quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cinema brasileiro é destaque em festival francês Biarritz

fonte: G1
País participa com 'Sonhos roubados' e '5 x favela, agora por nós mesmos'. Mostra é referência de cinema latino-americano na Europa há 19 anos.


O melhor da última safra da produção cinematográfica da América Latina competirá no Festival de Biarritz, anunciaram nesta terça-feira (14) os organizadores desta mostra que há 19 anos é referência do cinema latino-americano na França.

Mas o festival - que será aberto em 27 de setembro e dura até 3 de outubro, no balneário do País Basco francês - não é apenas uma festa do cinema, mas também um lugar de encontro com escritores, músicos, artistas e especialistas em política e história da América Latina.

Em uma festa realizada nesta terça-feira em Paris, para apresentar o programa deste festival de cinema e cultura da América Latina, que é "um convite para que o público francês descubra a riqueza da cultura latino-americana", foram anunciados os dez longa-metragens e dez curtas que concorrem.

A seleção, a cargo de Jean-Christophe Berjon, inclui uma forte presença de Brasil, Argentina e México, onde a indústria do cinema está bastante forte. Mas também estarão presentes filmes de páises como Paraguai, Uruguai, Honduras e El Salvador, onde os cineastas lutam para fazer suas obras serem vistas.

Entre os longas-metragens em competição pelo grande prêmio El Abrazo estão "A vida dos peixes", do chileno Matías Bize,
"Sonhos roubados", da brasileira Sandra Werneck (em destaque), e "Los colores de la montaña", do colombiano Carlos César Arbelaez.

Também concorrem obras da Bolívia, como "Zona Sur", de Juan Carlos Valdivia, e Peru, com "Contracorriente", de Javier Fuentes León, além de três filmes argentinos: "La mirada invisible", de Diego Lerman, "Boogie", de Gustavo Cova e "Cerro bayo", de Victoria Galardi.

O Brasil compete com um filme exibido nesta terça-feira na festa de abertura, no Cine Latina, e que esteve presente no último Festival de Cannes, "5 x favela, agora por nós mesmos". Produzido pelo veterano Cacá Diegues, o filme é um retrado da marginalidade, realizado por cinco jovens das favelas do Rio de Janeiro.

O México está presente com "Revolución", um filme exibido em uma seção paralela do último Festival de Cannes, e que se constitui em uma celebração do centenário da revolução mexicana.

Este filme reúne curtas filmados por dez criadores mexicanos, entre eles Fernando Eimbecke, Diego Luna, Gael García Bernal, Amat Escalante, Carlos Reygadas, Rodrigo Plá e María Chenillo, a vencedora do El Abrazo de melhor filme no ano passado em Biarritz.

Haverá também uma retrospectiva de 15 longas-metragens sobre o tema Guerras da Independência e Revolução na América Latina, na ocasião das comemorações do bicentenário em seis países.

O júri de longas-metragens é presidido pelo diretor, roteirista e ator francês Patrick Chesnais, acompanhado do escritor Luis Sepúlveda, da atriz colombiana Martina García, a cineasta francesa Marion Vernoux e a produtora Milena Poylo.

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