sábado, 28 de maio de 2011

Ruivas fazem mais sexo


Thiago Perin / Superinteressante

Dizem que as loiras se divertem mais, né? Bem, parece que não nesse aspecto.

Quem muda o paradigma é o pesquisador alemão Werner Habermehl – e não é só por experiência própria não. Ele estudou e comparou as vidas sexuais de centenas de voluntárias alemãs, traçando paralelos entre a aparência e o estilo de vida de cada uma, e chegou à conclusão final: “a vida sexual das ruivas é claramente mais ativa do que as das mulheres com outras cores de cabelo”, diz.

Segundo os dados coletados, elas têm mais parceiros e fazem sexo com mais frequência do que a média.

Por quê? As ruivas são mais “facinhas”, é isso? Veja bem, não necessariamente.

A psicólogaChristine Baumanns explica que a estatística deve mais aos homens do que às próprias.“Vermelho representa paixão”, lembra. A cabeleira vermelha, portanto, chamaria mais a atenção do sexo oposto por passar uma mensagem do tipo “não vou enrolar você” e “vamos direto ao ponto”.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como descartar corretamente o óleo de cozinha e evitar danos ambientais

Lydia Cintra
Superinteressante


Você fritou aquela batatinha crocante. Preparou bolinho de chuva e pastel. E fez o que com o óleo que sobrou? Muitas vezes, ele pode ser usado no preparo de outra receita, mas uma hora, é certo, terá de ser descartado. Ao invés de jogá-lo pelo ralo da pia, existem algumas formas mais sustentáveis de descarte, já que um único litro de óleo descartado de forma incorreta polui até 25 mil litros de água.
Muita coisa pode ser feita com o óleo de cozinha usado: fabricação de tintas, sabão, detergentes e biodiesel. Alguns países como Bélgica, Holanda, França, Espanha e Estados Unidos possuem até recomendações oficiais para o descarte correto de óleos e gorduras de frituras. No Brasil, só em São Paulo, o volume mensal de compra do produto é de mais de 20 milhões de litros, segundo pesquisa da Nielsen. E pouca gente faz o descarte correto.

Além do mau cheiro, o óleo:
- Prejudica o funcionamento das estações de tratamento de água, entope canos, pode romper redes de coleta e encarece o processo de tratamento;
- Quando chega a rios e oceanos, cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e bloqueia a oxigenação da água, o que compromete o equilíbrio ambiental;
- Exige uso de produtos químicos altamente tóxicos para limpeza de encanamentos contaminados;
- Impermeabiliza solos, dificulta o escoamento da água das chuvas, contamina o lençol freático e, em decomposição, emite grande quantidade de gases tóxicos na atmosfera.

O que fazer?
Se você ainda tem o hábito de jogar o óleo de cozinha pela pia, dá para ajudar a mudar essa realidade. Armazene-o em garrafas e procure postos de coleta. O Instituto Akatu tem uma lista nacional de postos de coleta de óleo usado. A ONG TREVO, especializada em coleta e reciclagem de resíduos de óleo, também disponibiliza uma lista com alguns endereços de postos de coleta.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pescadores vão coletar lixo plástico no mar

