sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mylena Ciribelli não vai renovar com a Globo e deve fechar com a Record

Mylena Ciribelli e TV Globo não chegaram a um acordo nesta quarta-feira (27/05) e o contrato da jornalista com a emissora, que vence no dia 31/05, não será renovado. As informações do mercado dão conta de que na próxima segunda-feira (01/06) a Record pode se manifestar sobre uma possível contratação da apresentadora.

Ela deverá reforçar a equipe esportiva que terá muito trabalho pela frente. A Record comprou os direitos de transmissão dos Jogos de Inverno de Vancouver (2010), do Pan de Guadalajara (2011), da Olimpíada de Londres (2012) e dos Jogos Pan-Americanos de 2015.

Profissionais que trabalham na Globo estão constantemente na mira da Record. As mais recentes contratações foram do repórter Vinícius Dônola, que trabalhou no Fantástico nos últimos quatro anos. Ele foi contratado para fazer reportagens para o Domingo Espetacular, Jornal da Record e Câmera Record. Desde março integra o novo núcleo de reportagens especiais da emissora no Rio, composto por novos editores, produtores e cinegrafistas, e por profissionais que já exerciam essas funções.

Na mesma época, foram contratados Dario Leite, hoje chefe de reportagem, e Marcos Silveira, o diretor de eventos esportivos, ambos em São Paulo.

Em fevereiro, foi a fez do jornalista Sérgio Hilinsky, que assumiu a coordenação de esportes da Record. Ele deixou 15 anos do departamento de esportes da Globo.

Oscar Schmidt também deixou a Globo rumo à Record. “Decidi fechar com a Record porque ela tem os direitos das próximas Olimpíadas, de dois Panamericanos e das Olimpíadas de Inverno. Eu serei o embaixador de esporte do canal. Fiquei honrado com o convite. Na Globo, o meu trabalho se limitava a ser comentarista de basquete, apesar de ter tentado fazer mais coisas. Até que apareceu essa proposta encantadora da Record e decidi aceitar”, disse ele ao Comunique-se em fevereiro passado.

A Globo chegou a exigir que Schmidt cumprisse o contrato que tinha com ela até 2011, mas o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu liminar que o obrigava a permanecer na emissora carioca.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Comissão do MEC: profissionais divergem sobre especialização em jornalismo

A especialização em Jornalismo foi um dos temas discutidos na terceira e última audiência pública do MEC sobre a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de jornalismo, nesta segunda-feira, em São Paulo. “Existe uma necessidade de especialização, assim como acontece na Medicina, no Direito, e em outras áreas”, afirmou JB Oliveira, jornalista e presidente da Comissão de Relações Corporativas e Institucionais da OAB-SP, que abriu a audiência.

Caio Túlio Costa compartilhou a mesma opinião. “Defendo a formação ética e humanística e acredito que profissionais de outras áreas poderiam fazer uma especialização em Jornalismo”, alegou.

“Não me parece algo pertinente com o que estamos discutindo aqui, pensar em uma especialização em jornalismo de dois anos. Como proporcionar todos esses conhecimentos que estamos discutindo nesse curto período? Isso quer dizer que qualquer um poderia fazer Jornalismo”, contestou Celso Augusto Schröder, coordenador do Fórum Nacional de Democratização da Informação e vice-presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).

Schröder se referia a alguns temas apontados na audiência para as novas diretrizes dos cursos deJjornalismo, como multimídia, ética, políticas públicas, terceiro setor, regras e acordos internacionais, técnicas de investigação, linguagem visual e matemática, além da formação crítica. “Não vejo tempo para que todo esse conteúdo seja contemplado”, afirmou.

Sérgio Gomes, diretor da Oboré, também discutiu as exigências da profissão e o tempo para que o profissional adquira essa formação. “Não vejo tempo real para todos esses temas. Estão pensando em formar um senhor do conhecimento, um renascentista, que no fim irá ganhar quanto?”, indagou Gomes, destacando o reconhecimento na profissão.

Os participantes também discutiram a falta de atualização das grades curriculares em relação ao mercado de trabalho. “Essas divisões de jornalismo impresso, jornalismo radiofônico não fazem mais sentido. Parece que as escolas de Jornalismo estão formando jornalistas para a década de 70”, disse Eugênio Bucci.

