quinta-feira, 30 de abril de 2009

ENEM: Colégio Dom Amando lidera ranking em Santarém


Colégios particulares de Santarém tiram as maiores notas do ENEM


O Ministério da Educação divulgou nesta terça feira (28) a relação das médias das escolas, que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio em 2008.


Segundo a nota técnica do MEC, os resultados disponibilizados referem-se às notas médias, por estabelecimento de ensino, obtidas no Enem do ano passado para os alunos concluintes da escola. As informações quanto à situação de conclusão dos estudantes no Ensino Médio foram extraídas a partir do cruzamento entre os alunos participantes do Enem e os declarados nas séries finais do Ensino Médio no Censo Escolar de 2008, que adota o aluno como unidade de informação.


Em Santarém, a escola que obteve a melhor nota foi o Colégio Dom Amando, com média geral de 61,45. O Colégio Cristo Salvador, ficou em segundo lugar com média 61,10, seguido do Colégio Tapajós com média de 56,42. Em quarto lugar está o Colégio Santa Clara com 57, 32. As quatro primeiras instituições pertencem à rede privada de ensino.


Em quinto e sexto lugar respectivamente, aparecem dois estabelecimentos conveniados ao Estado. A Escola Diocesana São Francisco tirou média 55,46. Depois em sexto o Colégio Diocesano São Raimundo Nonato com média 53,89.


O Álvaro Adolfo, maior estabelecimento de ensino público de Santarém tirou média 48,68, ficando entre os dez mais bem colocados da cidade.


O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Pará se prepara para pandemia de gripe suína


Uma reunião entre os médicos especialistas do Hospital Universitário João Barros Barreto (HUJBB) e da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) será realizada na manhã desta terça-feira (28), às 10h, para definir como as diretrizes do Ministério da Saúde contra a possível pandemia da chamada gripe suína, que já provocou 149 mortes no México e está se espalhando por países vizinhos e Europa, vai ser aplicada no Pará.

Rita Medeiros, médica infectologista e virologista do HUJBB, deve coordenar o tratamento dos casos suspeitos que venham a aparecer no Pará. A prevenção ficará por conta da Sespa. Segundo, a assessoria da Sespa, a reunião desta terça-feira será fechada para a imprensa.

Na segunda-feira (27), foi anunciado que um casal que veio de lua de mel de Cancún, no México, está internado com suspeita de ter contraído o influenza suíno. Na semana passada, um outro caso suspeito, em São Paulo, assustou, mas logo a gripe suína foi descartada.

No México, 110 pessoas podem ter morrido da doença, outra 400 estão hospitalizadas e mais de 1.600 casos suspeitos foram identificados - mas destes, cerca de 1.000 já se curaram e receberam altamédica.
O influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus influenza, de distribuição global e elevada transmissibilidade. A influenza e suas complicações (principalmente as pneumonias) são responsáveis por um volume significativo de internações hospitalares no país. No Pará, o único hospital apto a receber casos suspeitos da doença é o Hospital João Barros Barreto, que fica na Rua dos Mundurucus, 4487, no bairro do Guamá, em Belém.


sábado, 25 de abril de 2009

Jornalista condenada por espionagem no Irã entra em greve de fome

Agencia France Presse, em Teerã

A jornalista Roxana Saberi, 31, condenada no Irã a oito anos de prisão por espionagem, está em greve de fome há cinco dias, declarou seu pai, Reza Saberi, à agência France Presse, neste sábado.

"Começou [uma greve de fome] e hoje [sábado] é o quinto dia", declarou . Roxana Saberi foi recentemente condenada por um tribunal revolucionário de Teerã, sob acusação de espionagem para os Estados Unidos, após um julgamento rápido e a portas fechadas, o que deixou uma infinidade de dúvidas a respeito de sua lisura.

Desde que foi presa, em 31 de janeiro, as acusações contra ela cresceram da suposta compra de uma garrafa de vinho, o que é proibido no Irã, à denúncia por trabalhar de forma ilegal, após expirar seu credenciamento de imprensa.

Finalmente, em 9 de abril, poucos dias antes do início do julgamento, o promotor Hassan Zare Dehnavi acusou-a de espionar o Irã para os Estados Unidos. "Seu advogado apelou da condenação hoje", acrescentou o pai da jornalista.

Saberi, filha de pai iraniano e mãe japonesa, chegou a Teerã há seis anos e, desde então, trabalhou para meios de comunicação britânicos e americanos de prestígio como as emissoras BBC e Fox News. Ela tem duas cidadanias (iraniana e americana), apesar do Irã não reconhecer as duas nacionalidades. Ultimamente, reunia informação para escrever um livro.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Documentário traz bastidores do julgamento dos assassinos de Dorothy


'Mataram Irmã Dorothy' está em cartaz nos cinemas. Filme mostra queda de braços entre missionária e fazendeiros no Pará.


Com o rosto inchado e sujo de terra, o corpo de Dorothy Stang é encontrado crivado de balas, jogado em uma estrada no meio da floresta. A fotografia da freira morta fica na cabeça de quem assiste ao documentário “Mataram Irmã Dorothy”, que está em cartaz nos cinemas brasileiros. É assim, mostrando o que muita gente não quer ver, que o filme dirigido pelo norte-americano Daniel Junge conta a história do assassinato da missionária e explora os bastidores do julgamento de quatro dos cinco acusados pelo crime.

Stang foi morta com seis tiros em 12 de fevereiro de 2005 no município de Anapu (PA), a sudoeste de Belém. Ela lutava pela implantação de um Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), um tipo de assentamento de reforma agrária que causa menos impacto ao meio ambiente.