Ana Luiza Vastag / Mônica Nunes
Superinteressante

Certamente, você sabe que a maior parte das embalagens plásticas que jogamos no lixo vão parar no mar. Se não sabe, veja o caminho que ele faz ao ser levado pelas águas no infográfico A viagem do lixo, criado pela revista National Geographic Brasil. Toda essa poluição sobre as águas causa danos irreparáveis à vida marinha e à humanidade. No ano passado, essa mesma revista, que é parceira do Planeta Sustentável, enviou a jornalista Liana John, autora do blog Biodiversa –, em uma expedição de cientistas, realizada para analisar a presença de plásticos no Oceano Atlântico (leia a reportagem Pesquisadores fazem expedição para avaliar ilhas de lixo no Atântico).
A situação é caótica, sem dúvida, e agrava as condições dos oceanos que já sofrem com o aquecimento global e a poluição provocada por elementos tóxicos jogados no mar por navios e barcos ou pela extração de petróleo. Ao mesmo tempo, já há uma lei de preservação dos oceanos que deverá ser colocada em prática em breve, pela União Européia, e punirá os pescadores que praticarem a pesca predatória, que resulta na morte e devolução de peixes mortos aos oceanos. As estimativas apontam que 2/3 dos peixes pescados aleatoriamente são devolvidos ao mar, geralmente mortos, já que os pescadores priorizam os peixes grandes, de maior valor.
Por conta disso, a União Européia lançou um projeto inovador para resolver o problema da poluição dos oceanos por plásticos e que pode ajudar a evitar o “desemprego” dos pescadores. E é na cidade de Fiskardo, na Grécia, que ele será testado. Lá, além de pescar peixes – seguindo a nova lei, claro! -, os pescadores vão recolher dejetos plásticos que serão encaminhados para reciclagem.
Inicialmente, o projeto será patrocinado pelos países membros da UE, mas a ideia é que esse trabalho se torne, com o tempo, auto-sustentável, ou seja, que todos os pescadores envolvidos passem a vender diretamente o material recolhido para reciclagem.
Realmente, uma ótima ideia que poderá ser replicada pelo mundo. Mas dar a esses pescadores uma nova fonte de renda com base na limpeza dos oceanos é apenas um paliativo para um problema tão grave, que se alastra a cada dia. O que está claro é que a gente tem que mudar hábitos e reduzir o consumo de plásticos de qualquer natureza no dia a dia, inclusive das famigeradas sacolinhas (participe da campanha do Planeta Sustentável).
Os relatos diários de Liana, durante a expedição com os cientistas, no veleiro Sea Dragon – clique em cada barquinho, no mapa Mar de Lixo para acompanhar –, são contundentes: não só peixes, como baleias, focas, golfinhos, tartarugas e vários tipos de pássaros morrem por ingerir todo tipo de lixo plástico que jogamos nos mares. Até quando vamos deixar isso acontecer?
Veja também:
Mar plastificado (reportagem da revista National Geographic)
O diário fotográfico de Liana John (expedição)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

”Belo Monte vai exportar empregos”

27 de abril de 2011 - Jaime de Agostinho Biólogo diz que, apesar de ser vendida como solução contra o apagão, usina será fonte de energia para indústrias que exportam produtos primários, como alumínio.


O biólogo americano Philip Fearnside acompanha os planos do governo para explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia desde os anos 70, quando morou em Altamira, no Pará. Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), órgão federal, Fearnside afirma que a Usina de Belo Monte, vendida como solução para evitar o apagão no País, terá boa parte de sua energia usada pela indústria de eletrointensivos, em especial a de alumínio. Para ele, o Brasil vai exportar produtos primários, criando empregos no exterior. “E os impactos vão ficar aqui, com os ribeirinhos e os índios.”

O projeto de Belo Monte mudou muito nesses 30 anos?
Mudou e não mudou. Lembro de, em 1976, ter entrado no escritório do Incra e ter conseguido o mapa com as hidrelétricas que iam inundar uma parte da área da colonização idealizada pelo Estado e terras indígenas. Na época ninguém podia fazer nada porque era uma ditadura. Hoje, temos o sistema do EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), mas a tomada de decisões não mudou, continua no mesmo círculo, e todo o resto parece que vira formalidade. Para tomar uma decisão dessas, você tem de olhar todos os impactos, não só os do EIA-Rima.

E o que há de importante que não está no EIA-Rima?
O que chama atenção é que 30% da energia (de Belo Monte) vai para a indústria de eletrointensivos, basicamente alumínio. Será a fonte de energia para novas unidades de grandes produtoras de alumínio no Pará e no Maranhão. Vai haver expansão das usinas de alumina e de alumínio primário. Belo Monte é apresentada como uma iniciativa contra o “apagão”. O brasileiro médio é levado a pensar que vai ficar sem ver TV se não forem feitas as hidrelétricas do Madeira, de Altamira, mas o País tem grande margem de flexibilidade. Tem toda essa energia sendo exportada, boa parte em forma de lingote de alumínio. Algo muito diferente de exportar um avião de alumínio feito pela Embraer, que gera empregos. O importante no valor do lingote não é o minério ou a mão de obra: é a energia. Exportamos energia elétrica e, com ela, empregos.