“Muitos profissionais entram na faculdade pensando em atuar nas redações e acabam encontrando mais oportunidades na comunicação corporativa, muitas vezes sem estarem preparados. Por esse motivo acredito que deve haver alguma especialização nessa área, talvez no último ano de faculdade”, defendeu, entre outras sugestões, Eduardo Ribeiro, diretor da Mega Brasil.

Além desses convidados, a comissão de especialistas, presidida por José Marques de Mello e formada por Carlos Chaparro, Sérgio Mattos e Eduardo Meditsch, entre outros, ouviu representantes da sociedade civil, entidades do terceiro setor, estudantes e profissionais de outras áreas.

Hoje a Comissão de Especialistas se reúne para discutir os temas apontados na audiência e até o início de agosto deve concluir o relatório para as novas diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo. “Todo o conteúdo será avaliado e discutido. A intenção é que, se homologado, até 2010 estas diretrizes já estejam em vigor”, afirmou Cleunice Rehem, representante da Secretaria de Educação Superior (SESU/MEC).

“Devemos lembrar que isso não cabe somente ao MEC. Se a sociedade civil não se organizar, não teremos resultados plausíveis”, enfatizou Mello ao encerrar a audiência.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Passeata dos sem-namorado


Evento acontece no domingo (17) em SP e na sexta (15) no Rio. Participantes têm em comum a vontade de conhecer ‘alguém legal’.

G1

Às vésperas do Dia dos Namorados, a empresária Erica Gracio, de 24 anos, e a publicitária Márcia Talankas, de 28 anos, estão solteiras. Já a estudante Fernanda Portela, de 23 anos, nunca teve um relacionamento de verdade. “Eu nunca namorei sério porque, para namorar, você precisa colocar tanta energia em uma relação que ainda não achei alguém que valha a pena todo esse investimento”, lamenta Fernanda.

Por causa da dificuldade em encontrar um pretendente interessante para engatar uma relação de verdade, as jovens ingressaram no movimento dos sem-namorado. Não que a solteirice seja um problema para elas, afirmam as paulistanas, mas aliar a chance de conhecer alguém legal a uma manifestação descontraída com direito a passeata de solteiros - com hora e local marcados - pareceu-lhes uma ótima idéia.

Por trás do movimento, está um site de relacionamentos que programou duas passeatas. A primeira será nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro. No domingo (17), é a vez de os paulistanos darem uma chance à sorte e, quem sabe, chegar ao Dia dos Namorados em boa companhia. “A nossa manifestação não tem invasões nem armas, só paz e amor”, brinca Claudio Gandelman, responsável pelo evento.

A ideia, diz ele, é reunir pessoas que talvez nunca se conhecessem por não frequentarem a mesma academia, balada, bar ou faculdade, por exemplo. “Todos vão encontrar pessoas que estão buscando a mesma coisa que eles”, afirma Gandelman.

Assim, Erica, Fernanda e Márcia já têm encontro marcado no domingo, no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo. “Fico feliz porque não estou sozinha nessa”, brinca Márcia, que pretende levar algumas amigas e, no mínimo, ter uma tarde agradável no parque.

“Não adianta chegar lá com o intuito de dizer que homem não presta. Quem vai para a passeata tem de baixar a guarda, não ser muito gato escaldado e dar uma chance para conhecer pessoas novas. Se não gostar, vira a fala: ‘Não!’ ou ‘Sai fora!’”, sugere a publicitária.

Manual de boas maneiras
Apesar de solteiras, as meninas avisam que não pretendem terminar a passeata já de mãos dadas com algum pretendente. São elas que dão as dicas para os rapazes solteiros: “Não me venham com um: ‘Você vem sempre aqui?’ e nem com aquela conversa de bar ou de balada”, dispara Márcia. “Se a gente vai para a passeata, é para fugir desse perfil cafajeste”, complementa Fernanda.