Em 94 minutos, Junge consegue retratar em detalhes a realidade da fronteira amazônica, onde a floresta cede lugar aos pastos e a Justiça está longe do alcance da maioria da população. “É muito difícil você sobreviver quando aborrece alguma pessoa naquela região”, sentencia, durante o filme, o advogado Américo Leal, chefe da equipe que defende os acusados pela morte da freira.
O documentário começa com lugares-comuns, mostrando a beleza da selva, os caminhões carregados de madeira, a prisão dos pistoleiros e a chegada do irmão de Dorothy ao Brasil. A história começa a mudar, contudo, quando são ouvidas as lideranças locais, que não encaravam com bons olhos a presença da missionária em Anapu. A tensão – e a indignação – cresce com o início do julgamento dos acusados. Os pistoleiros que confessaram o crime mudam várias vezes seu depoimento ao longo do processo, isentando de culpa os supostos mandantes.

A acusação se vê perdida no meio dos papéis na frente do juiz, e a defesa acusa a própria Dorothy de incitar a violência na região. O filme não toma partido na história, mas é clara a crítica ao sistema judiciário brasileiro. “Quem tem dinheiro no Brasil não vai preso”, resume no documentário o pistoleiro Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos de reclusão por participar do assassinato.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Memórias!!

Acho que pela primeira vez vou dividir com os leitores deste blog umas linhas que retratem meus pensamentos e, principalmente, meus sentimentos. Sou uma pessoa muito reservada quando o assunto é sentimento, mas, ultimamente, tenho tanta coisa que sinto a necessidade de dividir com alguém. E me vejo só, sem saber com quem, afinal quem quer ouvir as lamúrias do outro, “a vida já é dura pra que se importar!!!”.
Então, resolvi escrever neste espaço que é meu, e, claro, público e livre, portanto, quem não estiver afim poderá ignorar este post e ler os demais. Aos que resolverem passar a vista terão minha gratidão. Então vamos ao “facto”.

Nos últimos dias tenho andado meio distraída, impaciente e indecisa. Com um aperto no peito e uma dor que vem não sei de onde.

E ontem, entre uma pauta e outra, a palavra “desprezo” me veio à mente como que uma revelação: “e se o que está me afligindo nada mais é do que a dor do desprezo!!”. Durante todo o dia de ontem me mantive ocupada para não pensar no assunto. Mas à noite, no silêncio do quarto e com a cabeça em cima do nosso mais fiel companheiro: o travesseiro!! não tive mais como fugir e a realidade me atingiu como uma formiga: silenciosa e imperceptível ela sobe pelos nossos pés e ao menor movimento... já era, você só senti a dor incômoda da picada!!

Mas, afinal, qual o significado da palavra “desprezo” e de que forma ela pode ser sentida por nós. De uma coisa eu sei: tudo depende de quem é o agente da oração. Afinal, não permitimos que qualquer um tenha esse poder de nos abater.

Então, a dor será profunda se o agente que nos despreza for alguém que se ama e que se quer bem. Esses sim são todos os sujeitos da oração, não importa se é simples, composto, indeterminado ou, muitas vezes, inexistentes, e mesmo quando a oração é sem sujeito, há um agente que apenas não quis se declarar. E dói, dói tanto sentir que você não faz mais parte da vida do outro. Dói ver que sua falta não é sentida e que você não era realmente importante.

Não me refiro somente ao orgulho, é claro que o ego também sofre um baque, mas é difícil ver que tudo o que se construiu com alguém não faz mais sentido nenhum e que de uma hora pra outra foi esquecido.

Então a dor do “desprezo” deve ser uma reunião de várias dores; e a dor da perda vem encabeçando todas elas. Mas, confesso que ainda não sei expressar o que seria essa dor, por isso, coloquei abaixo as palavras do Reginaldo Cordoa, que tenta descrever esse sentimento tão injusto.

Abraços!


Carla Ninos



A dor do desprezo.

“Alguma vez, você já ficou sem o chão?
Sim, exatamente isso, sem o chão? Você não leu errado.
Alguma vez, você ficou assim, meio que parecendo um bobo, perdido como uma barata tonta?
Tenho certeza que sim.
Às vezes acontecem algumas coisas ruins em nossas vidas, que literalmente nos tiram o chão. O anuncio da demissão, a morte prematura de alguém muito querido, o desencontro, o diz que me disse envolvendo o nosso nome, uma acusação leviana entre muitas outras situações tão corriqueiras nos nossos dias. Nestes momentos, a decepção com os fatos, sempre nos faz morrer um pouco. Esse “de repente”, esse chega pra lá que levamos, que nos pega de calças curtas, é extremamente nocivo a nossa saúde, são momentos que podem nos lançar a instantes depressivos ou ainda a uma depressão profunda.
Entre muitas situações ruins, encontramos algo simplesmente devastador.
O desprezo.
Ai! Como dói o desprezo.
Ser desprezado é uma das mais terríveis formas de sofrimento. Em qualquer situação vivemos a expectativa de bons resultados e o desprezo frustra esta expectativa. E quando o desprezo parte de alguém que queremos bem, de alguém que amamos é muito pior. Neste caso realmente perdemos o chão. Sentimos apenas o desamor da pessoa amada...”


Reginaldo Cordoa

"Eleição de Dilma seria simbólica para democracia"


Uma eventual eleição da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a Presidência em 2010 seria um "acontecimento duplamente simbólico e lisonjeiro para a democracia brasileira", segundo o jornal francês Le Monde da quarta-feira. "Imaginemos o Dilma representa: uma mulher, pela primeira vez presidente, oito anos depois da eleição de um operário", justifica o diário.


Em um artigo que traça o perfil e a trajetória política da ministra, o Le Monde apresenta como a ex-militante radical de esquerda que hoje tem a reputação de "dama de ferro" e que é a mais provável candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais do ano que vem.

