A lenda afirma que o muiraquitã era oferecido como presente pelas guerreiras icamiabas aos homens que visitavam anualmente a sua taba, na região do rio Nhamundá. Uma vez por ano, durante a festa dedicada à lua, as icamiabas recebiam os guerreiros guacaris, com os quais se acasalavam como se fossem seus maridos. À meia-noite, elas mergulhavam nos rios e traziam às mãos um barro verde, ao qual davam formas variadas: de sapo, tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados. Algumas versões falam que o ritual se dá em um lago encantado chamado jaci uaruá ("espelho da lua"; do tupi antigo îasy arugûá). Retirado ainda mole do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das noivas, e usados como amuleto pelos guerreiros. Até hoje, o muiraquitã é considerado objeto sagrado, e acredita-se que traz felicidade, sorte e também cura a quase todas as doenças a quem o possui. É encontrada no obra Macunaíma, de Mário de Andrade.
sábado, 28 de abril de 2007
A LENDA DO MUIRAQUITÃ
Uma das muitas versões da Lenda
A lenda afirma que o muiraquitã era oferecido como presente pelas guerreiras icamiabas aos homens que visitavam anualmente a sua taba, na região do rio Nhamundá. Uma vez por ano, durante a festa dedicada à lua, as icamiabas recebiam os guerreiros guacaris, com os quais se acasalavam como se fossem seus maridos. À meia-noite, elas mergulhavam nos rios e traziam às mãos um barro verde, ao qual davam formas variadas: de sapo, tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados. Algumas versões falam que o ritual se dá em um lago encantado chamado jaci uaruá ("espelho da lua"; do tupi antigo îasy arugûá). Retirado ainda mole do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das noivas, e usados como amuleto pelos guerreiros. Até hoje, o muiraquitã é considerado objeto sagrado, e acredita-se que traz felicidade, sorte e também cura a quase todas as doenças a quem o possui. É encontrada no obra Macunaíma, de Mário de Andrade.
A lenda afirma que o muiraquitã era oferecido como presente pelas guerreiras icamiabas aos homens que visitavam anualmente a sua taba, na região do rio Nhamundá. Uma vez por ano, durante a festa dedicada à lua, as icamiabas recebiam os guerreiros guacaris, com os quais se acasalavam como se fossem seus maridos. À meia-noite, elas mergulhavam nos rios e traziam às mãos um barro verde, ao qual davam formas variadas: de sapo, tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados. Algumas versões falam que o ritual se dá em um lago encantado chamado jaci uaruá ("espelho da lua"; do tupi antigo îasy arugûá). Retirado ainda mole do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das noivas, e usados como amuleto pelos guerreiros. Até hoje, o muiraquitã é considerado objeto sagrado, e acredita-se que traz felicidade, sorte e também cura a quase todas as doenças a quem o possui. É encontrada no obra Macunaíma, de Mário de Andrade.
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3 comentários:
Pra mim essa é a melhor lenda folclórica
Muito bem escrito!
bem legal essa historia
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