Os moços também devem aproveitar o evento inusitado para exercitar o bom humor. “Se o cara é engraçado, sem ser pastelão, esse é o primeiro passo para não ser dispensado”, complementa a publicitária. Para Erica, ser simpático é indispensável. “Ao abordar, precisa demonstrar interesse em conhecer a pessoa. A partir disso, dá para saber se há interesses em comum, como gostar dos mesmos lugares”, dá a dica.

A organização do evento espera reunir mais de mil pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Rio, a concentração será ao meio-dia na Candelária e o evento está previsto para acabar às 14h. Em São Paulo, a turma dos solteiros irá se concentrar na marquise do Parque do Ibirapuera, às 15h, e a passeata pelo parque deve se estender até as 17h.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Jornalista iraniano-americana presa no Irã é libertada

Roxana Saberi teve pena reduzida por tribunal de apelação.Ex-miss havia sido condenada por espionagem pró-EUA.

G1

A jornalista iraniano-americana Roxana Saberi foi libertada nesta segunda-feira (11), depois que uma corte de apelação reduziu sua sentença de espionagem, de oito anos para dois anos com suspensão de pena.

O julgamento da apelação ocorreu no domingo, mas o veredicto ainda não havia sido anunciado. Segundo o advogado de Roxana, ela será proibida de exercer o jornalismo no país durante cinco anos.


Roxana chegou a fazer greve de fome no cárcere em protesto contra sua condenação, segundo a sua família.

A jornalista foi Miss Dakota do Norte em 1997 e esteve entre as dez finalistas do Miss América naquele ano. Sua mãe, Akiko, é japonesa, e seu pai é iraniano. Ela nasceu nos EUA e cresceu em Fargo, Dakota do Norte. Roxana foi detida em janeiro em Teerã, onde mora desde 2003, e condenada em abril a oito anos de prisão por um tribunal revolucionário da capital iraniana acusada de espionagem a favor dos Estados Unidos. A sentença foi duramente criticada pelo Departamento de Estado dos EUA e pelo presidente Barack Obama.

sábado, 9 de maio de 2009

REVANCHE DA MULHERADA!!


CORAÇÃO DE MULHER É IGUAL A CIRCO:
Sempre tem um lugar para mais um palhaço...

O QUE SE DEVE DAR A UM HOMEM QUE PENSA QUE TEM TUDO?
Uma mulher para ensiná-lo como funciona!

POR QUE OS HOMENS QUEREM CASAR COM VIRGENS?
Porque eles não suportam críticas!

COMO SE CHAMA UM HOMEM INTERESSANTE NO BRASIL?
Turista.

POR QUE APENAS 10% DOS HOMENS VÃO PARA O CÉU?
Porque se todos fossem, seria o inferno!

QUAL O NOME DA DOENÇA QUE PARALISA AS MULHERES DA CINTURA PARA BAIXO?
Casamento.

O QUE ACONTECEU À MULHER QUE CONSEGUIU ENTENDER OS HOMENS?
Ela morreu de tanto rir e não teve tempo de contar a ninguém.

POR QUE OS HOMENS TÊM A CONSCIÊNCIA LIMPA?
Porque nunca a usam.

POR QUE DEUS CRIOU PRIMEIRO O HOMEM E DEPOIS A MULHER?
Porque as experiências são feitas primeiro com animais e depois com humanos!!!

POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE MULHERES INTELIGENTES?
Um dia, as frutas amadurecem...

QUAL A SEMELHANÇA ENTRE O HOMEM E O CARACOL?
Ambos se arrastam, tem chifres e acreditam que a casa é deles!!

POR QUE SÃO NECESSÁRIOS MILHÕES DE ESPERMATOZÓIDES PARA FECUNDAR UM ÚNICO ÓVULO?
Porque os espermatozóides são masculinos e se negam a perguntar o caminho!!

QUANDO É QUE UM HOMEM PERDE 90% DE SUA INTELIGÊNCIA?
Quando fica viúvo!!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ana Paula Padrão conta que relutou em voltar a bancada de um telejornal




Ana Paula Padrão se prepara para se dividir entre a bancada do Jornal da Record e reportagens para a emissora. Aliás, foi essa a proposta que ela considerou tentadora. Não queria deixar a reportagem de lado, embora tenha consciência de que sua presença na bancada seja uma demanda do mercado e do público. As negociações com a Record começaram há dois meses.