Os impactos se justificariam, então, se os objetivos da geração fossem “mais nobres”?
O Brasil não enfrentou ainda a questão mais crítica: o que fazer com essa energia. Mas está importando os impactos ambientais para gerá-la. Ninguém quer fazer hidrelétrica nos Estados Unidos, na Europa, para fazer alumínio. A solução é fazer isso na Amazônia e deixar os impactos aqui e os benefícios no Hemisfério Norte. Lá vão gerar empregos para transformar esse lingotes em produtos acabados e os impactos vão ficar com ribeirinhos e índios. No caso de Belo Monte, está se deixando quase seco um trecho de mais de 100 quilômetros do Rio Xingu com duas áreas indígenas e comunidades de ribeirinhos.

O que é “quase seco”?
No EIA-Rima, a “vazão ecológica” é o mínimo necessário para passar para essas comunidades. Uma dos condicionantes foi aumentar esse volume, o que foi feito. Belo Monte tem duas casas de força e duas barragens. Em Volta Grande do Xingu gera-se pouca energia, correspondente à vazão ecológica. O grosso da água vai ser desviado para o Reservatório dos Canais, onde está a casa de força principal, com 11 mil megawatts. Isso deixa na Volta Grande uma quantidade de água mínima. O impacto de uma hidrelétrica em geral é inundação, aqui é a falta de água.

E quanto seria inundado para a construção da usina?
A soma dos reservatórios dos Canais e da Calha (o da Volta Grande) estava calculada em 400 quilômetros quadrados de inundação. Subiu para 516 km² e depois saiu o edital com o número em torno de 615 km². O reservatório de Belo Monte é pequeno se comparado à energia gerada. Agora, cerca de 11 km acima da Volta Grande ficaria, pelos planos do governo, a barragem de Altamira. Ela é um lago de 6.140 km². Mais que duas vezes Balbina (usina inaugurada nos anos 80 que é considerada o maior desastre ambiental do País). Em 2008, o Conselho Nacional de Política Energética disse que só iria fazer Belo Monte, e não as outras hidrelétricas. Mas o conselho muda de um governo para outro.

Existe esse risco?
O projeto de só uma hidrelétrica é inviável. Durante quatro meses, na seca do Rio Xingu, não se conseguirá movimentar uma turbina sequer da grande casa de força. O governo e as empresas planejam com outros cenários. O plano inicial previa seis hidrelétricas no Xingu. Depois, diminuiu para quatro. Quando Marina Silva era ministra, tentou criar uma Reserva Extrativista na área que seria inundada pelas hidrelétricas, e isso foi vetado pela Dilma, na época na Casa Civil. A cúpula não tem intenção de ter só uma hidrelétrica.

Quanto de metano Belo Monte emitiria?
Belo Monte e o reservatório da barragem de Altamira juntos, para os primeiros dez anos, uma média de 11,2 milhões de toneladas de carbono equivalente ao ano. É mais do que a cidade de São Paulo emite em um ano.
Você contesta a geração de energia por hidrelétricas?
Não. Para cada uma você tem de avaliar os impactos e as alternativas a elas. E tem de saber para que vai servir essa energia.

QUEM É
Philip Fearnside
Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Formado em Biologia pelo Colorado College, nos EUA, é mestre em Zoologia e doutor em Ciências Biológicas pela Universidade de Michigan. Está no Inpa desde 78.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

Fiquem de olho!!

Marinor Brito (PSOL), em quem votei para o senado nas últimas eleições, o que já me arrependo do feito, é contra a realização do plebicisto sobre a divisão do Estado do Pará (informação dada pelo blog Radar Online). E o argumento usado pela senadora: - "Há poucos elementos sobre a sustentabilidade econômica das regiões".
Lembrando: Marinor Brito é de Alenquer e só teve votos para assumir a vaga no Senado, no lugar do Jader Barbalho, porque o povo do Oeste acreditou e votou nela para ser a representante da nossa região no cenário nacional. É esta mulher que não quer nem nos dar o direito a votar se é a favor ou contra a divisão do estado. Porque a Senadora não que ouvir a nossa opinião?
Pois a resposta que ela merece é nunca mais ser eleita com os nossos votos! Ela acha que a elite de Belém vai ser tão fiel quanto ela está sendo.. vai achando!!

Carla Ninos