"Você vai ouvir falar dela cada vez mais, de agora até o fim de 2010", diz o artigo. "Porque Dilma - evitemos 'Dilminha', uma intimidade da qual ela não gosta - está se tornando a grande estrela da política brasileira."Segundo o Le Monde, os trunfos da ministra são "a inteligência, a força de trabalho e as qualidades de administradora". Mas o jornal lembra que seu "defeito" é nunca ter enfrentado uma eleição.

'Bisturi'
O diário francês afirma que para tentar superar esta desvantagem e se aproximar mais do eleitorado, Rousseff conta com os conselhos e a ajuda de Lula, e está tratando de se tornar cada vez mais conhecida. "Ela está 'metendo os pés no barro'. Há vários meses, está em uma acelerada campanha pré-eleitoral, sempre acompanhando o presidente em suas atividades oficiais", diz o Le Monde. "Muitos instrumentos do PT foram colocados à sua disposição para tramar para ela uma rede nacional.

"O jornal revela ainda que a ministra passou recentemente por uma transformação em sua imagem. "Alguns cortes apropriados de bisturi rejuvenesceram e suavizaram seus traços. Ela perdeu 10 kg, adotou um penteado mais moderno e mais ruivo, e substituiu seus óculos de miopia por lentes de contato. Ela cuida melhor de sua maquiagem, sorri com mais freqüência e usa palavras mais simples em público."

"O 'produto' Dilma está quase pronto para ser vendido", conclui.O Le Monde lembra, no entanto, que apesar da imensa popularidade de Lula, a vitória de Rousseff em 2010 não está garantida.

"Ela possivelmente terá como adversário um homem de peso, José Serra, governador de São Paulo e ex-rival derrotado por Lula em 2002."

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pesidente Lula terá blog e coluna em jornais

Sérgio Matsuura- Jornalista


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai ganhar um blog para servir de canal de comunicação das ações do Governo. O nome provisório é Blog do Planalto. Já existe uma versão de teste pronta. Faltam apenas alguns ajustes jurídicos, a contratação de pessoal e a implantação de medidas de segurança. O site deve ir ao ar em uma ou duas semanas após a resolução desses problemas.

O Blog do Planalto vai seguir o modelo do blog da Casa Branca, do presidente norte-americano, Barack Obama. A ideia do Governo é servir de fonte de informação diretamente para a população. Atualmente, o site da Previdencia disponibiliza conteúdo direcionado para a imprensa, como imagens, íntegras de discursos, a agenda do presidente, entrevistas, entre outras informações sem nenhum grau de edição.

O novo canal trará matérias já editadas, em vez do material bruto. Além disso, será criado um canal no Youtube para a veiculação de vídeos. Medidas para a divulgação do conteúdo em sites de relacionamento e na blogosfera também serão tomadas.


PS: E quem quiser conhecer o blog da Casa Branca é só dar uma olhada nos meus blog's favoritos - "eu leio!" - e acessar o link. É bem legal, mas (claro) está em inglês.. Bem, ainda sim, vale a pena conferir!!

No Rio, ator de 'Harry Potter' fala sobre bastidores de filmagens

Alfred Enoch interpreta Dino Thomas na série de filmes. Filho de brasileira, ator conta como conquistou o papel.


Quem vê o britânico Alfred Enoch, de 20 anos, andando pelas ruas do Rio como quem está em casa nem imagina que ele faz parte do elenco fixo de uma das maiores franquias de Hollywood: "Harry Potter". "Tenho muita sorte", diz o ator em português fluente, aprendido com sua mãe, que é brasileira.

Na série do bruxinho, Alfred - ou simplesmente Alfie, como prefere ser chamado - interpreta Dino Thomas, estudante da Escola Hogwarts, amigo do protagonista, conhecido por narrar os jogos de quadribol. Ele está na franquia desde o primeiro filme e também estará em "Harry Potter e o enigma do príncipe", que estreia por aqui em 17 de julho.

Assim, desde os 11 anos, a rotina de Alfie é se dividir entre as filmagens de "Harry Potter" e os estudos, ao lado de seus companheiros de elenco Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint e outros. "Crescemos juntos, e a amizade fica cada vez mais forte; isso ajuda muito a fazer os personagens, que também são muito amigos", afirma o ator, sempre com um sorriso no rosto.

"Estar no set é sempre muito divertido. As filmagens nunca me atrapalharam, o problema era que eu tinha de estudar mais para compensar as aulas que perdia na escola", conta Enoch, que hoje frequenta a Universidade de Oxford, onde cursa Letras com habilitação em português e espanhol.


Teste garantiu entrada
Filho do ator veterano William Russell, com uma extensa carreira na TV e no teatro britânicos, Alfie chegou à franquia por meio de um teste, mas também contou com um "empurrãozinho" paterno. "Sempre quis ser ator, imitar meu pai, mas nunca pensei que conseguiria. Quando tinha dez anos, ele me levou para fazer um teste para uma peça de teatro de Londres, e eu consegui o papel.

Um tempo depois, recebi um telefonema da produção do 'Harry Potter': eles tinha me visto no teatro e queriam que eu fizesse um teste para ser Dino Thomas."

Na época, Alfie já era fã dos livros de J.K. Rowling e sabia que a adaptação para o cinema tinha um grande potencial de sucesso. Ele conta que no início achou que não passaria no teste, devido à sua cor de pele. "Nos livros não está escrito que o Dino é negro, por isso pensei que não seria aprovado", diz. Mas logo o ator recebeu uma resposta positiva. "Fiquei muito feliz; era uma oportunidade incrível."

Rotina de filmagens
Atualmente, Alfred Enoch diz que o deslumbre inicial com a superprodução já não existe mais. "No meu primeiro dia no estúdio, tudo era muito estranho. Depois, a gente se acostuma e começa a achar tudo normal. Mas, até hoje, quando tenho tempo para parar e olhar em volta vejo como estar ali naquele cenário é extraordinário."