“Sou repórter, minha carreira inteira foi feita em reportagem. Nos últimos dois anos, por causa do programa no SBT [SBT Realidade], estava conseguindo alcançar novamente isso. Achei que tinha conseguindo voltar a um caminho, com reportagens mais longas. Não esperava essa demanda por bancada de novo. Pensei que pudesse reverter isso”, conta.

Mas, segundo Ana Paula, graças a uma conversa com o marido, percebeu que não poderia virar as costas para o mercado. “Ele lembrou que as pessoas nas ruas me paravam e perguntavam quando me veriam de novo como apresentadora. As conversas com a Record incluíram reportagens e ficaram cada vez mais interessantes. Vou poder fazer também o que eu gosto de fazer”.

“Percebi que a gente não manda na nossa carreira. Você pode administrar situações e estou administrando essa. Acho que encontrei um super acordo que vai me permitir fazer o que gosto e dar a eles o que querem que eu faça”, constata.

A Record deve formar um núcleo de reportagens para produzir e editar matérias de Ana Paula Padrão. “Não sei ainda quem vai fazer parte deste núcleo”.

Como pediu um mês para se organizar na sua produtora Touraeg, o trabalho no Jornal da Record deve ter início em junho. “Minha empresa tem dois anos. No primeiro ano a minha presença era muito importante. Todos daqui estão entusiasmados. Vou ter menos tempo para vir mas se puder passar todos os dias pela manhã, já está ótimo”.


A despedida do SBT

A jornalista garante que a saída do SBT não teve relação com outros convites. “O problema é que o projeto do SBT não cabe no que eu posso entregar. Na Record, estão me oferecendo estrutura para fazer reportagem, com horário razoável. Vou ajudar a fechar o jornal, mas não vou ter responsabilidade editorial. Às vezes isso não permite fazer uma boa apuração e reportagem”.

Ela avalia os quatro anos que passou no SBT como um “período ótimo”. “O Silvio [Santos] me deu oportunidade de mudar a minha vida. Precisava muito naquele momento. Estava cansada, exausta e no momento certo ele me deu a chance. Sofri menos a inconstância de grade que outros profissionais que eu conheço. Tenho o maior respeito por ele e pela Casa”, diz, referindo-se à turbulenta decisão de deixar a TV Globo, que chegou, na época, a exigir que ela cumprisse o contrato até o fim.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Jornalista americana presa no Irã é hospitalizada


Portal Comunique-se

A jornalista Americana Roxana Saberi, condenada a oito anos de prisão no Irã, foi hospitalizada na última sexta-feira (01/05) em decorrência da greve de fome que mantém como forma de protesto, informa a organização Repórteres Sem Fronteiras.

De acordo com a organização, ela foi levada a uma clínica na prisão Evin, em Teerã, onde está presa desde janeiro. Ela foi liberada da clínica um dia depois, após ter ingerido água.

Roxana está em greve de fome desde o dia 21/04. Na semana passada, quatro integrantes da RSF, incluindo o secretário-geral, iniciaram uma greve de fome em solidariedade à jornalista. O protesto da entidade foi criticado pelo Ministério das Relações Exteriores do Irã.

“O judiciário iraniano é um corpo independente e qualquer tentativa de interferência estrangeira vai contra as medidas internacionais”, afirmou o porta-voz do ministério Hasan Qashqavi nesta segunda-feira.

Revisão justa
No sábado, o ministro das Relações Exteriores do país, Manoucher Mottaki, em encontro com o ministro japonês Hirofumi Nakasone, afirmou que a sentença dada a Roxana será revista “justa e humanamente”.
O governo japonês se mostra preocupado com a situação da jornalista. Roxana nasceu nos Estados Unidos, mas é filha de pai iraniano e mãe japonesa.


Com informações da Reuters e da AP.

PRA QUE SERVE UM AMIGO?

Pra que serve um amigo?
Pra tanta coisa..... não é?

Para Instalar o XP no computadore não cobrar nada, mesmo perdendo horas e horas a fio!

Para trazer muamba do Paraguai e quase ser preso!

Para emprestar o carro e recebê-lo de volta com multa e 21 pontos na carteira.

