O G1 bateu um papo com as atrizes em Los Angeles falando de moda, sexo aos 40 e do impacto que a série teve no universo feminino nos últimos anos. Leia a seguir:

Trocas de roupa: "Algumas trocas de roupas no filme já são minhas preferidas. A roupa que eu uso quando encontro Aidan na feira em Abu Dahbi é uma delas. [A figurinista] Patricia Field encontrou uma que é o arquétipo de Carrie: uma camiseta vintage Dior usada junto com uma peça de alta costura que é a saia púrpura de Zac Posen. Na verdade, a saia era um vestido, mas a Patricia Field tirou o top e a peça virou uma saia longa. Eu adorei do jeito que a combinação funcionou."
Unidas até no xixi: "Foi a primeira vez que pudemos conviver juntar num mesmo lugar. No Marrocos, a gente se via todos os dias. Dormíamos no mesmo local, fazíamos nossas refeições lado a lado, fazíamos maquiagem juntas, xixi juntas (risos), andávamos longas distâncias juntas, fazíamos compras juntas... No final de nossa jornada, passei a ter mais respeito, amor e admiração por elas e talvez uma necessidade de tê-las em minha vida, muito mais do que eu jamais senti. Acho que minhas colegas são realmente especiais."

Lidando com a menopausa: "Em primeiro lugar, devo dizer que é ótimo que a menopausa tenha um nome neste filme, porque muitas mulheres tendem a chamá-la de “a mudança”. E Samantha passa por essa mudança de maneira histérica e engraçada. Você não pode pará-la. Ela segue na direção em que a natureza quer que ela vá, mas, obviamente, lutando contra com unhas e dentes (risos). Adoro o fato de ela ainda esta solteira e bastante ativa sexualmente. Forte e corajosa, mesmo estando na menopausa. Ela lutou contra o câncer, combateu os mais diferentes homens que passaram pela vida dela e agora chega à menopausa. Esse é um tema que a maioria das pessoas nem costuma abordar. Fazer piada sobre isso de uma maneira inteligente foi um desafio. É preciso coragem para lidar com o medo."
Sexualidade 'Frankestein: "Acho que nunca houve um personagem tão livre como a Samantha. Às vezes é muito assustador para uma atriz interpretar alguém que não tem medo de fazer o que quer da vida, e com quem ela quer. No começo eu costumava pensar comigo mesma: como eu vou fazer isso? Porque era um território não explorado. Acho que a coisa mais próxima de Samantha era a Madeline Kahn no filme “O jovem Frankenstein” (risos). Essa era a única referência em que eu podia pensar. Mas foi muito empolgante fazer o sexo ficar engraçado. Eu fazia esse tipo de comédia física, que às vezes nem estava no script. O roteiro dizia: Samantha cai da cama. E eu caí tantas vezes que tinha que fazer soar como novidade (risos)."

Sexo depois dos 40 é melhor?: "Leva um certo tempo para que você se sinta confortável dentro de sua própria pele. Acho que a gente aprende muito quando está com 20 anos. Homens e mulheres fazem sua “pesquisa” nessa época e, depois, aos 30, eles estão mais adaptados (risos). Espera-se, portanto, que aos 40 anos já você se sinta menos carente e saiba escolher melhor. Acho que você se sente mais confortável quando está mais maduro. E é isso o que as pessoas acham sexy."

Camelo e salto alto: "Foi a primeira vez que andei em um camelo. Foi um desafio com aquelas roupas todas. Eu falei para a Pat [Patricia Field] que seria exaustivo ter de usar salto no deserto! Nós não tivemos treino nenhum, tivemos de aprender na marra (risos). A gente só rezava por nossa vida, e quando o camelo se movia para a frente, a gente também se movia (risos). Nosso desafio principal era conseguirmos permanecer sentada sobre aquele camelo quando ele andava (risos)."
Impacto da série 'Sex and the city: "Só fui perceber esse impacto mesmo quando visitamos o programa da Oprah pela primeira vez, e todas aquelas mulheres se levantaram da plateia e começaram a fazer perguntas. Algumas até tinham os olhos cheios d’água. Elas nos agradeceram pelo retrato que estávamos fazendo delas mesmas, por mostrarmos um lado rico e desinibido de ser uma mulher solteira. Cada uma das quatro personagens da série tinha um apelo particular para os mais diferentes tipos de mulheres. E agora elas estão lidando com a menopausa, com a luta de encontrar um balanço entre a vida familiar e a profissional, com a obsessão de fazer o papel da mãe perfeita. É muito bom poder cobrir todos esses tópicos."