O ator também se encanta com a atenção dos fãs, sempre que é reconhecido nas ruas e nas pré-estreias dos longas. "No primeiro filme, meu personagem era pequeno, mas as pessoas já sabiam meu nome. Pensei: isso não pode ser verdade!", diz Afred. "A dedicação dos fãs de Potter é algo muito especial, isso me emociona muito. Eles são capazes de ficar horas esperando no frio só para te ver e dizer oi."

Alfie já está na contagem regressiva para a próxima pré-estreia, em meados de julho, quando "Harry Potter e o enigma do príncipe", sexto filme da série, chega aos cinemas. O ator diz que está tão ansioso para o lançamento quanto os fãs, mas se nega a adiantar qualquer detalhe sobre a nova produção. "Você não imagina como eu gostaria de poder contar, mas não posso", diz rindo.

sábado, 18 de abril de 2009

Eu leio SUPER INTERESSANTE!!!

A Revista SuperInteressante Especial deste mês de abril mergulha no mundo misterioso das religiões e questiona: "DEUS: o que existe acima de nós?"
Realmente imperdível, pessoas qualificada falam sobre o tema, como o cardeal arcebispo de São Paulo e pastor de mais de 6 milhões de católicos, dom Odilo Scherer; o geneticista e ex-coordenador do Projeto Genoma, Francis Collins, um cientista que acredita em Deus; filósofos e psicólogos; além de alguns dos grandes homens notáveis da nossa era.
Edição maravilhosa para os curiosos de plantão que querem saber mais sobre Deus nas
principais religiões do mundo.



Algumas opniões sobre Deus:

"Acaso talvez seja o pseudônimo usado por Deus quande Ele não quer assinar Suas obras."
Théophile Gautier, poeta e dramaturgo francês (1811-1872)


"Deus está nas coincidências."
Nelson Rodrigues, dramaturgo e escritor brasileiro (1912-1980)


"Segurei muitas coisas em minhas mãos, e perdi todas. Mas tudo que coloquei nas mãos de Deus ainda tenho."
Martin Luther King, pastor ativista político americano (1899-1984)


"Uma prova de que Deus está conosco não é o fato de não cair, mas de se levantar depois de cada queda."
Santa Teresa de Ávila, religiosa e escritora espanhola (1515-1582)


"Para os crentes, Deus está no princípio das coisas. Para os cientistas, no final de toda reflexão."
Max Planck, físico alemão, pai da Teoria Quantica (1858-1947)


"Deus é um comediante atuando diante de uma platéia assustada demais para rir."
Voltaire, filósofo e iluminista francês (1694-1778)


"Deus não tem religião."
Mahatma Gandhi, líder político e espiritual indiano (1869-1948)


"Aprendi que devíamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que Lhe pedimos."
Willian Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês (1564-1616)


"Ao criar o homem, Deus superestimou Sua capacidade."
Oscar Wilde, escritor irlandês (1854-1900)


"O homem em seu orgulho, criou Deus à sua imagem e semelhança."
Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844-1900)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Justiça do PA proíbe publicação de imagens de vítimas de violência

Uma decisão da Justiça do Pará proíbe que O Liberal, Diário do Pará e Amazônia publiquem fotos de pessoas vítimas de acidentes e mortes brutais que possam implicar em ofensa à dignidade humana e ao respeito aos mortos. O pedido partiu do Movimento República de Emaús (CEDECA), da Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e do Governo do Estado. A 4ª Câmara Cível Isolada do TJ-PA acolheu voto da desembargadora Eliana Abufaiad. Se descumprirem a decisão, os jornais pagarão multa diária de R$ 5 mil.

“Os leitores do Pará gostam de jornalismo policial, já é uma tradição por aqui. E os jornais investem muito nisso. O Liberal, por exemplo, tem um caderno só dedicado a notícias policiais com seis páginas. É importante salientar que o Pará é um estado com extrema violência. A guarda nacional está até por aqui. É uma pena essa decisão porque não poderemos mostrar realmente o que está acontecendo. Isso é bom para o governo do Estado”, disse Mauro Mendonça, chefe de reportagem do O Liberal e produtor do jornal Amazônia. Segundo ele, os diários ainda não foram notificados. “Vamos recorrer, com certeza”, avisa.
A decisão trata da “proibição imediata da utilização, nos jornais de suas responsabilidades, de fotos/imagens de pessoas vítimas de acidentes e/ou mortes brutais e demais imagens que não se coadunem com a preservação da dignidade da pessoa humana e do respeito aos mortos, evitando-se, com isso, a utilização de imagens chocantes e brutais, sem qualquer conteúdo jornalístico, mas com intuito meramente comercial”.

Segundo consta na decisão, “há aparente conflito de direitos fundamentais, quais sejam o de livre manifestação e o da inviolabilidade da esfera íntima (art. 5º, X do CF), quando, no foco, encontra-se a liberdade de imprensa. Se, por um lado, é garantido aos meios de comunicação noticiar acontecimentos e expressar opiniões, por outro, não podemos olvidar o direito dos cidadãos à inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem”.

Censura prévia
A Associação Nacional de Jornais disse estar consciente de que a legislação prevê casos em que a imprensa não deve reproduzir determinadas imagens e “como não poderia deixar de ser, recomenda a seus associados que cumpram esses dispositivos legais. Ressalta, entretanto, que apenas no caso de descumprimento dessas normas cabe ao Judiciário, provocado ou não pelos prejudicados, por pessoas a eles ligadas ou pelo Ministério Público, tomar as medidas cabíveis. A interdição geral e a priori é uma descabida censura prévia que viola frontalmente o espírito e a letra da liberdade de expressão assegurada pela Constituição Federal”.