Pra rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um cd, dar carona para festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra.

Todas as alternativas estão corretas,
porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

A amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu.

Um amigo não racha apenas a gasolina:
racha lembranças, crises e choro, experiências.
Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha.
Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um cd.
Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas para festa.
Te leva para o mundo dele e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola...
Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping.
Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo,
sai do fracasso ao teu lado.

Segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim, talvez, ninguém tem...
Se tiver um, amém!

Anonimo

segunda-feira, 4 de maio de 2009

TRI CAMPEÃO CARIOCA!!!



E mais uma vez a nação rubro-negra tem um domingo de paz e muita felicidade, porque o melhor time do Brasil, mais uma vez não decepcionou e carregou a taça de campeão. Os verdadeiros campeões e os verdaderos heróis são aqueles que se mostram no momento decisivo. São os que assumem a responsabilidade e com garra conquistam seus objetivos. Não adianta fazer uma boa campanha porque em uma partida em que se decide o campeonato, vence a equipe mais bem preparada emocionalmente para aguentar a pressão de uma final. E o flamengo não costuma falhar.
VALEU MENGÃO!!!!

sábado, 2 de maio de 2009

As histórias e parcerias do Clube da Esquina


Livro reúne fotos e depoimentos dos integrantes do grupo que revolucionou a música brasileira na década de 70. “A gravadora nem queria aceitar o projeto”, conta Lô Borges


Danilo Casaletti


Eu já estou com o pé nessa estrada/ Qualquer dia a gente se vê/ Sei que nada será como antes/ Amanhã. Os versos da canção Nada será como antes (Milton Nascimento/ Ronaldo Bastos) revela o espírito com que uma turma de garotos entrou em estúdio em 1972 para gravar um disco que mudaria os rumos da música brasileira. A história do grupo é contada no livro Coração Americano - 35 anos do álbum Clube da Esquina (Editora Prax), que acaba de ser lançado.


No livro, textos e imagens organizados por Andréa Estanislau ilustram o que foi o encontro de jovens músicos que se encontravam na esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, para tocar violão. Depois do lançamento do disco, o som deles - que trazia novidades harmônicas e estéticas para a música brasileira - ganhou o país e o mundo.


Na época do lançamento do primeiro volume do Clube, em 1972, Milton Nascimento já era famoso. Tinha participado de festivais de música e sua composição Travessia já era conhecida do grande público. Até Elis Regina, uma das cantoras mais consagradas da época, havia gravado suas canções. Coube a ele então a missão de convencer a sua gravadora, a EMI-Odeon, a apostar naquela reunião de garotos que tão a fim de fazer um novo som e, mais que isso, lançar um disco duplo. "A gravadora não queria bancar o projeto. Milton bateu o pé e disse que iria procurar outra que se interessasse pelo disco", diz o músico Lô Borges, em entrevista a ÉPOCA. Lô tinha apenas 20 anos quando assinou a capa ao lado do amigo Milton.


Segundo Lô, ele, Milton e toda a turma - Beto Guedes, Toninho Horta, Wagner Tiso, Tavito, Nelson Ângelo, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Marcio Borges, entre outros - não tinham consciência do impacto que o álbum causaria. “Queríamos fazer música, tocar nossas canções. Tudo foi acontecendo naturalmente, durante as gravações mesmo”, conta. Para ele, o disco consegue ter unidade mesmo com as diferentes sonoridades propostas por ele e por Milton. “Agradeço por eles terem entendido o que eu queria dizer, meu novo jeito de compor e tocar que tinha uma clara inspiração nos Beatles. Eu fui um dos primeiros a compor baladas aqui no Brasil”, afirma Lô.


