quarta-feira, 25 de julho de 2012

A história em quadrinhos do 'rastaman'


O Globo

Todo mundo sabe que ele cantava sobre a paz e o amor, sobre como não deveríamos nos preocupar com qualquer coisa, pois tudo acabaria dando certo. Mas nem todos sabem que Bob Marley, além de cantar o reggae e fumar maconha, foi adepto da religião rástafari, era pai de 12 fillhos — dez com Rita Marley e dois adotivos — e morreu, com apenas 36 anos (!), vítima de um câncer que, depois de começar de forma sutil, quase inofensivo, como um machucado sob a unha do pé, atacou o cérebro, o pulmão e o estômago do cantor, interrompendo uma das carreiras mais promissoras da música.


Boa parte da história do ídolo jamaicano que se tornou um ícone mundial do reggae pode ser conferida, agora, na biografia em quadrinhos recém-lançada no Brasil “Bob Marley - o guerreiro rasta” (Vergara & Riba Editoras, cor, 64 pgs., R$ 34,90), dos argentinos Diego Agrimbau e Dante Ginevra. A HQ mostra desde a infância do cantor, na Vila de Nine Mile, na Jamaica, na década de 1950, quando acreditavam que ele podia ler o futuro das pessoas através da leitura das mãos, até a morte, em 1981, em um hospital de Miami.

Marley subestimou a grave doença que o mataria tão jovem, mas teve tempo de gravar grandes músicas como “Get up, stand up”, “Three little birds”, “I shot the sheriff”, “Is this love”, “Buffalo soldier” e tantas outras. E de fazer com que o reggae atingisse um público imenso, internacional, bem maior do que o de sua terra natal, a Jamaica, atingindo até a cabeça de um cara chamado Gilberto Gil, que gravou, em 1979, no disco “Realce”, a sua própria versão para um clássico de Marley, “No woman no cry”. O cantor ainda viraria tema do documentário “Marley” — ainda inédito no Brasil e cujo trailer você confere abaixo — , dirigido por Kevin Macdonald (“O último rei da Escócia”) e lançado no último Festival de Berlim.

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