A ANJ recomendou que os diários recorram da proibição para que “o mesmo Poder Judiciário que decidiu pela censura prévia restabeleça a Liberdade de Expressão. O direito à informação, mais do que dos meios de comunicação, é de toda sociedade”.

Viver e Aprender!!!

Aprendi que aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora.

Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando-se como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida, luzes de árvore de Natal emboladas.

Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando se forem.

Aprendi que 'ganhar a vida'[making a living] não é o mesmo que 'ter uma vida' [making a life].

Aprendi que a vida às vezes nos oferece uma segunda oportunidade.

Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora; tem que saber abrir mão de algumas coisas.

Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração, em geral vem a ser a decisão correta.

Aprendi que mesmo quando tenho dores, não tenho que ser um saco.

Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém. As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples tapinha nas costas.

Aprendi que ainda tenho muito o que aprender.

Aprendi que as pessoas esquecem o que você diz, esquecem o que você faz, mas não esquecem como você faz com que se sintam.



Eu ainda não aprendi estas coisas, mas juro que estou tentando.....

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Campanha em prol dos desabrigados de ALTAMIRA

O Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará está mobilizando a cidade de Santarém e região para ajudar a cidade de Altamira que sofre com as enchentes provocadas pelas fortes chuvas. Mais de 15 mil pessoas foram atingidas, mil pessoas estão desabrigadas, algumas famílias foram levadas para o parque de exposições da cidade e parte do município está sem água.

A campanha tem por objetivo arrecadar roupas, calçados, alimentos não perecíveis, colchões e cobertores. O Hospital Regional será o posto de coleta e ainda este mês será enviada a primeira remessa com os materiais arrecadados.

Açudes transbordaram e a força da água atingiu casas, lojas e ruas. Com a força das águas, três barragens construídas por fazendeiros para atividades agrícolas cederam e se juntaram às águas do igarapé Altamira e rio Xingu, inundando 13 bairros. A cidade chegou a ficar isolada.

Portanto, a situação é muito grave, desoladora e emergencial. Desta forma, o Hospital Regional de Santarém, por fazer parte da rede pública estadual de saúde e também por estar comovido com a situação de Altamira resolveu desenvolver esta campanha para arrecadar roupas, calçados, alimentos não perecíveis, colchões e cobertores. O Hospital Regional será a concentração destas arrecadações.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Homenagem à Professora Gersonita

Quem foi aluno dela já deve, pelo menos uma vez, ter declamado este poema em sala de aula. Uns com performances memoráveis, como minha amiga Bárbara Carneiro sempre costuma lembrar em nossos encontros rotineiros.
Pensando agora, sempre que nós reuníamos nossa turma costumávamos lembrar da professora Gersonita e dos seus poemas.


As pombas

Raimundo Correia

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...

sábado, 11 de abril de 2009

Como treinar o cahorro a obedecer?

Descobri um blog irado para ajudar aqueles marinheiros de primeira viagem, quando o assunto é: cachorro!!! (pensaram no quê? rsrsrs..).


Ah, mas não é só de cachorro que ele entende. Se você é daqueles que não resiste e acaba criando os mais variados tipos de bichinhos e têm algumas dúvidas sobre eles, então manda um email para o Alexandre Rossi: faleconosco@caocidadao.com.br. Saca só essas dicas abaixo:


Com medo de perder o carinho do cão, muitas pessoas acabam não usando a palavra “não” da maneira correta. O bicho precisa enxergar você como um líder. Por isso, agir com firmeza é essencial para que você ganhe esse respeito e confiança do animal.

A importância do fracasso
Se você quer mesmo que o seu cachorro aprenda e respeite o significado da palavra “não”, é importantíssimo que ele fracasse sempre na tentativa de fazer alguma coisa errada.
Inclusive esse é um ótimo exercício de paciência e persistência pra você: se o cachorro te vencer pelo cansaço, o treinamento vai por água abaixo! Lembre-se: só há vontade de tentar se há chance de conseguir e seu cão sabe muito bem disso!

Sem exceções!
Portanto, não abra exceções: se o cachorro não deve subir no sofá, então não deixe que ele o faça em hipótese alguma! Se durante o exercício você permitir que o cão suba no móvel uma única vez, ele vai entender que sempre existe uma possibilidade de conseguir o que quer.

Treinando o “não”
Existem vários exercícios práticos que podem te ajudar a ensinar para o cão o significado da palavra “não”.
Um deles é bem simples: coloque um petisco no chão, pode ser um biscoito, bem na frente do cachorro, e diga “não!” sempre que ele tentar pegar a guloseima. Certifique-se que ele não conseguirá, de jeito nenhum, pegar a recompensa. Para isso, você pode usar uma guia ou se conseguir, impedi-lo com a própria mão.
Faça o exercício várias vezes. Sempre que o cão te respeitar e não manifestar nenhuma intenção de roubar o biscoito, recompense-o pelo comportamento certo com carinhos e petiscos.

Coisas proibidas
Também há algumas situações que nos permitem praticar ainda mais o exercício do “não” no dia a dia. Por exemplo: quando seu cachorro pula em você pra tentar roubar os biscoitos que estão na sua mão antes de oferecê-los pra ele. Nesse caso, chegue bem perto do cão e faça aquela festa. Se ele pular, diga “não!” e vire-se de costas imediatamente. Repita a ação toda vez que o cachorro pular em você nessas circunstâncias. Mas, atenção: não se esqueça de recompensá-lo todas as vezes que ele agir da maneira correta.
Colocando estas dicas em uso, logo você vai dominar o “não!” e se tornar o verdadeiro líder da sua matilha, e tudo isso sem perder o carinho do seu cãozinho!

Escavações podem confirmar existência histórica de 'minas do rei Salomão'



Extração industrial de cobre na Jordânia é contemporânea do monarca. Mineração seria feita por reino vassalo; especialista contesta estudo.