As músicas do Clube chamaram a atenção de uma geração de artistas. Elis, por exemplo, gravou Cais e Nada será como antes, em 1972, e, em 1980, uma nova versão para o Trem Azul. Tom Jobim registrou a mesma canção, na década de 90. "Ter sido gravado por Elis e Tom, para mim, valeu mais do que ter vendido um milhão de cópias de qualquer disco”, diz Lô. Apesar de conviver com o "fantasma" do Clube até hoje - não há apresentação em que não peçam para cantar as músicas do grupo ou que fãs não cobrem um novo encontro dos amigos -, Lô é categórico ao afirmar que os dois discos e a reunião com seus amigos só lhe trouxeram alegrias na carreira. "O disco ter sido citado em 1001 Álbuns que você deve ouvir antes de morrer, do crítico Robert Dimery, é sinal de que fizemos um trabalho de qualidade”.
O segundo volume do Clube da Esquina foi lançado em 1978. Desta vez, além dos antigos parceiros do Clube, Milton, mais uma vez mentor do projeto, trouxe novos amigos, como as cantoras Elis Regina e Joyce e os compositores Chico Buarque, Ana Terra e Danilo Caymmi. No ano passado, a gravadora EMI lançou os dois discos em uma edição comemorativa.


Um terceiro disco? Lô não acredita nessa possibilidade. “Isso teria que partir do Milton, mas acho que ele não está voltado para isso. A chance de isso acontecer é muito remota”. Enquanto isso, o músico reforça sua parceria com outro mineiro, Samuel Rosa, vocalista do Skank. Os dois devem lançar juntos, neste ano, um CD e um DVD para comemorar os 10 anos de parceria. “A simbiose entre Samuel Rosa e Lô Borges cria algo novo, que não é nem Skank e nem Clube da Esquina”, diz Lô. Além desse projeto, Lô também pretende lançar um disco gravado no ano passado junto com a Orquestra Sinfônica de Belo Horizonte.

Dica: Mercado de Trabalho

Você é uma referência em seu trabalho?


Uniglobo

No ambiente de trabalho, quando alguém tem uma dúvida na atividade, recorre a você para perguntar sobre o assunto? Antes de tomarem determinadas atitudes, os colegas da sua equipe costumam consultá-lo? Já viu alguém copiar uma atitude sua, ou uma forma que realizou seu trabalho? Se você se depara com esse tipo de situação a todo o momento, pode ter certeza: você é uma referência para a equipe.

Enfim, de acordo com o gerente da Robert Half, Fabio Saad, "quando as pessoas o respeitam e ouvem com atenção o que você diz, com o objetivo de aprimorar o próprio trabalho, além de o recomendarem a outras pessoas e promoverem suas realizações ou postura, de forma natural", pode-se dizer que você é uma referência no trabalho.

Já para o diretor executivo Arlindo Felipe Jr., o profissional é uma referência quando ele tem autoridade moral, o que pode ser percebido por meio de consultas dos colegas, validação, verificação, de maneira formal ou informal.

"O profissional referência tem um comportamento natural no domínio do assunto, normalmente suas soluções ou opiniões são com base em fatos e não "by the book" - nada contra auxílio teórico, é que nos momentos mais críticos ou mais importantes, nem sempre encontramos as respostas nos livros e sim na competência do capital humano".

Profissional referência: quem é ele?

Ele não é necessariamente o líder da equipe, uma vez que qualquer um pode ser uma referência para um determinado assunto. Por esse motivo, pode causar ciúmes até mesmo na liderança.

De acordo com Saad, em caso de referência positiva, o profissional pode causar sentimentos ruins nos colegas de trabalho, como ciúmes, inveja, raiva e etc. "Neste caso, a referência precisa saber lidar com isso. Manter a humildade pode amenizar os impactos desses sentimentos", afirmou o gerente.
Saad ainda afirmou que ele não é, necessariamente, aquele que está há mais tempo na empresa: "a referência é atemporal", explicou.

Como chegar lá?
Para se tornar um profissional referência em qualquer empresa pela qual passar, o importante é "trabalhar com dedicação, buscando sempre o melhor para a empresa, ser ético e promover os resultados importantes para o grupo", nas palavras de Saad.

Por isso, para se tornar uma referência, é necessário um tempo mínimo para as pessoas o conhecerem e ao seu trabalho. Nem sempre quem chega na companhia já é uma referência, a não ser que tenha muito reconhecimento na área em que atua.

De acordo com o diretor executivo, isso acontece de forma natural. O profissional referência gosta do que faz e é aplicado na absorção de novas informações técnicas, porque sente prazer na realização de suas atividades, comportamento que é percebido naturalmente.