - uma tarefa profunda e pessoal em que nenhum dos dicionários de sonhos já feitos desde a invenção da escrita vai poder ajudar.

E nem sempre será fácil. A psicóloga americana Rosalind Cartwright, por exemplo, concluiu algo paradoxal com base em anos de estudos: que os rejeitados num relacionamento que mais sonham com o ex são os que se recuperam mais rápido do baque da separação. Isso casa bem com as pesquisas de Stickgold: talvez seja o cérebro maquinando formas de lidar com o rompimento, dando um jeito de aliviar a dor. Mas não dá para ter certeza, só especular. Ainda há certas coisas entre a vida real e os sonhos que estão além da ciência. Para começar, não dá nem para saber se você vai acordar daqui a pouco e descobrir que tudo isso foi um sonho. Mas ok. No fundo, dá na mesma.

A incepção
Os invasores de sonhos do filme A Origem deixaram muitas pulgas atrás de muitas orelhas. Espante algumas.

Dá pra pôr ideias na mente alheia?
Sugestões bem dadas antes de dormir podem influenciar o sonho dos outros. Mas nada garante que forçar alguém a sonhar com um carro vai convencê-lo a comprar um, por exemplo.

Dá pra sonhar em um sonho?
É o "falso espertar": você acha que acordou, mas ainda está dormindo.

Dá pra morrer sonhando?
Dá, mas não pelo sonho, mas porque se morre dormindo.

Nossos traumas voltam nos sonhos?
Em fases difíceis, os sonhos recuperam nossas referências máximas de estresse. Para Leonardo DiCaprio em A Origem, era a esposa falecida; já veteranos sonham com a guerra.

Existem sonhos coletivos?
Fora os do tipo Martin Luther King, só ficção científica mesmo.

Sonho dura mais que o sono?
Apesar de o roteiro de A Origem discordar, o tempo do sonho é o mesmo do relógio.

O que é a fase de sono REM?
São as partes do sono em que o cérebro fica mais ativo do que de dia. É nelas que ocorre a maioria dos sonhos. REM é a sigla em inglês para um efeito colateral dessas fases: "movimento rápido dos olhos".

Só lembramos o fim dos sonhos?
Durante os sonhos, a serotonina, neuromodulador que controla a memória, não está presente. A tendência é lembrar só os sonhos do fim do sono, quando ela volta a ser produzida pelo nosso cérebro.

Quantos sonhos temos à noite?
Basicamente, é o número de fases REM: 4 ou 5 vezes por dormida. Eles começam curtos (3 a 4 minutos) e vão ficando maiores conforme a noite avança, chegando a quase uma hora no início da manhã.

Por que nem todos se lembram dos sonhos?
Não é magia, é psicologia: lembra dos sonhos quem decidiu que eles valem a pena ser lembrados. Com motivação, quem esquece seus sonhos vai se lembrar deles - ao menos dos que surgirem no fim do sono.

Terremoto do Japão deixou os dias mais curtos

Superinteressante
Thiago Perin

Nem se anime: isso não significa que a sexta-feira vai chegar mais cedo. Quer dizer, até vai, mas você não vai notar a diferença. O pessoal da Nasa contou que, após o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão na última sexta, 11, os dias estão um pouquinho mais curtos. Um pouquinho mesmo: 1,6 microssegundos. Eles explicam que os tremores causam leves deslocamentos da massa da Terra em direção ao centro do planeta, o que altera a velocidade da sua rotação. Mas calcule aí que cada microssegundo equivale a um milionésimo de segundo e você percebe que, na prática, não muda nada. Mesmo assim, o tempo estar passando mais rápido não é das piores notícias para começar uma segunda-feira, né?