A velha briga para determinar o que é fato e o que é lenda nos textos bíblicos acaba de passar por mais uma reviravolta -- e quem saiu ganhando foi o glorioso reino de Salomão, filho de Davi, que teria governado os israelitas há 3.000 anos. Escavações na Jordânia sugerem que a extração de cobre em escala industrial no antigo reino de Edom -- região que, segundo a Bíblia, teria sido vassala dos reis de Israel -- coincide, em seu auge, com a época do filho de Davi. Em outras palavras: as célebres "minas do rei Salomão" podem ter existido do outro lado do rio Jordão.

Rejeitos da extração de cobre têm 6 metros de comprimento.


A pesquisa, coordenada pelo arqueólogo Thomas E. Levy, da Universidade da Califórnia em San Diego, está na edição desta semana da prestigiosa revista científica americana "PNAS" , e bate de frente com os que duvidam da existência de uma monarquia poderosa em Jerusalém durante o século 10 a.C. Segundo esses pesquisadores, como Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv, tanto a região de Jerusalém quanto a área de Edom, onde as minas foram encontradas, eram habitadas por uns poucos aldeões e pastores nômades nessa época. O surgimento de reinos politicamente bem organizados e capazes de empreendimentos de larga escala só teria sido possível por ali cerca de 200 anos depois.

Levy discorda. "O que nós mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga escala e a presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado arcaico, nos séculos 10 a.C. e 9 a.C. em Edom. Trabalhos anteriores afirmavam que o que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados simplesmente mostram que a história de Edom no começo da Idade do Ferro precisa ser reinvestigada usando ferramentas científicas", declarou o arqueólogo ao G1.

COBRE EM ABUNDÂNCIA?
A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-Nahas (em árabe, "as ruínas de cobre"), ao sul do mar Morto, que o tamanho da atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos.

Numa escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram pouco mais de 6 m e montaram um quadro em alta resolução da história de Khirbat en-Nahas. A ocupação começa com uma estrutura retangular de pedra, com protuberâncias ou "chifres". "Pode ter sido um altar", conta o arqueólogo -- esses "chifres" eram usados como plataforma para besuntar o sangue dos animais sacrificados na antiga Palestina. Acima dessa estrutura, ao menos duas grandes fases de extração de cobre estão documentadas, com paredes de pedra que serviam como instalação industrial.

Vista aérea do sítio de Khirbat en-Nahas, com antiga fortaleza em formato quadrado abaixo, no centro.


Uma das formas de datar a atividade mineradora é a presença de artefatos egípcios -- um escaravelho e um colar -- que aparentemente datam da época dos faraós Siamun e Shesonq (chamado de Sisac na Bíblia) -- o século 10 a.C. Mas os pesquisadores também usaram o método do carbono-14 para estimar diretamente a idade de restos de madeira usados para derreter o minério e extrair o cobre. O veredicto? O mais provável é que a atividade industrial na área tenha começado em 950 a.C., data equivalente ao auge do reinado de Salomão, e terminado em torno de 840 a.C.

E não é só isso: escavações numa fortaleza próxima também sugerem uma construção na era salomônica, durante o século 10 a.C. Segundo o relato bíblico, Salomão usou vastas quantidades de bronze (cuja matéria-prima, ao lado do estanho, era o cobre) na construção do templo de Jerusalém. Também teria continuado o domínio estabelecido por seu pai Davi sobre Edom e financiado uma frota de navios mercantes que saíam do litoral edomita em busca de produtos de luxo.

Levy diz que os dados obtidos em Khirbat en-Nahas são compatíveis com o quadro do Antigo Testamento, mas mostra cautela. "Se as atividades lá podem ser atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia Unida israelita, pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um outro grupo, é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando", ressalta ele.

ILUSÃO?
A pedido do G1, o arqueólogo Israel Finkelstein comentou o estudo na "PNAS" e fez pesadas críticas. Para começar, Finkelstein não reconhece a região de Khirbat en-Nahas como parte do antigo reino de Edom, porque o sítio fica nas terras baixas jordanianas, e não no planalto do além-Jordão.

Pesquisadores reconstruíram lugar em realidade virtual para localizar amostras de forma precisa.

"Na época em que Nahas está ativa, não há um único sítio arqueológico no platô de Edom, que só passa a ser ocupado nos séculos 8 a.C. e 7 a.C.", diz o pesquisador israelense. "A mineração em Nahas não tem a ver com o povoamento de Edom, mas com o do vale de Bersabéia [parte do reino israelita de Judá], que fica a oeste, ao longo das estradas pelas quais o cobre era transportado até o Mediterrâneo", afirma.

Finkelstein também critica o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de mineração como base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar o sítio arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente "bagunçados" de terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é posterior ao século 10 a.C.

"Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei Salomão equivale a ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa existir algum fundo histórico nesse material, grande parte dele reflete a ideologia e a teologia da época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por volta dos séculos 8 a.C. e 7 a.C. Os dados de Nahas são importantes, mas não vejo ligação entre eles e o material bíblico sobre Salomão", arremata Finkelstein.

Levy preferiu não responder diretamente as críticas do israelense, embora um artigo anterior de sua lavra aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação cultural entre os habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. "Suponho que, toda vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é natural que o debate se torne emocional", diz ele.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O jornalismo é uma cachaça, um sacerdócio ou são os dois?


Pinheiro Júnior - Jornalista




Dia do Jornalista 7 de abril – não passou nem passará em brancas nuvens. Porque todo dia é Dia de Jornalista.

Parece paródia ao Dia do Índio, essa criatura que deveria ser reverenciada e comemorada o ano todo como preito de culpa e culto de arrependimento de uma civilização que não cuidou de salvar a própria alma nativa. É uma tardia confissão da barbárie praticada contra os primeiros donos do Brasil. Senhores da terra dizimados a faca e a fogo pelo colonizador alienígena cujos descendentes agora se proclamam piedosos.

Mas a similitude índio-jornalista não pára ai. Nem se trata apenas de uma parodiazinha vulgar de quem gosta de curtir o delírio do racional. Principalmente agora, quando tudo parece conspirar com uma nova extinção também de patrocínio alienígena – a extinção do repórter.

E o repórter, como se sabe, é o jornalista em estado/estágio nativo. Em estado bruto. Melhor dizendo: em estado de beatitude e pureza. E que deveria ser preservado e perpetuado como garantia e seguro de sobrevivência para o jornal como hoje o jornal se apresenta. Ou deveria se apresentar para não ser engolido, mastigado e defecado pela internet ou algo que o valha e vem por aí. Não tenham dúvidas.

Todo dia é Dia de Jornalista é uma frase boba, convenhamos. Mas que oferece de cara um reconhecimento, vamos dizer, de justiça universalizada à sacrificada, sofrida e até mesmo vilipendiada profissão do trabalhador (da pena!, como se dizia) que mantém a sociedade informada, bem ou mal, levando-a a pensar e pesar acontecimentos destinados à História menor ou maior. É ainda a menos burocrática e mais amplamente solicitada das profissões que os tempos modernos conseguiram produzir desde os característicos anos do século XX. Os tempos dos gênios da comunicação Charlie Chaplin e John Reed (lembram-se deles?). Afinal a Era da Comunicação nasceu mesmo uns quatrocentos anos depois de Gutenberg. Gestou e veio à luz devagarinho, um panfleto aqui, um jornalzinho manuscrito ali, o primeiro hebdomadário acolá e, derepentemente, olha o jornal diário precisando de gente para ser feito e colocado na rua, nas mãos do povo, azucrinando poderosos ou bajulando tiranos. Enfim, a biodiversidade jornalística é vasta e incontrolável, rádio e TV à parte. Quer dizer, incontrolável (rádio, tv e internet à parte) até certo ponto.

Mas vamos ficar só nos jornais nascentes que pediam gente mesmo. E que haveriam de se especializar: jornalista, repórter, cinesíforo, gráfico, redator, noticiarista, articulista, cronista, escritor, panfletário, desenhista, diagramador, publicitário, comentarista, crítico, escritor, daguerreotipista, fotógrafo. E tanto mais solicitado passou a ser o jornalista de todas as gamas e tempos, espectros e aspectos porque a sociedade se fez exigente de conhecimento e mais saber. Um saber curativo da ignorância clássica (e crassa) que nem mesmo os cientistas de todas as áreas puderam prescindir.

Porque, como reza outro jargão popular, o jornalismo é também um sacerdócio. Exigindo dedicação que pode subestimar a fé que move montanhas, mas se impõe independente até da vontade interior dele - o jornalista. Noticia-se por compulsão. Quem ignora?

O jornalista de verdade é um compulsivo. É aquele que apura notícia e faz jornal 24 horas por dia, 365 dias por ano, até de férias ou desempregado. E escreve, escreve, escreve “ainda que se lhe cortem as mãos”.

Exagero? Pois lembremos que ele — o jornalista que somos nós! - acorda e vai tomar café com a notícia na boca, ou nas bocas que a tv lhe impõe cara-a-cara, e o jornal lhe empurra goela abaixo servido madrugadinha como o pão de cada dia. Pão que o padeiro às vezes tarda mas o jornal não falha. Não raro o chefe de reportagem ou o seu — nosso! — editor não cerca o repórter pelo telefone ou por e-mail para lhe adiantar a pauta que muito provavelmente você vai ter que cumprir saindo diretamente de casa.
Todo dia é ou não é Dia de Jornalista? E jornalista que não se informa bem sobre tudo e sobre todos, toda hora, não é jornalista. Assim, é preciso se informar bem. Inclusive a caminho do jornal.

Quem sabe papeando com o taxista (esse sabe tudo!) ou com quem quer que encontre nas ruas. É ou não é assim?


Na redação - ah na redação! — não há tempo senão para correr atrás da apuração ou voar por vezes virtualmente para a entrevista pautada, para a substituição no plantão do grande caso do dia. O dia que corre tão rápido, mas tão rápido que quando vemos já estamos no botequim discutindo... notícia... para relaxar! E à noite, quando se chega à cama e é possível dormir, como deixar de sonhar com aquela manchete, com aquela nota-bomba, com a crônica que terá de ser escrita antes mesmo do primeiro cafezinho da manhã? Ou do último drinque no derradeiro bar da madrugada?


Jornalismo é uma cachaça, cara! O patrão paga mal e a gente continua lá, escravizado (no bom ou no mau sentido?), submisso enquanto a conscientização não desembarca nas cabeças diplomadas e os recursos não chegam para opinar/discordar/escolher na medida em que nós — repórteres, redatores, editores - não evoluímos profissionalmente para podermos impor a verdade dos fatos, as versões que não sejam apenas as da conveniência dos donos disso que hoje chamamos de mídia. Aliás, para início de conscientização de discordância e elegia do delírio do real, abominemos essa palavrinha obscena oriunda das estranjas tão asséptica e massificada como eles - os midiáticos seniores - querem que o poder da comunicação jornalística continue sendo.

Mídia não, jornalismo sim!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Brasil e Grécia firmam acordo sobre extradição




O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reúne-se hoje (3), em Atenas (Grécia), com a ministra grega dos Negócios Estrangeiros, Dora Bakoyanis, com o presidente Karolos Papoulias e com o primeiro-ministro do país, Konstantinos Karamanlis.

Durante os encontros, eles vão assinar memorandos para consultas bilaterais em nível de ministro e de cooperação entre academias diplomáticas.

Também haverá assinatura de acordos sobre extradição, de cooperação econômica, científica e tecnológica e sobre o exercício de atividades remuneradas por parte de dependentes do pessoal diplomático, consular, militar, administrativo e técnico.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cinco argumentos contra a obrigatoriedade do diploma



Folha On Line


* A melhor forma de melhorar a qualidade das faculdades de jornalismo é derrubar a obrigatoriedade do diploma. Vão sobreviver as escolas que realmente fizerem a diferença.

* Se fosse verdade que é necessário diploma para fazer bom jornalismo, o que se fazia no Brasil antes de 1969?

* Se fosse verdade que é necessário diploma para fazer bom jornalismo, o que se faz nos EUA? Na Inglaterra? Na França? (pra ficar só em três)

* A falta de diploma não avilta os salários. A Folha paga salários tão altos quanto qualquer jornal, se não mais altos.

* É ridículo dizer que as empresas querem o fim do diploma obrigatório para pagar menos. Não só porque os fatos provam que isso é mentira (ver ponto 4), mas porque o que qualquer empresa quer é ter os melhores profissionais. Os mais competentes. Os mais inteligentes. Os mais bem formados.


Observação: "não sou contra as escolas de jornalismo. Mas também sou a favor de que o aspirante a jornalista possa dedicar seu precioso tempo a outro tipo de formação, se julgar que é isso que vai deixá-lo mais preparado para fazer um bom trabalho".

Um jornalista precisa fundamentalmente:
a) entender do assunto que vai cobrir, para não ser usado pelas fontes;
b) saber levantar informações relevantes que os poderes querem esconder;
c) transformar as informações numa história articulada e compreensível.

Escolas de jornalismo não resolvem o ponto a. Poderiam até ajudar muito no b e no c, mas minha experiência mostra que não fazem isso. Os pontos b e c podem ser aprendidos em cursos de especialização ou até na prática.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Como surgiu o "Dia da Mentira"?


O primeiro de abril se tornou oficialmente o dia da mentira no ano de 1501, logo que os portugueses chegaram ao Brasil, por conta de brincadeiras que os índios faziam com os colonizadores, enganando-os a respeito da existência de ouro no litoral da terra que havia sido descoberta.
A brincadeira foi revelada, e a data acabou sendo registrada como dia da mentira. Na verdade a explicação acima é que é mentira, mais uma a ser contada na data de 1º de abril há séculos em muitos países do mundo. Segundo a enciclopédia Britannica (agora é verdade), há registros de brincadeiras do dia da mentira nesta data por muitos séculos, e ela pode ser comparada à festa Hilaria, celebrada em 25 de março na Roma Antiga, ou à celebração indiana Holi, de 31 de março.

Várias versões
Enciclopédias e dicionários de cultura internacionais são quase unânimes ao afirmar que não há um registro oficial da história do primeiro de abril como dia da mentira, ou uma justificativa formal para o dia ser conhecido desta forma em muitos países do mundo, incluindo o Brasil, os Estados Unidos, a Inglaterra e a França. Uma das explicações é comumente apontada como a mais aceita por historiadores. Ela remonta à época em que o calendário usado pelos países da Europa mudou.
Até 1564, o ano novo era comemorado em 25 de março, e os festejos eram prolongados até o dia 1º de abril, e não em janeiro. Foi neste ano que o rei Carlos IX da França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1º de janeiro, o que causou grande confusão no país e no continente. Aqui entram duas versões. Uma diz que alguns franceses mais conservadores decidiram manter seus festejos no fim de março, sendo ironizados pelo resto da sociedade. Uma outra explicação, talvez mais realista, lembra que à época os meios de comunicação eram precários, então demorou para que toda a sociedade soubesse da mudança, fazendo com que a confusão fosse aproveitada para que fossem criadas brincadeiras envolvendo mentiras. De fato, uma pesquisa histórica mostra que a mudança de calendário no início do século XVI não foi tão simples quanto pode parecer e tornou confusa a organização dos diferentes povos da Europa.
O decreto do rei francês, assinado em 1564, só teve efeito em 1567, 15 anos antes da reforma do calendário gregoriano de 1582. Alguns países, como a Inglaterra, por exemplo, continuaram comemorando a mudança do ano em 25 de março por mais de um século, só adotando a mudança depois de 1751. A Britannica diz que, desde o decreto francês, aqueles que continuaram comemorando o novo ano entre março e abril eram chamados de “bobos”, incentivando brincadeiras envolvendo mentiras. A convenção acabou se espalhando, com diferentes nomes e tradições, mas sempre envolvendo brincadeiras que fazem alguém de bobo com mentiras.

Todos os bobos
A primeira menção ao "all fool's day" (dia de todos os bobos), como chamam a data na Inglaterra e nos Estados Unidos, vem de 1686, segundo o Dicionário de Folclore Inglês. O costume teria chegado ao país pela França e pela Alemanha. O costume teria se popularizado rapidamente, a ponto de ser considerado um hábito universal em textos do século XVIII. Não há consenso sobre os primeiros registros do "dia da mentira" no Brasil.Há outras explicações que tentam justificar o “dia da mentira”. Uma delas diz que a ideia veio da natureza, que costumava “enganar” as pessoas na virada de março para abril com mudanças climáticas repentinas. Ao serem feitas de “bobas” pelo tempo, as pessoas acabaram adotando a brincadeira. Assim como este texto do G1, que começou com uma explicação mentirosa para o dia da mentira, a imprensa mundial já caiu em outras mentiras espalhadas por acadêmicos que se divertiam com a data. Segundo o Huffington Post, um professor da Universidade de Boston fez com que a agência de notícias Associated Press passasse anos divulgando uma versão fictícia para a origem do dia da mentira, falando se tratar de algo da época de Constantino. Uma coisa é certa: por um dia, é bom desconfiar do que se ouve por aí.